voltar a trás

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Acordo com a maior gritaria,desço e encontro os meus pais gritando um com outro.

Pai: você deveria ter me contado.

Mãe: eu fiz isso pra te proteger!

Pai: me proteger? Serio?

Mãe: sim,acredita em mim.

Pai:  ta difícil. Meu pai pega  a chave do carro e o celular e abre a porta.

Mãe: aonde você vai? Ele se vira e fala:

Pai:vou esfriar a cabeça. E assim ele sai.

Eu: mãe o que aconteceu? Ela olha pra mim com os olhos cheios de lágrimas e sorri:

Mãe: nada não.Odeio quando falam isso e eu vejo que a pessoa ta muito triste,da vontade de espancar.

Eu: mãe o que foi me conta,por favor. Ela balança a cabeça negativamente,sorri e sobe pro quarto,não penso duas vezes e saio de casa,vou direto pra casa de tia Pam só ela pode consolar a minha mãe nesse momento.

Chego na casa dela e bato na porta desesperadamente e quem atendeu se você pensou no Miguel acertou e ele tava como? Sem camisa.

Miguel: ficou com saudades? Ele fala sorrindo.

Eu: cala a boca idiota,onde a sua mãe estar? Falo entrando na sua casa.

Miguel: mããããeeee.

Tia Pam: oi?

Miguel: ela quer falar com você.

Eu: tia vai lá em casa agora,mainha precisa da sua ajuda.

Tia Pam: o que aconteceu?

Eu: eles brigaram. Só bastou essa palavra e ela saiu praticamente correndo  e ai só ficou eu e o Miguel.

Miguel: o que aconteceu?

Eu: meus pais brigaram. Falo abaixando a cabeça,mas do nada ele se aproxima e me abraça.

Miguel: fica assim não pequena,todo casal briga é normal.

Eu: é acho que  eu só  não estou acostumada. Falo e levanto a cabeça e nossos rostos ficam bem próximos ,ele aproxima ainda mais,mas eu me afasto devagar.

Miguel: o que foi?

Eu: não posso tenho namorado.

Miguel:a fala sério,esse namoro de vocês é tão bosta.

Eu: mas eu levo a sério,ao contrario de você.

Miguel: eu?

Eu: sim,você traiu varias.

Miguel: mas era tudo vadia.

Eu: não importa,tem sentimentos.

Miguel: a vai se fuder.

Eu: a vai você seu puto. Falo e saio.

Saio andando e no meio do caminho encontro Sergio indo pra minha casa mas consigo correr até ele e para-lo.

Sergio:preciso te falar um negocio.

Eu: fala.

Sergio: acho melhor  a gente para com essa história de vingança.

Eu: nada disso,a gente começou hoje.

Sergio: mas ta com cara que vai dar merda.

Eu: não vai dar merda.

Sergio:  vai sim.

Eu: não vai confia em mim.

Sergio: se der merda eu vou dizer pra Lari bater em você.

Eu: tudo bem.

Sergio: agora eu preciso ir,to morta de cansada.

Eu: morta de cansada?

Sergio: nem vem me corrigir,me deixa viver.

Eu: ta bem. Abraço ele e vejo ele indo embora,entro em casa ta tudo calmo,pelo jeito meu pai não chegou,subo pro meu quarto e fico vendo tv,até alguém bater na minha porta.

Eu: entra. E eu vejo a minha mãe sorrindo.

Mãe: oi filha.

Eu:oi mãe.

Mãe: você chamou a Pam?

Eu: sim. Ela sorriu.

Mãe: obrigada,você é um anjo.

Eu: mãe,eu anjo acho que não.

Mãe: ta mais pra diabinha é?

Eu: acho que sim. Ela corre e me abraça,estava sentindo falta desses abraços.

Mãe: te amo Sofia.

Eu: também te amo mãe.

Assim ficamos conversando por horas e assistindo filmes,não toquei no assunto da briga dela com meu pai mais cedo,mas foi melhor assim,pela primeira vez em anos me senti criança de novo,principalmente quando ela se deitou comigo e ficou até eu dormi,tava precisando disso,só assim esqueço todos os problemas ,principalmente o Miguel.



Amor de Infância ( Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora