Storge

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Storge é um termo grego para um dos tipos de amor: o fraterno, incondicional.

Escrever sobre família sempre me emociona!

Chegamos ao fim de Meu Casamento Grego, mas teremos volume dois de Grego Forçado ano que vem, e Isótita, uma shortfic Thiadam, derivada de GF.

Boa leitura!

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- Tio Ramiro, tio Ramiro! - Juliana correu até a casa de Kelvin, duas ruas do templo, chamando o preto que pintava a casinha da árvore de branco, sonhando com o dia em que seu filho brincaria ali

- Oi meu anjo, o que foi? - Sorriu, amava a filha da sacerdotisa, era sempre uma menina bem educada, diferente de Diego, que estava de castigo naquele sábado

Foi pego matando aula. Diebinho

- O tio Kelvin, ele tá no templo! - Ramiro teve um mal pressentimento ao ouvir o tom da menina - Ele tá parindo!

- Ai, puta caralho! - O preto caiu da casinha, se desmantelando no chão, por sorte, sem quebrar nada - Não conta pra sua mãe que eu falei palavrão!

Juliana estendeu a mão com um olhar negociador

- O que eu ganho com isso? - A mocinha linda de vestido florido e chiquinhas no cabelo não deixava de ser grega

Negociar estava no sangue!

Mas não havia tempo para Ramiro tentar comprar o silêncio da menina, correndo para o templo com ela atrás

Kelvin estava sentado no chão, suando e gemendo de dor no altar

- Kelvin, vamos pra maternidade meu amor - Ia se levantar e chamar Chico, mas o loiro agarrou forte sua mão

O corpo sempre avisa

- Não vai dar-AAAAAHHH - As contrações eram muito ritmadas e em curto espaço

A fase expulsiva iniciava

Juliana era apenas uma criança, mas provou diante dos olhos dos homens o porque pertencia a uma linhagem de sacerdotisas

A voz da deusa tocou seu coração, a orientando sobre o que fazer, trazendo uma bacia com água morna e panos enquanto Ramiro ajudava Kelvin a tirar o short, sem deixar sua mão

- Calma, eu tô aqui com você, eu sempre vou estar com você! - Sentou no chão, ficando atrás de Kelvin e sendo apoio pra ele - Você consegue, amor!

- AAAAAAAHHHHH - Um grito foi ouvido por toda a quadra, mas após estourar as cordas vocais, Kelvin apenas sorria

Seu menininho estava em seus braços, enroladinho num pano branco morno

- Olha pra ele, Rams! - Seus olhos brilhavam de paixão - Olha o que fizemos!

O preto também babava

Ruivinho, de olhinhos fechados, mas nitidamente a carinha de Kelvin

- Tudo o que eu mais queria, um príncipe com o seu rostinho! - Beijou os lábios do loiro - Obrigado Juju!

Encheria aquela criança abençoada pelos deuses, de presentes, mas não por comprar seu silêncio, e sim por agradecer por ter ajudado Kelvin

- Obrigada, Juju! - Com o outro braço livre, Kelvin estendeu, trazendo a menina pra perto - Você quer escolher o nome dele? Quer ser madrinha dele?

Era justo, mesmo que fosse apenas uma criança. As madrinhas sempre são bálsamo nas nossas dores, assim como Juliana aliviava as dores de Kelvin com os panos aquecidos pela água morna

Meu Casamento Grego - AU Kelmiro - Derivada de Grego Forçado Onde histórias criam vida. Descubra agora