Ghard e Vitória são amigos desde sempre, e hoje ambos seguem carreiras solo no trap, cada um buscando seu lugar no cenário musical. Enquanto Ghard se destaca com batidas intensas e letras profundas, Vitória cativa o público com sua presença poderosa...
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VITORIA NARRANDO
O estúdio do Podpah estava repleto de energia. De um lado da mesa, estavam Veigh, G.A, Ghard e Niink, cada um em uma cadeira, com Mítico e Igão na frente, prontos para conduzir a conversa.
Eu estava ali também, mas sentada em um sofá mais afastado, apenas assistindo e apoiando, como sempre fiz. Não participei da faixa "Os Meninos da Nova" — era o momento deles, e eu estava ali como parte da torcida.
Mítico começou a conversa com aquele entusiasmo que já era marca registrada.
— E aí, rapaziada! "Os Meninos da Nova" tá quebrando tudo! — Ele disse, sorrindo. — Conta pra gente, como foi juntar toda essa vibe numa faixa só?
Veigh deu uma risada e olhou para os amigos ao seu lado.
— Cara, depois de tudo o que rolou desde dois mil e vinte dois, a gente sentiu que precisava fazer algo que mostrasse o quanto crescemos. Essa faixa é pra mostrar a essência do que a gente viveu junto, sabe?
Ghard se ajeitou na cadeira, com aquele jeito descontraído de sempre.
— E foi também pra mostrar o que a Super Nova representa agora. Cada um na sua carreira solo, mas, quando a gente se junta, o peso é outro.
Enquanto ouvia, um sorriso surgiu no meu rosto. Ver o crescimento deles era inspirador. Eu tinha seguido meu próprio caminho, fazendo feats com mulheres do trap — o feat em "KARMA" com Luanna e Nina, que tinha sido um dos momentos mais marcantes da minha carreira.
A Super Nova era a minha casa, mas naquela faixa, "Os Meninos da Nova", eu não estava. E tudo bem. Eu entendia que aquele era o momento deles, e me sentia orgulhosa do que eles tinham criado.
Igão olhou para os meninos, continuando a conversa.
— E a produção é do Nagalli, né? Como foi esse trampo?
Niink deu uma risada e respondeu:
— Nagalli é brabo demais, irmão. Ele entende o que cada um de nós representa e conseguiu colocar tudo isso na faixa. É como se ele conseguisse traduzir nossa vibe pra música.
Mítico olhou na minha direção, percebendo que eu estava acompanhando tudo com atenção e um sorriso de orgulho.
— E a Vic, ali no sofá, sempre com a galera. Dá pra ver que a amizade de vocês é forte, hein? — Ele comentou, apontando para mim.
Levantei o polegar e dei uma piscadinha, sem precisar dizer nada. Sabia que, mesmo não estando naquela faixa específica, a nossa amizade e o respeito pelo trabalho de cada um eram inquebráveis.
Ali, no sofá, eu estava no meu lugar, acompanhando e apoiando, sabendo que fazíamos parte de algo maior do que qualquer música ou carreira solo.
A conversa continuava animada, cada um compartilhando histórias sobre o processo criativo de "Os Meninos da Nova" e o impacto da faixa. Mítico e Igão riam com as brincadeiras dos meninos, enquanto G.A contava sobre os bastidores e os desafios de equilibrar cada estilo na faixa.
