Sentimentos - Jasper Hale
ALESSA:
Meu pai e eu decidimos deixar o Alasca após a morte de minha mãe, porque estar em nosso antigo lar nos causava muita dor. Meu pai decidiu que seria melhor se mudar para uma cidadezinha chamada Forks, onde ele havia...
Angústia, preocupação e medo foi o que senti neste momento, Jasper segurou minha mão enquanto dirigia a toda velocidade para o hospital. Atrás de nós estavam Carlisle e Rosalie, ambos conversavam comigo, mas naquele exato momento eu não conseguia ouvi-los. Só havia uma coisa na minha cabeça, o que Alice tinha me contado.
- O que aconteceu com meu pai? - minha mente estava em branco.
- Ele teve um derrame enquanto dirigia... - meu coração doeu, tudo dentro de mim doeu.
- Vamos... - a voz de Carlisle era perceptível - temos que chegar ao hospital rapidamente.
Eu não pude fazer ou dizer nada. Eu estava em estado de choque, ainda sem acreditar no que estava acontecendo, Rosalie me pegou pelos ombros e caminhou comigo até o carro.
Como foi possível que isso tenha acontecido isso a ele? Meu pai era completamente saudável...
- Querida - voz de Jasper, viro um pouco a cabeça para vê-lo - tudo vai ficar bem... - Não. Algo em mim me diz que não.
Não demoramos muito para chegar lá, chegamos até com a ambulância que levava meu pai... Congelei quando vi ele sair da ambulância, ele estava todo ensanguentado. Meus olhos começaram a se encher de lágrimas. Senti braços me envolvendo, mas não percebi quem eram... apenas olhei para meu pai que estava sendo levado para o hospital.
- Não sei se posso entrar no hospital... - ouvi Jasper dizer, entendi que isso era difícil para ele.
- Eu entro com ela... - Dessa vez foi Rosalie quem falou e quem me pegou pelos ombros. Olhei para Jasper que estava me olhando com tristeza, então me aproximei dele e beijei seus lábios.
- Eu vou ficar bem - eu disse com dificuldade - não vou pedir para você fazer algo que você não tem certeza se pode realizar - acariciei sua bochecha suavemente.
- Estarei lá fora, qualquer coisa... - balancei a cabeça e me afastei dele.
Carlisle veio com meu pai como médico, eu fiquei sentada com Rosalie, eles nos disseram que ele estava em cirurgia. E de um momento para o outro, me senti calma. Olhei para todos os lados e vi Jasper entrar, dava para ver nos olhos dele que ele estava tenso, ele veio para o meu lado e pegou uma das minhas mãos.
- Jasper... - Não pude continuar porque ele colocou um dedo nos meus lábios.
- Que tipo de namorado eu seria se não estivesse com você agora – algumas lágrimas saíram de mim.
- Eu te amo... - me agarrei a ele, abraçando-o com força.
- E eu te amo, minha pequena – ele deu um beijo suave na minha testa.
Adormeci em seus braços, tudo isso me deixou muito exausta mentalmente, mas acordei com alguns movimentos suaves e quando abri os olhos, vi que era Bella e atrás dela Edward junto com Charlie.
- Quanto tempo eu dormi? - perguntei, ainda com um pouco de sono.
- Duas horas - olhei para Jasper e como se ele soubesse o que eu estava pensando, ele respondeu - disseram que a operação levaria pelo menos seis horas.
- Trouxemos café para você Alessa - Charlie diz enquanto mostra um café e eu aceito - Bella me disse que você gosta com leite.
- Muito obrigada Sr. Swan.
- Como você está se sentindo? - minha amiga que senta ao meu lado me pergunta.
- Preocupada mais que tudo...
Entre conversar e adormecer ocasionalmente, oito horas se passaram desde que meu pai entrou na enfermaria e Carlisle finalmente saiu e olhou para mim. Ele caminhou até mim e ficou na minha frente, naquele exato momento tudo já estava confuso, minhas mãos tremiam.
- Alessa... - eu não queria chorar, eu não queria - a operação correu bem - um suspiro de calma saiu de mim, mas o olhar dele não mudou e eu sabia que havia algo mais - mas, seu pai entrou em coma, eu sinto muito...
Como devo me sentir neste momento? O que devo fazer? Eu não sabia o que fazer, não sabia como reagir. Olhei para o chão e algo saiu da minha boca.
- Posso ver?
- Sim, mas só um pode te acompanhar - eu não queria que Jasper me acompanhasse, pois sabia que ele iria me acalmar e eu não queria isso.
- Charlie, você pode vir comigo? - Ele me olhou surpreso, mas eu o escolhi porque ele era amigo do meu pai, e eu sabia que ele era igual a mim.
- Claro... - Levantei-me sem me despedir ou olhar para ninguém e caminhei atrás do Dr. Cullen. Quando cheguei ao quarto, fiquei arrasada ao vê-lo coberto de bandagens e tubos por todo o corpo.
Minhas pernas estavam fracas, pareciam gelatina. Charlie me ajudou a ficar ao lado do meu pai e eu gentilmente peguei sua mão.
- Pai... - Mal falei e um mar de lágrimas saiu de mim, me senti destruída, não gostei de vê-lo daquele jeito. Aquele sorriso zombeteiro não estava mais em seu rosto - agora quem vai me incomodar todas as manhãs com suas piadas de mau gosto... - eu chorei como uma menina, eu sempre disse que meu pai é o que há de mais valioso para mim. Meus olhos estavam turvos, fiquei tonta, fechei um pouco os olhos e adormeci entre lágrimas e choros.
(***)
Foi difícil para mim abrir os olhos e percebi que não estava no hospital, nem em casa. Olhei em volta e não reconheci o quarto nem a cama em que estava.
- Você acordou – meu olhar vai para onde ouvi a voz e vejo que é Rosalie com um copo de alguma coisa e atrás dela estava Jasper.
- Você adormeceu e decidimos te levar para casa – ele começa a dizer enquanto se aproxima de mim junto com Rosalie.
- E de quem é essa cama? - perguntar.
- Compramos há algumas horas... - Rosalie diz enquanto me entrega a xícara - é chá de camomila - eu peguei a xícara de suas mãos e tomo um gole.
- E este quarto?
- Nosso... - olhei para Jasper - todos decidimos que era melhor você não ficar sozinha, enquanto seu pai se recupera... decidimos que você poderia ficar aqui até ele acordar... - olhei para porta onde os outros estavam, notei que Carlisle havia sumido.
- Você é da família Alessa – Esme começa a falar sentada na beira da cama – e quero que saiba que estaremos todos lá para você – olho para os outros Cullen e todos sorriem e acenam com a cabeça – você pode ficar o tempo que... - não deixo ela terminar de falar, pois eu a abraço com todas as minhas forças e Esme me abraça com amor e lágrimas caem novamente.
- Você não está sozinha, querida - diz meu namorado, que toca minhas costas e eu continuo chorando nos braços de Esme.
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