- Mas eu sei quem é você... - Ele fala, mas é interrompido pelo barulho de conversas, vindo da porta.
Me afasto, saindo de seus braços e ando em direção a porta, que se abre assim que estou bem próximo. Dois alunos entram e passam por mim em um conversa bem animada, olho para traz e o vejo se encostar na parede, seu rosto esta sério mas com ar de decepção. Apenas ergo os ombros e movimento meus lábios em um pedido de desculpas. Já era a segunda vez que o deixava sozinho, mas o que eu podia fazer? Não era culpa minha se o destino estava interferindo mais uma vez. Saio e vou para minhas ultimas aulas do dia.
Já na sala de aula, não consigo parar de pensar nele. Nem sei seu nome, nada para ser mais específico e já havia conseguido me roubado um beijo, "Como isso foi acontecer?". As horas passam lentamente, tento me concentrar e prestar mais atenção na aula. Assim que o sinal toca para sair, pego minhas coisas e saio a passos lentos sem pressa, enrolo meu cachecol para proteger parte do meu rosto do vento frio.
***
Caminhar por essa cidade de céu cinza e ventos congelantes, capazes de congelar um coração, tornam as coisas bem mais depressivas. Raramente se vê um sorriso, parecessem ocupados de mais para isso ou um cumprimento. Não que sejam mal educados, não muito calorosos, mas são educados.Quando chego finalmente em casa, pego minha chave para abrir a porta, olho para trás e avisto um carro parando, sorrio com a ironia da situação, ao perceber quem dirige, "Como assim ele mora em frente a minha casa?", pelo menos agora sei como ele me conhece. Minha avó sempre fala sobre uma vizinha que mora em frente, deve ser a mãe dele concluo. Ele abre a porta do carro e sai pegando a mochila e colocando no ombro, fecha a porta e começa a andar em direção a casa, mas é impedido por sua jaqueta que ficou presa na porta do carro. Rio da situação, seus olhos sérios encontram os meus risonhos me forçando a parar de rir e mesmo a uma distância considerável arrepiar todos os pelos do meu corpo. Desvio os olhos para minhas mãos e depois de dois segundos volto a olhar. O vejo atravessar a rua e tento me preparar, mas não consigo pois não sei o que vem a seguir. Quando está a alguns passos de mim posso constatar que ele é realmente muito bonito, seu cabelo tão escuro quanto seus olhos o tornam misterioso e sensual, a dois passos de mim ele estende a mão para um cumprimentar.
- Oi. - Ele fala. Pego sua mão forte e determinada, toca-lo me deixa estranho algo mexi dentro de mim.
- Oi. - Falo. Ainda segurando minha mão ele entrelaça os dedos nos meus. Sem reação olho para nossas mãos juntas e coro instantaneamente. - Desculpa mas... Sem ofensa... qual é seu nome?.
- Thomas. Thomas Bronwen, mas pode me chamar de Tome. - Ele responde em um sorriso de lado perfeito.
- Sou Steven Stayne. Prazer. - Digo educadamente. Ele me olha com muita intensidade, como se pudesse ler meus pensamentos.
- Eu sei... sua avó sempre fala de você. - Ele me analisa esperando minha surpresa, mas eu já avia deduzido isso conheço o jeito dela. - Quer sair comigo? Comer algo e nós conhecer melhor?
Sou pego de surpresa pelo convite, "o que eu faço?" penso. Ele me olha com ar de espera.
- Sim... é claro. - Respondo meio tímido. Ele abre um grande sorriso.
- Ótimo, que tal ás 19:00?. - Pergunta pressionando seus dedos nos meus. Penso um pouco antes de responder.
- Ok, mas tenho que falar com minha avó primeiro. Pode ser?. - Pergunto. Posso ver seu entusiasmo nos olhos.
- Claro! Combinado então, eu passo aqui umas 18:50. - Ele fala, e antes de ir ele faz uma última pergunta. - Posso te beijar?
Mas antes que eu possa responder, ele me surpreende, aproximando o rosto a centímetros do meu, posso sentir sua respiração e seu perfume tão bom, que é impossível resistir por muito tempo. Ele espera minha reação, aproximo meus lábios do dele, e encosto suavemente fazendo pressão, ele coloca a mão na minha cintura e cola nossos corpos, aumentando a intensidade do beijo. Nos afastamos sem fôlego para continuar. Ainda próximos posso ver o sorriso em seus lábios vermelhos como uma cereja, ele então solta minha cintura e dá um beijo na minha testa, solta minha mão e saí atravessando a rua, assim que esta próximo de sua porta vira para mim e acena, eu também aceno, abro a porta e entro fechando atrás de mim.
___________________________________
Oi... por favor vote na estrela e compartilhe se gostou ajuda muito... bjs até o próximo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Apenas Eu! (Romance Gay)
RomanceSteven tem 17 anos prestes a entrar no seu terceiro e último ano do colégio, um garoto simples e muito bonito. Com a separação dos pais, ele fica com sua avó paterna Dona Ellen, que aos pouco conhece melhor seu neto. Na escola ele conhece Diogo e E...