Pov, Arnaldo FritzMinha esposa estava sentada ao meu lado, quase dormindo, amamentando meu filho e a única coisa que eu poderia pensar era em Lucille. Ontem foi o dia do seu casamento mas três semanas, ela estava deitada na minha cama xingando a minha laia e depois me beijando.
Feliz, livre e tendo quem eu sempre amei em seus braços. Eu sabia que ela iria casar, ela vai transar com aquele cara, ela vai ter um filho ou uma filha como ela sempre quis.
Que ódio dessa mulher, puta que pariu.
- Você nunca me dá atenção, sabia?- Escuto a doce voz de uma mulher que não é a Luci, eu me viro pra ela e bufo.- O que foi minha querida?- Eu lhe encaro com a cara mais desinteressada do mundo.
- Fala pra mim Arnaldo, você tá ficando com a putinha da outra família, não é? - Ela fala isso e eu gelo. Puta que pariu. Como ela poderia saber? Não posso demonstrar nervosismo.
- O que você tá falando? - Solto uma risada cínica, ela coloca o Thiago no berço e se vira em minha direção. - Eu vi Arnaldo, eu só não quero manchar sua reputação por que eu amo você. Não quero o seu amor, por que eu sei que você prefere ela, você sempre vai querer estar do lado dela. Mas da pra você ser pelo menos um bom pai? - As lágrimas correm pelos olhos dela, ela é linda mas.. porra, ela não é a Lucille. - Me desculpa, eu faço o que eu posso em relação a você.- Ela chapou falando que eu não sou um bom pai, sou o melhor pai do mundo pro meu filho.
- Eu vejo ela bem no fundinho da minha mente. - Então não veja né caralho. Não querendo ser insensível mas porra, sabe que eu gosto da outra mina e quer ficar. - Olha, só não me enche com isso.- Ela suspira e levanta, ela estava segurando um copo de água e estava com um robe amarelo ou era dourado, não sei.
- Vai dormir. Eu vou sair, vai precisar de alguma coisa com o Thi? - Eu lhe encaro, ela sabe que não era uma opção. - Não preciso, me deixa.- Apenas concordo com a cabeça. Me levanto da cama e pego a chave do carro. Porra, será que a Lucille tá em casa?
Eu sabia que ela ainda não estava morando com ele.
Eu sigo em direção a casa dela e buzino quando chego. Ela sabe reconhecer minha buzina pelo visto, ela me olha pela janela e me manda dar a volta. Eu entendi o que ela iria fazer.
Em dentro de alguns segundos, ela estava no meu carro gritando comigo.
- PORRA! Eu já não mandei você não vir na minha casa Arnaldo, meu marido pode estar aqui. - Eu sinto uma onda de ciúmes quando ela fala esse " meu marido" mas tento disfarçar.- Eu tava com saudade Lucille, eu tô correndo dessa briga de família. Cê sabe que a gente não tem moral pra viver longe um do outro. Eu durmo só pra querer ver você por que é difícil esperar tanto assim por algo que não vai vir.- Ela me olha meio melancólica, não dava pra entender o que aquela mulher sentia.
- Eu tô grávida.- Ela fala gaguejando, meio envergonhada. Não podia ser. - Como? Não, não quero acreditar.- Eu coloco a mão no meu rosto e solto uma risada de desespero. Ela permanecia quieta.- Então por isso que cê casou rápido, não é? Recém casada.- Eu bato no painel do carro e tento controlar minhas lágrimas. Eu escuto ela tentando soltar alguma palavra, tentando reverter mas eu não consigo entender. Ela fala com uma voz mansa, baixando a guarda como eu jamais tinha visto. - Arnaldo...- Eu lhe olho com os olhos rubros, eu não queria acreditar naquilo.- E o nosso combinado Lucille? Fugir? Viver nós dois longe das nossas famílias? Você me aparece grávida? - Ela me olha mas eu rapidamente percebo que ela ficou brava com algo. - Você engravidou alguém primeiro. - Eu sinto meu sangue ferver mas eu jamais descontaria isso nela.
- Você vai ficar com ele né? Pra criar a filha dele, pra amar ele. - Eu encaro ela com lágrimas nos olhos, era impossível conter. O cabelo dela estava na frente do seu rosto e as mãos dela estavam em volta do seu braço, eu vejo o anel de noivado.
- Não tem uma mínima chance do filho ser meu? Nenhuma? - Falo ainda com esperanças em meu ser e ela nega com a cabeça. - Merda. - Eu acendo um cigarro e dou uma máscara pra ela. Apesar de tudo, eu me importava com ela e com a criança. Ela coloca a máscara.
- Nossa Lucille, vai se fuder cara. Por que você tinha que engravidar? A gente poderia ficar em uma porra de uma casinha sei la, no caralho da Indonésia, eu, você, o Thiago e quantos filhos a gente quisesse ter.- Ela me encara e seu semblante muda.- Vai se fuder é o caralho! Minha família toda tava me botando pressão pra ter um herdeiro. Isso nunca daria certo, volta pra sua mulher e pro seu filho, eles estão te esperando. Eu e você somos casados agora.
- Me beija pela última vez?- Eu falo suspirando sentindo o choro se intensificar. Eu sabia que aquilo era a última vez. Ela sai do carro, deixando o colar dela comigo. Ela foi embora.
Eu dou marcha no carro, acabou.
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Por nossos filhos.
RomanceDuas famílias influentes deixando odio na frente do amor. Elizabeth Webber e Thiago Fritz eram rivais de família desde do berço Mas parece que algo deu errado quando eles dois começaram a se apaixonar.