❝Duas décadas após o sequestro do Herdeiro, a maior tragédia do Reino do Norte, Lunaire começa a recuperar sua paz, embora as cicatrizes permaneçam. Longe dos segredos do reino, Jimin, um jovem Ômega Puro, vive isolado com seus pais idosos, sonhando...
Antes de tudo, peço mil desculpas pelo atraso. Prometi algo e acabei não cumprindo, mas a culpa é toda da rotina agitada.
Por favor, não deixem de ler as notas finais, ok? Tenham uma ótima leitura!
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R. Jimin P.O.V's
Meus lábios tremiam sob o domínio do frio que se espalhava pelo ar, prenúncio inegável de que o inverno avançava mais rápido do que se esperava. Meus ouvidos, inquietos, captavam os sons da floresta; as criaturas noturnas estavam em desalinho, apressadas em prover seus ninhos antes de se entregarem ao repouso do inverno. Meus olhos, arregalados, esquadrinhavam cada canto daquela vastidão de sombras, ansiosos à procura de algo. A cada lufada de ar que escapava de meus pulmões, uma névoa branca se dissipava por entre meus lábios, enquanto meus passos, antes resolutos, tornavam-se hesitantes e cautelosos.
Estava em terras desconhecidas, talvez território de alguma besta selvagem.
Levei minhas mãos gélidas até os ouvidos, tentando cobri-los para aquecê-los. Estavam tão rubros quanto meu nariz e minhas bochechas, e meus cabelos brancos, úmidos pelo frio, pareciam enrijecidos, tal como meus cílios claros. Apressei-me em retirar a bolsa de pano que trazia às costas, procurando dentro dela algum agasalho. Em meio aos trapos jogados de maneira desordenada, encontrei um casaco fino e gasto, mas que haveria de bastar para resguardar-me do vento cortante.
Não sei o quanto caminhei, mas já deveria ser tarde o suficiente para que nenhuma alma sensata ousasse vaguear sob tamanho frio. Esfreguei as mãos uma na outra, na tentativa de aquecer minhas bochechas rubras, enquanto olhava para trás, contemplando o caminho que deixara marcado sobre o chão coberto de folhas e galhos. Contudo, sabia que logo seria encoberto novamente, e, ao me dar conta disso, percebi que não saberia reencontrar o caminho de volta. Suspirei, um tanto arrependido por minha imprudência.
De súbito, meus passos cessaram, e meu corpo inteiro pareceu congelar. Um som alto irrompeu o silêncio da escuridão ao meu redor. Segurei a bolsa com força, soltando um murmúrio de temor, sem coragem de virar o olhar para descobrir a origem daquele ruído.
- Ó, deuses celestiais, primeiros seres de luz e poder sobre esta terra, protegei-me com vossa força e vossa bondade. Afastai de mim todo o mal e maldição que espreitam nas trevas. Dai-me luz em meus caminhos e iluminai minh-...
Minha prece foi interrompida ao avistar um pequeno esquilo que parou à minha frente, com a boca cheia de nozes. Do mesmo modo apressado com que surgiu, desapareceu na penumbra.