Cresci ouvindo as histórias fantásticas e cheias de magia e loucura da minha avó Alice. De como viajou ao mundo subterrâneo e conheceu o Pais Das Maravilhas, o salvando contra a tirania da rainha cabeçuda ao derrotar seu Jaquadarte. Depois o salvand...
Pronto para mais um capítulo de taradices e loucuras? O capítulo até o meio é sério já dá metade para baixo teremos um hot maluco. Deixo o aviso para quem não gosta.
Boa leitura
O Capturandam corria rápido demais, não sabia nem se Salvatore e Madeline tinham ouvido meu pedido de socorro.
Ainda preso na boca do Capturandam ele virava uma esquina após a outra no jardim labirinto, entrando em caminhos aleatórios por todo o labirinto. Lembro de quando vi o labirinto do alto ainda na carruagem do Silver, sequer consegui ver aonde ele terminava. Não conseguiria voltar nem se quisesse.
Já estava ficando tonto e minha cabeça doendo conforme meu corpo ficava balançando na boca cheia de baba fedida do Capturandam, por sorte ele não parecia querer me ferir pois nao usava suas duas fileiras dentes curtos afiados para me prender e sim sua boca.
-Para onde está me levando?
Perguntei imaginando que ele pudesse me ouvir e me responder como os outros animais do Pais Das Maravilhas, mas no caso dele parecia ser apenas um animal como qualquer outro do meu mundo. Só não sabia o que ele queria tanto comigo.
Ele apenas parou de correr quando se deitou em uma espécie de ninho feito de raízes e folhas secas. Assim. Me tirou de sua boca e ficou me lambendo, deixando todo o meu rosto sujo de saliva fedida, deixando o meu cabelo levantado para cima com um grande topete.
-Que nojo! Me larga! Eca! Eca!
Mesmo que tentasse usar minha força para me soltar, não tinha como me mexer com aquelas grandes patas peludas me segurando. Mas devia tomar cuidado pois o menor dos movimentos podia sacar as garras que ele mantinha guardadas, sendo que sabia o quanto eram venenosas pela história da vovó que foi ferida uma vez por um deles.
-Parece que você está em maus bocados. -Disse uma voz conhecida enquanto ronronava.
Olhei para onde tinha visto aquela voz, vendo assim Cheshire encima do muro de relva que formava o Jardim Labirinto. Seu rabo balançava de um lado para o outro enquanto ele mantinha aquele sorriso como um zíper em seu rosto de gato magenta listrado. Em sua cabeça trazia o chapéu do chapeleiro maluco, que por algum motivo estava com ele.
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-Cheshire!
-Já é a segunda vez em só dia que você se envolve em problemas, Alister Kingsleigh. Está quase prestes a quebrar o recorde de sua avó.
-Pode me ajudar? Ele não quer me soltar?
-Será que devo ajudar? Será que quero ajudar? Este Capturandam parece gostar muito você, deve achar que é um de seus filhotes. -Cheshire estava claramente se divertindo enquanto eu recebia mais lambidas do Capturandam.
-Se não quer ajudar ao menos chame alguém. O Salvatore ou o Chapeleiro. Porque está com o chapéu dele?
-Ah este chapéu. Sempre tive um fascínio por este chapéu. Não resisti a oportunidade de pegá-lo emprestado por algum tempo, já que o maluco estava ocupado demais com as hordas de Capturandam.
