♔ II - O Encontro dos Contrários.

158 26 79
                                    

Oi, oi, pessoal! Como estão?

Antes de tudo, peço mil desculpas pelo atraso. Prometi algo e acabei não cumprindo, mas a culpa é toda da rotina agitada.

Por favor, não deixem de ler as notas finais, ok? Tenham uma ótima leitura!

Não se esqueçam de votar! ★

⊰᯽⊱┈──╌❊ ❊╌──┈⊰᯽⊱

⊰᯽⊱┈──╌❊ ❊╌──┈⊰᯽⊱

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

R. Jimin P.O.V's

Meus lábios tremiam sob o domínio do frio que se espalhava pelo ar, prenúncio inegável de que o inverno avançava mais rápido do que se esperava. Meus ouvidos, inquietos, captavam os sons da floresta; as criaturas noturnas estavam em desalinho, apressadas em prover seus ninhos antes de se entregarem ao repouso do inverno. Meus olhos, arregalados, esquadrinhavam cada canto daquela vastidão de sombras, ansiosos à procura de algo. A cada lufada de ar que escapava de meus pulmões, uma névoa branca se dissipava por entre meus lábios, enquanto meus passos, antes resolutos, tornavam-se hesitantes e cautelosos.

Estava em terras desconhecidas, talvez território de alguma besta selvagem.

Levei minhas mãos gélidas até os ouvidos, tentando cobri-los para aquecê-los. Estavam tão rubros quanto meu nariz e minhas bochechas, e meus cabelos brancos, úmidos pelo frio, pareciam enrijecidos, tal como meus cílios claros. Apressei-me em retirar a bolsa de pano que trazia às costas, procurando dentro dela algum agasalho. Em meio aos trapos jogados de maneira desordenada, encontrei um casaco fino e gasto, mas que haveria de bastar para resguardar-me do vento cortante.

Não sei o quanto caminhei, mas já deveria ser tarde o suficiente para que nenhuma alma sensata ousasse vaguear sob tamanho frio. Esfreguei as mãos uma na outra, na tentativa de aquecer minhas bochechas rubras, enquanto olhava para trás, contemplando o caminho que deixara marcado sobre o chão coberto de folhas e galhos. Contudo, sabia que logo seria encoberto novamente, e, ao me dar conta disso, percebi que não saberia reencontrar o caminho de volta. Suspirei, um tanto arrependido por minha imprudência.

De súbito, meus passos cessaram, e meu corpo inteiro pareceu congelar. Um som alto irrompeu o silêncio da escuridão ao meu redor. Segurei a bolsa com força, soltando um murmúrio de temor, sem coragem de virar o olhar para descobrir a origem daquele ruído.

- Ó, deuses celestiais, primeiros seres de luz e poder sobre esta terra, protegei-me com vossa força e vossa bondade. Afastai de mim todo o mal e maldição que espreitam nas trevas. Dai-me luz em meus caminhos e iluminai minh-...

Minha prece foi interrompida ao avistar um pequeno esquilo que parou à minha frente, com a boca cheia de nozes. Do mesmo modo apressado com que surgiu, desapareceu na penumbra.

O Herdeiro Sequestrado  ▪︎  JIKOOK | ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora