Entre o peso do legado Namikaze e os segredos sombrios de Konoha, Chihiro, a irmã mais velha de Naruto, se vê oscilando entre o bem e o mal.
Como a última herdeira conhecida de Minato Namikaze, ela carrega uma responsabilidade que não pediu, ao mes...
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NARRADOR
Konoha era um lugar muito agradável de se viver. É claro, que depende do ponto de vista, principalmente quando se está no meio de uma guerra.
A família Namikaze levava uma vida boa, uma vez que Minato Namikaze era um dos ninjas mais renomados da vila, quiçá do mundo inteiro. O shinobi trabalhava arduamente para garantir o melhor para sua esposa e filhinha de cinco anos.
Apesar de seus esforços valerem a pena, a pequena garota já entendia o clima tenso que pairava no ar devido a guerra. Isso principalmente, pelo baixo astral de seu pai ser óbvio em seu rosto sempre que retornava de uma missão.
Já era noite quando Kushina e Chihiro Namikaze organizavam tranquilamente a casa e a porta se abriu com uma certa pressa. Por ela passou um homem loiro e alto, que vestia um colete verde e atrás dele vinha um garoto que tinha por volta de seus doze anos e usava uma máscara que cobris quase que seu rosto inteiro.
–– Mina–— A mulher foi cortada por sua filha que passou correndo como um raio atrás de si em direção ao mais velho.
–– Otōsan! –– Ela pulou nos braços de seu pai com uma força que mesmo o pegando desprevenido, conseguiu segura–lá no ar e a girar em um abraço caloroso, com um enorme sorriso no rosto.
–– Chihiro, meu amor! Que saudade! –– Disse ele colocando a filha no chão e direcionando o sorriso para sua mulher que se aproximava.
–– Eu também senti saudade de você. –– Ele falou mais baixo puxando-a para um rápido beijo que fez a filha do casal dar um passo pra trás.
–– Ew, vocês são nojentos! –– Disse a mais nova fazendo cara feia e antes que um dos dois pudesse se pronunciar ela falou de novo, notando seu amigo parado ali na porta. –– Kakashi-kun você também veio! –– Pulou nele mais uma vez pegando sua vítima desprevenida, mas o garoto permaneceu pleno após colocá-la no chão.
–– Oh. –– Ele disse balançando a cabeça num sinal de afirmação mas apertou as sobrancelhas ao notar que ela procurava alguém atrás dele. –– O que foi?
–– O Obito não veio? –– Perguntou esperançosa lançando ao garoto seus olhos azuis como o céu que faria qualquer um se empatizar.
Mas antes que pudesse dizer algo, os dois pais já se encaravam com um olhar conhecido, então Minato foi quem respondeu.
–– Ele foi pra casa direto, ficou um pouco machucado da missão e precisava descansar. –– E ela entrou mais em pânico ainda.
–– Machucado? Por quê? Ele tá bem?
Era tão cômico a pressa com a qual ela questionava tudo, que Minato não conseguiu se segurar e soltou uma leve risada, o que fez Kushina querer repreendê-lo se não tivesse rido também.
