Emilly Golbert, uma pequena menina de 14 anos, pele clara, cabelo ondulado como muitas outras meninas, mas por se tornar órfã tão jovem, ficou sem rumo, vagando pelas as ruas de Salvador. E então, após perder sua única família, estava andando pelas a ruas de manhã, resolveu ir a igreja fazer uma oração.
-Oh Senhor, te peço por favor, me der um lar, Salvador é grande demais pra se morar, e eu não quero ficar passando de lar em lar, deis de já te agradeço menino Jesus! Amém-Emy então saiu para fora da igreja.
Emy então foi saindo, quando viu um menino sentando nas escadas da calçada da igreja, e vendo ele, observou que ele estava desenhando, desenhos muito bonitos e realistas. Ela olhou bem para o menino, um menino que parecia ser alto, negro, cabelo crespo e usava óculos. Ela se encantou pelos desenhos do rapaz.
- Desenho muito bonito, meus parabéns!- Emy fala sorrindo e vendo o menino desenhar, até que ele para e a olha
-Obrigada, eu faço isso com frequência, já até virou hobby- O menino então não parava de encara-la, admirando Emy - Meninos de rua não tem muitas coisas para diversão, então eu pego uns jornais e um pouco de carvão que jogam na rua- ele então volta a desenhar
Emy então se senta na escada com o rapaz, um degrau acima dele
- Também moro na rua agora, e esses rapazes que você citou? Vocês ficam aonde? Queria muito um lugar pra ficar...- Emy fala meio triste por lembrar do seu avô falecido, mais se fez forte, pois queria fazer um boa impressão e queria ser legal com o rapaz
- O lugar onde ficamos não aceitam meninas, mas posso convencer o Pedro a deixar você passar uma noite lá. Pois ele abriga meninos de rua, mas meninas até agora eu nunca vi ele abrigar- O menino então se põem de pé, e logo estica a mão pra me ajudar a levantar também
- Pedro? Quem é esse Pedro?- Emy fala com um tom de curiosidade, mas no fundo ela estava com medo, medo do que poderia acontecer com ela.
-Pedro bala, é o chefe, é como se fosse o líder da nossa família, é o mais velho, tendo 16 anos, e não se engane, ele tem cara de idiota, mas é perigoso que só- O menino então fala e me olha - Nem me apresentei direito né nega, meu nome eu não sei, mas me chamam de professor, então pode chamar também- O garota e Emy andavam e falavam até chegar numa costa
Chegando na costa onde havia meio que uma ponte
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O garoto foi chamar Pedro, e Emy ficou nervosa, pois querendo ou não, eu não sabia se ele iria deixar eu ficar... Então o Pedro chegou, e logo me olhou dos pés à cabeça.
✨ Emy narrando ✨
- onde é que tu arranjou essa guria em Professor? Gostei não, parece ser santinha demais pra entrar pro canto nosso.- Ele continua a me encarar e eu dou um passo pra trás. - Não precisa ter medo não nega, fica tranquila, tu tem que ter medo é dos homi da rua, que quando ver uma menina que nem tu, já quer abusar - Emy então arregala os olhos e engoli seco o que o menino acaba de dizer
- Eu só quero um lugar pra dormir, Pedro. Quero problema não, de problema já basta meu vô ter ido dessa pra melhor- Falo sem encara-lo, e sinto ele dando mais passos a minha frente, me forçando a dar mais um passo pra trás
- Bala, deixe a menina, ela tá sem ninguém, dormindo nas ruas, você abriga meninos de rua, e a menina tá precisando, deixe de onda vá, deixe a menina ficar- O professor fala tentando me ajudar, e eu o olho e depois meu olhar volta a Pedro
- Bora ver teu jeito né, por enquanto eu tô de boa, tu me pegou num bom dia princesa, agora vá, me diga seu nome - Pedro bala fala me encarando e eu com vergonha parando de encara-lo olhei para o chão
- Me chamo Emilly Golbert, mas pode me chamar só de Emy - Emy fala mexendo os pés descalços na madeira da ponte onde estávamos
- Beleza Emy, vou deixar você ficar, mas qualquer vacilo seu, eu mando você embora e você que se lasque sozinha - Pedro bala fala e logo se vira para ir embora e o professor vai logo atrás
-Vem Emy- Fala o professor me chamando para ir junto com eles
Pedro bala, que nome... Eu costumava ter medo de balas pois tem um barulho muito alta. Pedro Bala, poderia ter um rosto bonito, jamais iria imaginar que ele era um criminoso, mas que mesmo assim tinha um coração bom de abrigar os mulekes de rua.
Chegando no Trapiche (Lugar onde eles ficavam), os meninos já me olharam estranho, eu não sabia identificar o que se passava pelo o olhar deles, mas Pedro ficou na minha frente, e logo chamou a atenção de todos mundo
- Olha aqui pessoal! Essa guria aqui agora é da família, ela se chama Emy, e é muito vergonhosa, resolvi abrigar ela pois perdeu os pais e só tem...quantos anos você tem mesmo em menina? - Pedro olha pra mim e eu o olho de volta
- 14...eu tenho 14 anos - Falo meio embaralhada com as palavras
-14 anos, e estava nas ruas, essa é a primeira menina que aceitamos no Trapiche, então se comportem - Pedro fala e todos só escutam, mas tinha um menino no qual era deficiente das pernas
-Ah qual é Bala, a gente não pode nem se divertir com a menina? Ela parece tão...- O menino deficiente fala e bala o interrompe
- Se ousarem tocar nela sem o consentimento da mesma, iram se ver comigo, entendeu sem pernas? -sem pernas, ele parecia tá falando com menino deficiente. Pedro então sai e me deixa sozinha com um bando de meninos e o professor e ela começaram a fazer muitas perguntas.
Pergunta do tipo "Você é filha única?" "Conheceu sua mãe?" "Você tinha pai?" "Já comeu tal comida alguma vez?" "Tu já teve algum brinquedo? Era meu sonho" "Tua mãe já te bateu?"
E eu fiquei muito feliz deles terem gostado de mim, eles não eram pessoas ruins, eram só meninos que nunca receberam amor dos pais. E com isso se passaram dois dias e eu fui me aconchegando mais, já que não tinha mais espaço pra mim, eu dividia a cama com o Bala, já que ele mal parava no Trapiche
Espero que tenham gostado, esse foi o primeiro capítulo de uma grande aventura e romance literário.
Tô amando fazer esse fanfic com o meu filme preferido, que é o capitãos da areia, e espero também que você esteja gostando, até o próximo capítulo, tchauuu 🤍
