Sete da manhã, as sete da manhã a mãe de Mary faleceu. Já havia se passado três horas desde o ocorrido, porém a garota não conseguia acreditar no que tinha acontecido. Achava que era uma brincadeira de mal gosto, mesmo sabendo a verdade, ela preferia acreditar nessa versão.
Sentada na poltrona em frente a cama hospitalar de sua mãe, Mary sem querer deixa escapar sua primeira lágrima. A primeira lágrima em meses...
Elas estavam felizes, sem problemas importantes para lidar, cidade nova, casa nova, vida nova. Entretanto tudo desmoronou, como uma montanha de barro desmoronando com fortes chuvas.
Mary estava sozinha, não conseguia acreditar que realmente estava sozinha, e só conseguia pensar em uma coisa; sua mãe estava tão bem em alguns meses, feliz, animada... mas a doença a levou. Mary se culpava por não ter ajudado a mãe, mesmo sabendo que não havia nada a se fazer, a não ser ficar ao lado da mãe em todos os procedimentos.
O câncer é uma doença infernal e é fato.
"Por que ela?" Mary não parava de ser perguntar. Queria saber o por que de terem levado sua mãe tão cedo, a garota preferia que tivessem a levado no lugar da mãe, mas já era tarde.
Os pensamentos ruins de Mary foram interrompidos com o som da porta do quarto se abrindo, revelando a doutora que cuidava de sua mãe.
─── Desculpe, pequena. Não pode ficar aqui. ─── tentou conforta-lá da melhor maneira possível. ─── Temos que levar o corpo, e enfim decidir o que será feito. ─── tocou no ombro da mais nova, recebendo apenas um aceno como resposta.
Assim que Mary se levantou e foi em rumo da porta, a doutora a impedio, fazendo outra pergunta;
─── Quer enterra-lá ou prefere que a cremem? Você tem algum responsável para cuidar disso? ─── Soou triste, dificilmente algumas pessoas sentem impatia pelas outras, mas estava na cara que sentia a dor da menina.
Foi ali, naquela pergunta que a ficha de Mary caiu; sua mãe estava morta. Aquilo foi como se tivessem enfiando uma faca muito bem amolada em seu coração, ela se conteve para não chorar rios ali.
─── Não, não tenho responsável, eu sou minha responsável. ─── tentou não mostrar sua fragilidade. ─── Quero que a cremem. ─── Tentou ser rápida com as palavras que para ela, doíam muito.
Depois de algum tempo resolvendo as coisas no hospital, Mary não excitou em ir logo para sua residência. Chegando lá, teve que enfrentar a dor do luto, uma das dores mais insuportáveis para a garota, mas, infelizmente teria que enfrente-lá para aí sim, conseguir seguir a vida, seguir em frente sem a pessoa mais importante de sua vida.
Essas são as regras da vida de um ser humano, infelizmente nem todas são de forma que queremos.
O silêncio que tomava conta da casa era de pura tristeza e culpa. Aquela residência não é e nem será a mesma coisa sem a sua mulher preferida ali.
───※ ·❆· ※───
Mary estava em uma praia da Califórnia, e não era qualquer praia, era o lugar preferido de sua mãe. Mesmo não morando a anos na Califórnia, já tinha aquele lugar como conchego, sempre que podia, estava na praia.
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𝗙𝗥𝗢𝗠 𝗕𝗘𝗟𝗢𝗪 𝗛𝗔𝗪𝗞𝗜𝗡𝗦 | 𝖲. 𝖧𝖺𝗋𝗋𝗂𝗀𝗍𝗈𝗇
Science-Fiction╭──╯ . . . . . . . . . . ╰──╮ ╰┈➤ 𝗔 𝗉𝗋𝗂𝗆𝖺 𝖽𝖾 𝖣𝗎𝗌𝗍𝗂𝗇, 𝖺𝗉ó𝗌 𝖺 𝗆𝗈𝗋𝗍𝖾 𝖽𝖾 𝗌𝖾𝗎𝗌 𝗉𝖺𝗂𝗌, 𝗏𝗈𝗅𝗍𝖺 𝗉𝖺𝗋𝖺 𝖼𝗂𝖽𝖺𝖽𝖾 𝖽𝖾 𝖧𝖺𝗐𝗄𝗂𝗇𝗌 𝗉𝖺𝗋𝖺 𝗆𝗈𝗋𝖺𝗋 𝖼𝗈𝗆 𝖺 𝗍𝗂𝖺. 𝖯𝗈𝗋é𝗆 𝖺𝖼𝖺𝖻𝖺 𝖽𝖾𝗌𝖼𝗈𝖻𝗋𝗂𝗇𝖽𝗈 �...