C H A P T E R XXXIV

6 1 0
                                    

Luana Francis

Passou-se uma semana!

Uma semana que eu não tenho notícia alguma de Andrew. Uma semana que tento contactá-lo de qualquer forma e não obtenho sucesso.

Nessa semana, Abby faltou dois dias, mas apareceu na quinta-feira. Abatida, mas esbanjado seu sorriso perfeito. Ela pareceu mais compreensiva com a mudança da sua mãe. A propósito, Anna realmente ligou para eles naquela segunda, ela realmente partilhou o endereço com seus filhos e tem mantido contacto, como ela prometeu. Abby diz que vai visitar suas mãe todos os dias, após as aulas. Edward voltou dois dias após a discussão, pelo que Abby me disse, e nem ela nem Aidan estão falando com ele. Aidan também pretendia se mudar, no dia da discussão, já tem apartamento e tudo, mas decidiu ficar com seus irmãos.

Quando pergunto Abby sobre Andrew, ela apenas me diz, que ele sai cedo, volta tarde, e toda vez que ela tenta falar com ele, não consegue. A porta do seu quarto está trancada desde que sua mãe saiu. Ele não tem falado com ninguém. E não falou comigo definitivamente.  Ele está faltando as aulas e acima de tudo, aos treinos do fim da temporada de jogos.

Tentei de tudo, mensagem, chamadas, Instagram, Snapchat, email. Juntando todas as chamadas, mensagens e endereços electrónicos dá duzentas e oitenta e nove vezes que tentei falar com ele. Duzentas e noventa, porque estou mandando uma mensagem agora mesmo, ao invés de prestar atenção na aula de biologia. Fui para casa dele esse fim de semana, ele não estava. Fiquei apenas com Abby, Brooke e Amy.  Brincamos com Amy, tentando a todo custo fazer com que ela perceba menos o ambiente pesado de sua casa.

— Senhorita Francis! Está prestando atenção na aula? — a chamada de atenção da professora me assusta, e eu rapidamente olho para o quadro.

— Sim, senhora! — minto, não faço a mínima ideia do que ela está falando.

— Então, do que estamos falando?! — engulo em seco. Mas Indie arrasta seu caderno rapidamente para mim, e agradeço aos céus por ter usado os óculos hoje.

—  Estamos falando da reproduz dos artrópodes. — digo e logo formo uma carranca.

Eu amo biologia, mas biologia que tem haver com o ser humano. Não quero saber como aranhas e crustáceos se reproduzem, não me interessa! Eu quero saber sobre as coisas mais estranhas e inusitadas que acontecem com o ser humano.

Mas ao menos, consegui convencer a professora com a breve explicação que tirei dos mais recônditos cantos do meu cérebro sobre ter resumido essa matéria no fim de semana.

A aula termina, e com o fim, vêem milhões de trabalhos que temos que pesquisar para amanhã.

A primeira coisa que faço assim que oiço o sinal tocar, é pegar o telefone e mandar mais uma mensagem para Andrew. Duzentas e noventa e uma mensagens.

— Ele ainda não respondeu? — Indie pergunta assim que vê minha cara de desapontamento ao olhar para a tela sem nenhuma notificação nova.

Abano a cabeça em negação.

— Eu estou tão preocupada. — mordo o lábio inferior.

Esse tem se tornado um hábito recorrente devido à ansiedade, e tem me causado dor e vermelhidão na região.

— Desculpa pelo que foi te dizer amiga, mas Andrew está sendo um completo idiota. Eu sei que ele está passando por algo difícil, mas não custa nada pegar o celular e mandar pelo menos um vai se foder. Ele prefere te deixar nessa aflição tremenda. — Indie exaspera.

A Culpa Do Amor Onde histórias criam vida. Descubra agora