𝐂𝐚𝐩í𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟗 : 𝐄𝐦 𝐂𝐨𝐦𝐩𝐚𝐧𝐡𝐢𝐚

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Lyssandra

Ajusto minha postura, pronta para qualquer tipo de ataque, enquanto observo ele começar a se mover.

- Será que não é você quem está tremendo?

Ele pergunta com um tom zombateiro, mantendo o sorriso no rosto.

" Ele realmente está me subestimando? " Um leve sorriso surge involuntariamente em meu rosto, e eu tento disfarçar.

Só de imaginar a possibilidade de vencer Aemond já me deixa nervosa, mas sei que preciso ter cautela.

- Vamos começar !

Vejo-o avançar, manobrando sua espada com habilidade. Assim que ela colide com a minha, sinto o impacto.

Ele definitivamente é mais forte do que dizem; mesmo com minha técnica excepcional, tenho dificuldades para defender seus ataques.

Uma espécie de dança começa entre nós dois, centrada no combate. Meus passos alternam entre avanços e recuos, resultando em uma defesa surpreendentemente eficaz.

-Laenor..

A única pessoa contra quem eu lutava era meu pai e, anteriormente, meu irmão . Acabo me distraindo ao lembrar do meu irmão falecido.

Isso lhe dá uma oportunidade quase perfeita para me atingir; consigo desviar do golpe no último momento.

- Pensando longe? - Ele se afasta e retoma sua postura que não é tão ruim assim; acaba sendo bastante eficiente apesar das aberturas.

- Desculpe, lembrei de uma coisa. - Meu rosto triste revela um pouco da dor que aquela lembrança traz.

O olhar dele se torna curioso, percebo que ele hesita em tocar no assunto.

- Você não precisa... - Vejo-o passar a mão pelo olho, num gesto carregado de tristeza.

" Ele também perdeu algo significativo ", penso enquanto o observo disfarçar seu sofrimento.

Impulsivamente, me aproximo dele; meu corpo age como se tivesse vida própria e, sem perceber, toco seu rosto.

Ele vira-se na minha direção. - Posso ver?

Pergunto, com a mão perto do tapa-olho, aguardando sua autorização, que demora um pouco, mas acaba vindo.

- Pode.

Afasto o tapa-olho, revelando uma bela safira azul em seu lugar; a pedra brilha de forma deslumbrante.

- É perfeita... - Comento admirada, recordando-me de ter visto um anel feito com essa mesma pedra em Porto Real.

Foi uma pena não tê-lo comprado; acabo me distraindo ao recobrar a consciência da situação.

Encaro Aemond e descubro que ele já me observava há algum tempo. Para minha surpresa, digo:

- Desculpe, você está pronto para perder? - Mudo de assunto ao notar quão próximos nós estávamos.

Sinto uma onda de vergonha e confusão, na verdade, essa sensação me acompanha desde que o conheci.

𝐀 𝐑𝐚𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐝𝐨 𝐃𝐫𝐚𝐠ã𝐨 - 𝐀𝐞𝐦𝐨𝐧𝐝 𝐓𝐚𝐫𝐠𝐚𝐫𝐲𝐞𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora