BACKSTAGE | PEJÃO • ONESHOT

BACKSTAGE

História escrita em parceria entre @pinkblueforever e @nanatofania.

Aviso: essa história contém conteúdo sexual explícito e linguagem e de baixo calão. 

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O barulho alto e o andar das pessoas de um lado para o outro deixava João quase tonto. Sabia que dias de desfile eram assim, a bagunça e euforia do backstage já eram familiar, mas ainda o afetava.

Dois anos como estagiário do grande estilista Pedro Tófani o fez viver muitas situações ao longo do tempo. Ele ainda se lembra do seu primeiro dia no ateliê de Tófani, todo o deslumbre que sentia não chegava perto do seu nervosismo de estar na frente de um dos maiores, e mais novos nomes da moda brasileira. Seu rosto corado e as palavras emboladas encantaram o estilista de primeira, o sorriso divertido em seu rosto foi aos poucos acalmando o coração de João. Mas, então, Pedro começou a agitar outras coisas nele.

Veja bem, ser um cara de 22 anos com apenas um namorado na vida, que nem era tão bom de cama assim, o fez se sentir inseguro e receoso em ter contatos tão íntimos com outros caras. Nunca tinha se sentido confortável o suficiente para fazer tudo aquilo que passava pela sua cabeça quando ele se tocava sozinho no seu quarto. Infelizmente seu vibrador não lhe dava um tapa na cara e o xingava quando ele ficava completamente manhoso e desesperado perto do seu ápice. Mas Pedro fazia. Ah, ele fazia muito bem. Pedro não media esforços quando o assunto era atender aos desejos mais íntimos de João sem que ele tivesse ao menos que verbalizá-los. Bastava um olhar pidão, um gemido, e era como se o mais velho fosse dono de uma bola de cristal que lhe dava acesso aos pensamentos mais sujos e deliciosos de João.

As horas extras que ele fazia no ateliê o fizeram aprender muitas coisas. A primeira, que Pedro não conseguia ficar calado no sexo, mesmo que eles sempre tivessem que fazer as coisas meio escondidas. A segunda, é que as mão de Pedro se encaixavam perfeitamente na curva da sua cintura. Melhor ainda quando ela subia do seu pescoço até o maxilar, enfiando os dois dedos na sua boca para que ele fizesse menos barulho. A terceira coisa, e talvez a mais importante, é que Pedro gostava de mandar, já João... ah, ele adorava obedecer.

Para o mais novo, não existia nada mais excitante no mundo do que ouvir o tom autoritário de Pedro dirigido para si, o mesmo tom que ele usava com os alfaiates e modelos quando precisava dar ordens severas e urgentes. João se deliciava com o olhar de Pedro, sempre faminto como se ele fosse capaz de enxergar o seu corpo através das roupas. Ele gostava da forma firme que Pedro pegava em seu corpo, o girando e colocando em posições inimagináveis sem nem ter que se esforçar para tal. Às vezes João sentia que amava até demais as palavras sujas e autoritárias que Pedro dirigia à ele em seus momentos de luxúria. Mas era impossível resistir à pegada forte de Pedro, que vinha sempre carregada com uma enorme dose de desejo e uma leve pitada de paixão, mesmo que as coisas entre eles sempre tivessem se mantido estritamente casuais.

A verdade é que João se sentia adorado pelo mais velho que sempre fazia questão de deixar claro o quanto apreciava a sua submissão, o recompensando com os melhores orgasmos da sua vida, priorizando sempre o seu prazer, às vezes o lavando à exaustão. Quando João namorava, ele costumava pensar que sexo era apenas uma coisas que casais faziam para mostrar que se amam de forma um pouco mais intensa. Mas foi com Pedro que João aprendeu que amor e sexo não estão necessariamente correlacionados. Foi com Pedro que João descobriu que ele não precisava se contentar com o básico, que não havia vergonha em querer sempre mais, e desejar sempre ir além, desbravando seus limites. Pedro fodia João como ninguém, e mesmo que às vezes a situação fosse arriscada, João não conseguia pensar racionalmente e pedir para parar: João não conseguia dizer não para Pedro, porque cada átomo do seu corpo gritava sim, implorando pela foda e sempre desejando a próxima vez como se fosse a primeira.