A Beleza Nos Espinho De Uma Rosa - GlassHeart

Capítulo sem título 3

Red's POV

A carruagem parou em frente aos portões de Auradon, e um nó se formou em meu estômago. A última vez que estive aqui, as circunstâncias eram bem diferentes. Minha mãe tinha tomado o controle da escola em um golpe de estado, e o caos parecia reinar por todo o reino. Mas agora, depois de voltar no tempo com Chloe e mudar o passado, estávamos aqui, prontas para recomeçar... ou, ao menos, fingir que tudo estava no lugar.

Desci da carruagem com uma postura tranquila, mesmo que meu coração estivesse pesado de incertezas. Atrás de mim, minha mãe estava calma, algo quase surreal para quem já a viu em seu auge, comandando com o pulso firme de uma verdadeira Rainha de Copas. Agora, com seu semblante sereno e sua presença doce, ela era quase uma pessoa nova. Parte de mim ainda não conseguia acreditar, e outra parte temia descobrir que algo mais tinha mudado.

— Red, querida, está tudo bem? — A voz suave dela me trouxe de volta, seu toque gentil no meu ombro me tirando do transe.

— Sim, mãe. — Forcei um sorriso. — Só um pouco nervosa.

Ela me observou com uma expressão acolhedora antes de me dar um pequeno aceno e partir, deixando-me sozinha em frente ao portão de Auradon. Respirei fundo, ajustei a postura e, com passos firmes, entrei. Sabia que minha presença chamava atenção; meu cabelo vermelho vibrante e ondulado, caindo sobre os ombros, era uma marca difícil de ignorar, e eu era mais alta que a maioria das garotas, o que só reforçava essa impressão.

Segui pelo corredor principal, passando por um mar de alunos com conversas animadas e risos que preenchiam o ambiente. De repente, avistei Chloe de longe, conversando e rindo com alguns outros alunos. Ela era o retrato da segurança e do carisma de Auradon, seu cabelo cacheado em um tom azul encantador caía pelos ombros em cascatas definidas, e sua presença parecia iluminar tudo ao redor. Ela era mais baixa que eu, mas era impossível não notá-la, com sua energia brilhante e sorriso descontraído. Chloe Charming era a verdadeira definição de "boa moça", uma herdeira perfeita — e, irônica e curiosamente, minha colega de quarto.

Antes que ela pudesse me ver, desviei o olhar e continuei meu caminho pelo corredor, até que senti um esbarrão repentino.

— Ei, cuidado, garota! — Uma voz meio áspera e divertida soou. Me virei para encarar uma garota de olhar astuto, com um chapéu desajeitado e um maço de cartas entre os dedos. Ela parecia confortável demais naquele papel de "forasteira astuta", e em poucos segundos entendi quem era. Celia, a filha do Dr. Facilier.

Ela me observou com um sorriso quase travesso e estendeu a mão com uma confiança despreocupada.

— Red, certo? Filha da Rainha de Copas? — Ela não esperou a resposta e continuou. — Eu sou Celia. Não é que eu adore ler as pessoas, mas... sua sorte está estampada na sua cara. E você vai precisar dela.

Não pude evitar um sorriso cínico. — Bom saber.

Ao lado dela, uma garota mais baixa, com cabelos cacheados presos em um rabo de cavalo bagunçado, observava a cena com um sorriso largo e acolhedor. Vestia roupas simples e tinha um brilho amigável nos olhos, como se o mundo fosse um lugar divertido e seguro.

— Dizzy Tremaine! — Ela se apresentou animadamente, estendendo a mão. — Ah, sabe... a neta da Lady Tremaine. A madrasta da Cinderela?

Segurei a mão dela, surpresa pela empolgação natural. — Ouvi falar, sim.

— Mas nem pense que sou como ela! — Dizzy deu uma risadinha calorosa. — Sou meio que a ovelha negra da família, mas no bom sentido, entende?

Celia revirou os olhos, mas o sorriso não deixava o rosto. — Dizzy é otimista demais. Não se deixe enganar.

Dizzy fez uma careta leve, mas riu. — E Celia é amarga demais. Então estamos quites.

Eu soltei uma risada, sentindo a tensão diminuir um pouco. Celia e Dizzy eram um respiro de ar fresco, uma lembrança de que Auradon não era feito só de realeza polida e conformidade rígida. Talvez, com essas figuras inesperadas, eu pudesse encontrar um pouco de liberdade para ser quem realmente era.

Celia me lançou um olhar afiado. — E aí, como é dividir o quarto com a realeza suprema? Chloe Charming deve ser, no mínimo, insuportável de tão perfeita.

Eu hesitei, considerando minha resposta. — A gente vai ver. No mínimo, deve ser... interessante.

As duas riram, e o som ecoou pelo corredor, leve e despreocupado. E, pela primeira vez desde que cheguei, senti que talvez houvesse algum espaço em Auradon para alguém como eu, alguém que se escondia atrás de provocações e olhares desafiadores.

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Oi divos e outros!
Eu prometi e cumpri! Aqui estamos nós com mais um capítulo maravilhoso, esse capítulo eu quis trazer como foi para Red descobrir que Clhoe seria sua colega de quarto e, eu vi que em outras fic o povo esquecia da Celia e da Dizzy eu decidi traze-las para nossa fic e, eu queria saber, vocês querem as duas como casal?

Beijos e nos vemos no próximo capítulo!