ꗃ 𝟎𝟖: 𝑪𝒐𝒏𝒗𝒆𝒏𝒊𝒆𝒏𝒕𝒆

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I had a dream
I ɢᴏᴛ ᴇᴠᴇʀʏᴛʜɪɴɢ I ᴡᴀɴᴛᴇᴅ
Nᴏᴛ ᴡʜᴀᴛ ʏᴏᴜ'ᴅ ᴛʜɪɴᴋ
Aɴᴅ ɪғ I'ᴍ ʙᴇɪɴ' ʜᴏɴᴇsᴛ
Iᴛ ᴍɪɢʜᴛ'ᴠᴇ ʙᴇᴇɴ ᴀ nighmare
Tᴏ ᴀɴʏᴏɴᴇ ᴡʜᴏ ᴍɪɢʜᴛ ᴄᴀʀᴇ

- everything i wanted, Billie Ellish

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— Você já fez isso antes? — Chaeyoung pergunta, sua voz treme.

— Isso o quê?

Estou dirigindo o mais rápido que consigo. No começo dirigi meio sem rumo, com base nas informações que uma Chaeyoung transtornada com a possibilidade de a melhor amiga dela estar morta na floresta me deu. Mas tudo melhorou quando uma viatura da polícia passou pela gente, então os segui.

Só não esperava conhecer bem aquele caminho. 

Apertei o volante mais forte sentindo minhas mãos vacilarem. Eu não me sentia nem mesmo confortável sentada naquele banco que de repente pareceu tão duro. Vários arrepios passavam pela minha espinha. Agradeci mentalmente que Chaeyoung estava preocupada demais com os próprios pensamentos dela a assustando com o quanto eu estava tremendo.

— Ir em cenas de crime, ver gente morta...

— São ossos do ofício — dei de ombros.

Eu passei a desenvolver um certo distanciamento nesses casos, muitas coisas não me abalam. Pessoas mortas, cenas de crime, tudo é bem distante de mim. Mas havia certas coisas que nem mesmo eu com meu zero senso de choque poderia resistir.

Diminui a velocidade vendo um grande número de policiais e paramédicos reunidos na beira da estrada. Estacionei a uma certa distância para não atrapalhar.

Demorei um tempo a me situar no que estava acontecendo, que era o presente e não o passado vindo me assombrar mais uma vez. Quando olhei para Chaeyoung ela estava ainda mais pálida do que eu deveria estar.

— Fique aqui — pedi, saindo do carro.

O que eu falei pelo jeito não surtiu nenhum efeito já que ouvi o barulho da porta se fechando assim que passei a frente do carro.

— Não! Vou com você! — ela segurou meu braço.

Tentei pensar na melhor maneira de dizer para ela que se ela se descontrolasse iria atrapalhar tudo. Mas a realidade é que não tinha um jeito, tanto as emoções dela quanto as minhas estavam em outro nível e se não fosse ela jogando tudo para o ar, seria eu.

— Você vai me atrapalhar lá, está muito envolvida. 

— Mas e se for a Somi?!

— Pior ainda. Preciso que você fique fria, consegue? Porque eu acho que não — me soltei das mãos dela. — Me deixe ver o que aconteceu. Tenho mais experiência nisso do que você.

Ela balançou a cabeça várias vezes, engolindo o choro.

— Me deixa ir com você. Prometo ficar quieta.

— Jura?

— Juro.

Não tinha jeito.

— Tudo bem, vamos.

Disparei na frente e Chaeyoung correu para me alcançar. Tive a rápida impressão de que ela se sentia pesada demais. E também tentava segurar o choro.

Nos aproximamos devagar da cena, alguns policiais nos viram e já ficaram a postos. Sorri para eles, acenando também como uma bandeira branca de "Não vou fazer merda". Simpatia sempre é um bom começo.

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⏰ Última atualização: 2 days ago ⏰

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