Jennie Min sempre soube que sua vida era marcada por tragédias e mistérios. Órfã de mãe desde o nascimento e sobrevivente de um lar abusivo, ela cresceu entre pesadelos e segredos. Aos 18 anos, tenta reconstruir sua vida dividindo um dormitório univ...
Jennie continuava folheando o diário, buscando alguma conexão entre o passado e o que acabara de descobrir. As palavras de Hana não apenas revelavam mistérios antigos, mas também deixavam claro que a vida de Jennie estava entrelaçada com segredos mais profundos do que imaginava.
— O que exatamente meu pai estava tentando proteger? — murmurou, mais para si mesma.
Jake e Sunghoon trocaram olhares rápidos, como se soubessem a resposta, mas hesitassem em revelá-la. Era como se estivessem esperando que Jennie descobrisse por si mesma.
De repente, uma página específica chamou a atenção. Ela não tinha apenas texto, mas uma estranha ilustração no canto: um círculo com símbolos desconhecidos e uma adaga no centro. Ao lado da imagem, uma frase rabiscada:
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"Somente sangue pode abrir a porta."
Jennie franziu a testa. Aquela frase fazia seu estômago revirar, mas ao mesmo tempo, parecia a chave para entender tudo.
— Esse símbolo... — Jennie apontou para a figura. — Vocês sabem o que significa?
— É um selo antigo — respondeu Sunghoon com voz baixa, quase relutante. — Um ritual de proteção. Seu pai tentou usá-lo... mas algo deu errado.
— Por isso ele morreu? — a voz de Jennie falhou, e sua garganta apertou ao pensar em seu pai enfrentando algo sozinho.
— Ele estava tentando te proteger — acrescentou Jake, com um tom mais suave. — Mas não estamos lidando com algo que pode ser facilmente detido.
Jennie voltou a encarar o diário. As palavras de sua mãe, enigmáticas e carregadas de medo, eram o único mapa que ela tinha para entender o passado e, talvez, salvar a si mesma do que estava por vir.
Jennie respirou fundo, como se o peso do diário em suas mãos fosse tão físico quanto as revelações que ele trazia. As palavras e os olhares dos dois à sua frente confirmavam uma verdade que ela não estava pronta para aceitar: seu pai havia morrido lutando contra algo muito maior do que ela jamais imaginara.
Ela passou os dedos sobre o desenho da adaga e do círculo, como se o simples toque pudesse lhe revelar mais segredos. “Somente sangue pode abrir a porta.” A frase ecoava em sua mente, fria e sinistra.
— Por que ele não me contou nada? — sussurrou Jennie, quase sem perceber que falava em voz alta. — Ele me deixou no escuro...
Jake e Sunghoon mantiveram o silêncio, cúmplices em um segredo que não sabiam como revelar.
— Não foi uma escolha dele — Sunghoon finalmente disse, baixo, mas firme. — Ele sabia que se você soubesse... aquilo te encontraria mais rápido.
