Bom, e lá estava eu, chorando enquanto enchia a cara - um ato incomum entre os jovens da minha idade, não é? Pois bem, o maldito motivo das minhas lágrimas era o meu amor não correspondido. Eu amava alguém que já estava com outra, alguém em quem eu confiava para contar tudo, absolutamente tudo.
Enquanto bebia, pude notar que o tal líquido que eu consumia não tinha mais efeito. Minha cabeça girava um pouco, mas nada conseguia superar a dor de cabeça que aos poucos se aproximava. Sentia meu peito doer tanto de raiva quanto de amor. Seria certo aquilo que aquela maldita fez? Céus! Isso aqui não tem mais efeito.
Havia ingerido tanto daquele líquido que não conseguia raciocinar direito sobre meus atos, mas uma coisa eu sabia: eu deveria escrever logo a tal carta que iria entregar ao garoto. Acho melhor escrever isso antes que eu não consiga mais.
Logo comecei a escrever naquele papel. Lágrimas começaram a cair sobre ele de maneira desesperada por minha parte. A cada letra que eu escrevia, sentia meu peito doer ainda mais. Meus lábios estavam ressecados por conta das diversas horas chorando.
Alguns minutos haviam se passado até que senti alguém se aproximar. Ao encarar o corpo próximo a mim, notei ser Mingi, melhor amigo de Yunho, o tal garoto citado. Ele se sentou na cadeira da mesma mesa que eu e então me encarou e logo começou a falar.
Senti um breve arrepio por conta de sua voz grossa, mas logo me acostumei.
- Sabe que chorar ou beber não vai mudar tudo, não é? Ele já está com outra, você deveria superar.
- Eu não consigo! Ele conseguiu me fazer sofrer apenas com o ato de ficar com ela! Sei que a culpa não é dele, e sim dela! Ela era minha amiga... como ela pode fazer isso comigo?
- Talvez ela seja apenas um idiota sem futuro que adora ver os outros sofrerem.
Após terminar sua fala, ele se levantou, me puxou com cuidado da cadeira e então me levou até o estacionamento. Pude ver seu carro chique estacionado ali.
Ao entrar no carro, me virei encarando ele.
- Mingi, por que está se preocupando comigo? Nunca nos falamos direito.
- Talvez, mas acho que ela está ocupada chorando por outro.
- Sério? Quem seria tão bobo a esse ponto? Falo enquanto me ajeitava no banco.
- É... quem seria tão bobo a esse ponto?
Em segundos, o mesmo havia ligado o carro, e já estávamos a caminho da minha casa.
Minutos haviam se passado, e finalmente cheguei no local. Saí do carro e agradeci ao garoto pela carona. Em segundos, já estava caminhando lentamente até minha casa.
Ao colocar minha mão na maçaneta, pude sentir as fortes dores de cabeça voltarem.
Já dentro de casa, eu caminhei até um armário e lá abri uma pequena porta, retirando de lá um remédio para dor de cabeça.
- Ok, acho que agora vai parar.
Caminhei até meu quarto e lá me troquei e me deitei. Encarei o papel levemente molhado e logo suspirei.
- Acho que essa viagem será boa.
Falo encarando o meu notebook, o mesmo estava aberto em um site de compras de passagens para o Brasil.
- Espero que dê tudo certo.
Sorri e logo desliguei o notebook, indo dormir.
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O amor Quase Perdido.
RomanceYunho não quer perder seu grande amor, porém ele é idiota o suficiente para afastar ela muito fácil. © injghuus ;