Cap 11

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Andressa
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Chegamos ao apartamento de Abel, e depois de assistir um filme com as meninas, que estavam reclamando por eu não ter assistido noite passada, e jantarmos como uma família feliz, eu tomei banho e fui para meu quarto.

Queria mesmo adiantar algumas coisas do trabalho, mas também queria conversar com Max, afinal eu não tinha contado nada para ele do que aconteceu nos últimos dias.

Quando abro nossa conversa tinha dezenas de mensagens não lidas, sobre o novo trabalho de Paula.

Ligo a chamada de vídeo, e não demora nada pra ele me atender.

— Até que enfim ligou. — ele fala deitado na cama, sem camisa.

Max era sim extremamente atraente, e se eu não fosse tão apaixonada por Abel até daria uma chance pra ele... Não com certeza não.

- Desculpa, não tive tempo... Mas se é sobre a sua irmã, eu já tive o desprazer de vê-la hoje.

- E como foi? - Max fala pondo o braço na testa.

- Foi péssimo, ela quis me diminuir na frente do Abel. - eu reviro os olhos, me dava ódio só de lembrar. - ela conseguiu me deixar mal.

- Ela me paga, eu falei pra ela não mexer com você Andy.

- Esquece Max, eu não vou cair na pilha dela de novo, eu notei que ela tá lá mais pra me provocar do que pelo trabalho.

- E você, como tá se sentindo sabendo que ela pegou o cargo que você sempre quis?

- Como você acha? - eu dou de ombros. - eu escolhi abrir mão disso, quando quis ser só a assistente do Abel.

- Ah Andy, você tem que começar pensar mais em si mesma. 

Eu não respondo nada, apenas mordo o lábio.

- Preciso te contar uma coisa.

- Já conheço esse olhar. - ele fala sentando na cama para prestar atenção.

- Eu só não acho que seja bom falar por chamada, as paredes podem ter ouvidos. 

- Quer sair pra beber alguma coisa? - ele sugere erguendo a sobrancelha.

- Não, acho melhor não, já está bem tarde e eu tô cheia de coisas do trabalho. Podemos almoçar amanhã? Aí eu te conto

- Claro, você sabe que eu nem sou curioso. - ele dá de ombros me fazendo rir.

- Até amanhã Maxi! 

- Até amanhã Andy! - ele fala piscando.

Então encerro a chamada de vídeo e pego meus óculos e o notebook para começar a organizar as pendências.

Não demorou muito para o sono começar me atingir, eu tinha que piscar várias vezes pra fixar a imagem do visor, até que alguém bateu na porta.

- Entra! - eu falo sem tirar os olhos da tela.

- Ainda trabalhando? - Abel fala entrando, segurando uma xícara.

- Sim, eu não sei como deixei essas coisas pra trás. - eu falo coçando a testa e endireitando os óculos no nariz.

- Eu fiz chocolate quente. - ele fala me alcançando a xícara. - imaginei que estavas cansada, já são quase onze da noite.

- Obrigada. - eu falo sorrindo pegando a xícara. - e as meninas? - eu pergunto, então tomo um gole. - isso tá bom hein. 

DEAR BOSS (Abel Ferreira)Onde histórias criam vida. Descubra agora