Um.

15 1 0
                                    


Pov, Lucille Webber.

Eu odeio os Fritz, é uma família repugnante. Não sei de quanto tempo os Webber e os Fritz tem essa richa mas tenho certeza que nós sempre teremos. Arnaldo Fritz é o cara que eu mais tenho ódio no mundo todo, como que pode alguém ser tão asqueroso? Rico, soberbo. Até o sobrenome deles me dá raiva.
Soube recentemente que nasceu outra criança naquela família, Thiago Fritz. Eu espero que eles não venham nos perturbar ou jogar em nossa cara a nova 'criaturinha deles. Meu pai anda me cobrando para que eu me case, eu preciso honrar o sobrenome dos Webber
Hoje, nós teríamos uma festa na cidade e eu tenho certeza que os Fritz estarão lá. Pensar em tudo isso enquanto eu me arrumo, fez as minhas mãos ficarem vermelhas. Toda vez que eu fico nervosa ou com raiva, eu fico EXTREMAMENTE vermelha e eu não posso ficar vermelha hoje.
Termino de pentear meus cabelos longos ébanos, passo um batom vermelho escuro e coloco um vestido preto com uma fenda lateral na coxa, termino de colocar alguns acessórios e coloco o meu salto.
- LUCILLE!- Escuto o meu pai começando a gritar comigo por estar demorando, saio do meu quarto ainda colocando o brinco e desço as escadas correndo.
Observo minha mãe com um vestido diferente do que ela tinha escolhido e ela me olha com um olhar muito incisivo, como um: " Não fale nada, isso foi para agradar o seu pai"
Nós entramos no carro em silêncio, digamos que nós não somos uma família muito afetuosa.
Ao chegar no local, meu pai abre a porta do carro pra mim e pra minha mãe. Minha mãe respira fundo e coloca um sorriso agradável no rosto e eu faço a mesma coisa. Entrando no salão, o lugar era chique mas meio lúgubre, como qualquer coisa em São Paulo. Meus pais conversavam com todos ali presentes, se vangloriando de suas conquistas e de seu capital
Eu estava sentada na mesma sozinha bebendo um martini sujo, de repente, eu gelo ao sentir uma respiração extremamente próxima do meu pescoço, escuto uma risada. Arnaldo Fritz.
- O que você tá fazendo aqui? - O encaro com uma cara de fúria, ele é muito confiado, puta que pariu. Eu cruzo minhas pernas e agarro o copo me preparando pra jogar na cara dele.
Ele passa suas mãos por cima das minhas, eu arrepio. Me recordo do toque dele em uma noite fria de inverno. Inspiro e solto em uma tentativa de me tranquilizar, meu sangue ardia.
Eu acho que ele percebeu.
Ele tocou em minha perna por debaixo da mesa, encostando apenas os seus dedos contra o tato da minha pele. Ele indicou com a cabeça para fora do salão, no terraço. Eu suspirei, me entregando ao erro
Saímos furtivamente para o terraço e sentamos juntos.
- O que você quer comigo?- Eu encaro ele soltando um suspiro sincero. - Por que eu te odeio, você me odeia. Por que você me tenta?.- Ele ri em minha direção.
- Você é até que legal.- Quando ele termina de falar isso, eu me levanto e mando ele levantar. Ele me obedece e eu prenso ele contra o murinho que impedía alguém de cair dali. Mas do jeito que eu estava, eu empuraría ele facilmente.
- Opaaaaaa! Eu achava que os assassino eram os Fritz, não os Webber.- Ele fala rindo e eu empurro ele, ele se apoia no murinho e solta uma risada.
- Para de ser louca, doente. - Ele agarra sua cintura e eu enfio minha unha até ele começar a murmurar de dor no braço dele. - Cadê a sua esposa? Será que ela sabe que o pai do filho dela tá aqui comigo? - Eu falo em um tom de deboche.
- Lembra amor? Teu pelo loirinho, teu cabelo espalhado pela cama? Será que você tá com ciúmes?- Eu sinto minha pele se arrepiar, ele estava perto de mim, suas mãos abraçavam minha cintura. Eu sinto a pele da sua boca no meu pescoço.
Xeque-mate.
Quando eu vi, sua mão já estava na minha nuca puxando o meu cabelo e minha língua estava dentro da boca dele. Até que eu comecei a escutar passos.
Eu empurrei ele e rapidamente, mandei ele descer do terraço. Ele pulou e conseguiu ir para o salão principal.
- Lucille. O que está fazendo aqui?- Meu pai me pergunta e eu suspiro aliviada. - Nada pai.- Eu estava fazendo tudo. - Eu só vim pegar um ar, estava ficando meio exaltada.- Exaltada?
- Ah, venha, vamos descer.- Eu o acompanho pelo salão, pensando no quanto foi por POUQUÍSSIMO.

Por nossos filhos. Onde histórias criam vida. Descubra agora