Cap 03

227 25 39
                                    

Andressa
______________________________________

No final do dia, quando estava saindo do CT, as meninas me alcançaram seguidas de Abel que vinha logo atrás.

— Quando tu vais lá pra casa?  — Inez fala animada.

— Eu não sei, ainda preciso pegar minhas roupas e o básico... o restante eles vão guardar no depósito, então eu preciso encaixotar tudo. — eu falo, pressionando a testa com a palma da mão, me sentindo cansada só de pensar.

— Se quiseres a gente podia ir te ajudar hoje, aí tu já fica conosco. — Mariana fala inocente, para criança tudo é mais fácil mesmo.

— És verdade, o que o senhor achas papai? — Inez fala se virando para Abel, que sorria.

— Meninas, vocês precisam deixar que Andressa se organize, não és tão fácil quanto pensam. — ele fala e ouço um sonoro "ahh" das irmãs.

Continuamos andando pelo estacionamento e eu vejo Max encostado no carro, mexendo no celular, quando ele me vê, guarda o celular no bolso e acena sorridente.
Mais uma vez meu fiel companheiro veio me buscar, ótimo porque assim eu economizava com Uber...

— Uau! — Inez fala de queixo caído. — que gato!

— Maria Inez Ferreira! — Abel a repreende franzindo a testa.

— Que foi pai? — ela fala fazendo uma cara de "me erra", e depois se volta para mim . — ele és teu namorado?

Eu sorri, eu sabia que Max era muito lindo, mas jamais imaginei que ele fosse chamar a atenção de Inez.

— Não, é um amigo. — ela volta a olhar para ele, e Abel bufa.

— Inez, por favor! — ele fala impaciente.

— Poxa pai, para com isso, só tô olhando! — ela fala impaciente igual a ele. — eu não posso achar o amigo da Andy bonito?

— Maria Inez, ele és bem mais velho que tu!

— E o que isso importa pai? — ela fala, eu senti que nem era tanto por Max, era só mais uma provocação, uma birra de adolescente.

— Importa e muito! — Abel fala cruzando os braços.

— O que tem de errado na diferença de idade Abel? — eu acabo deixando escapar e ele me olha indignado.

— Tudo. — ele fala erguendo os braços como se aquilo fosse a pior coisa do mundo e eu sinto o chão sumindo debaixo dos meus pés.

— Entendi, o senhor é bem preconceituoso... Com todo o respeito, senhor! — me corrigi quando o vejo lançar um daqueles olhares que ele tem quando está nervoso com alguma coisa sabe? Igualzinho aquele que ele faz quando o juiz dá um amarelo, ou não enxerga quando o time adversário faz uma falta...

— Não brigues com ela papai! — Inez fala antes dele abrir a boca.

— Eu acho melhor eu ir embora...

Eu falo sentindo que as lágrimas iam me denunciar, então saio rapidamente antes que eles falassem alguma coisa.

— Oi cupcake! — Max, sorrindo, me chama pelo apelido que ele havia me dado quando éramos crianças, só pelo fato de eu ser mais pequena que ele, e segundo ele muiito fofinha... Igual um cupcake...

DEAR BOSS (Abel Ferreira)Onde histórias criam vida. Descubra agora