SCARY LOVE - G!P

🎬 0.2

— Ei! — Senti leves tapinhas no meu ombro que me fizeram abrir lentamente os olhos. — Chegamos.

A garota dos olhos esverdeados estava ao meu lado, vaguei os olhos pelo ônibus quase que vazio, sem a presença de Eliza.

— Obrigada. — Agradeci, provavelmente ainda estaria dormindo nesse banco se não fosse por ela - porque pelo jeito Liz me abandonou.

Me levantei, preparada para encontrar a loira e tirar satisfação, senti Stephane logo atrás. Desci do ônibus e me deparei com uma enorme placa estampada no alto.

"Forest Haven"

Esse acampamento vem sendo bem famoso ao longo dos anos, existem muitos rumores sobre assombrações nesse lugar. Não que eu duvide, mas acho que talvez seja apenas um exagero vindo desses adolescentes, loucos por atenção.

— Ash? — A voz de Eliza me tirou do transe, me fazendo virar meu corpo para trás.

— Olha... que cara de pau vir falar comigo depois de me abandonar naquele ônibus. — Cruzei os braços.

— Deixa de ser dramática. — Ela riu, mas eu não estava vendo graça nenhuma. — Apenas deixei você dormindo mais um pouco enquanto eu e Abel pegávamos as malas. — Avistei Abel de longe carregando não somente suas malas, mas também as minhas.

Suspirei, notando o ar gelado saindo das minhas narinas.

— Que frio. — Envolvi meus braços em volta do meu corpo, demorei para notar a brisa gelada que circulava pelo ar. Aquele tecido fino que envolvia meus braços com certeza não era o suficiente. — E cadê o Nathaniel?

— Não faço a mínima ideia. — Deu de ombros. — Acho que ele já entrou. — Não demorou muito para que o namorado de Eliza aparecesse com todas as malas.

— Aqui, suas malas, garotas. — Ele estendeu as duas mochilas que pouco antes estavam penduradas em seus braços, peguei a minha mochila pela alça e arrastei minha mala para perto. — E então? — Posicionou as duas mãos nos quadris.

— Deveríamos entrar, né? — Meu olhar estava entre Eliza e Abel.

Começamos a caminhar, seguindo o caminho desenhado no chão. Eliza girava sua cabeça para todos os lugares, observando cada mínimo detalhe com pressa.

— Esse lugar é estranhamente estranho. — Aproveitei para olhar em volta também. — Além de ficar no meio do nada.

— Vocês ouviram os boatos? — O garoto perguntou.

— E quem não? — Questionei. O tempo estava mais nublado do que de manhã e tudo que eu conseguia enxergar ao redor do acampamento eram árvores. — O que é aquela multidão ali? — Nós três nos aproximamos das pessoas presentes naquele espaço.

Um homem e uma mulher pareciam estar tentando arrumar todos os alunos em filas separadas, até que finalmente conseguiram juntar todo mundo de uma forma mais organizada. Com um microfone nas mãos eles começaram a falar.

— Sejam todos bem-vindos! — O homem começou, abrindo o braço livre, demonstrando acolhimento ou algo assim. — Eu me chamo Luccas e essa daqui é a Marina. — Ele apontou para a mulher ruiva ao seu lado - incrivelmente bonita, por sinal.

— É um prazer, pessoal. — A ruiva sorriu, vagando os olhos pela multidão. — Seremos responsáveis por apresentar o acampamento a vocês.

— Eles parecem meio forçados... — Eliza apenas concordou com a cabeça, Abel permaneceu de braços cruzados e olhos atentos.

Não demorou muito até começarmos a andar. O cenário consistia em uma enorme mansão e um jardim maior ainda. Existiam coisas para todos os lugares em que eu olhava, desde grama até quadras, barracas e piscinas. Me perdi entre meus pensamentos, sequer ouvindo o que os guias estavam explicando.