Sob o domínio ABO (Mucho x Sanzu)

05- Ciúmes

No dia seguinte, sanzu estava no bordel da bonten, mucho estava ao lado dele em pé enquanto olhava pras diversas pessoas em volta o olhando, claro, não era muito comum ver um homem usando uma coleira de cachorro no pescoço

— As roupas ficaram boas em você, mas ainda prefiro você sem — sanzu disse enquanto tocava na jaqueta de mucho e ajeitava no corpo dele — Irei ter uma reunião agora muito importante, esse celular é pra você usar, só tem meu contato e também coloquei um gps, e tem esse cartão de credito, a senha é 0703, gasta com oque quiser — sanzu logo se virou e entrou dentro de uma sala mas sem antes falar com o capanga alguma coisa e o deixar perto de mucho

— Ele te mandou ficar me seguindo né — mucho disse e o capanga apenas concordou balançando a cabeça

Ele olhou em volta novamente do lugar, havia alguns caras bebendo enquanto haviam mulheres ou homens omegas encima de si, outros usavam drogas e também estavam fazendo sexo explicitamente na frente de todos

Mucho olhava pra aquilo se lembrando de como era quando morava com seu pai, ele logo ficou enojado e ia sair mas sentiu alguém segurar seu braço

— Eu sabia que havia te reconhecido — era um ômega de estatura baixa — o senhor sanzu esta com você não é?

Era o ômega do qual sanzu havia levado pra casa

— Ele foi pra uma reunião, você está bem? Eu não te machuquei ou aqueles remédios que você tomou fizeram algum efeito colateral? — mucho perguntou enquanto tocava no rosto do ômega que estava com um hematoma no rosto e também no pescoço

— Alguns clientes são brutos, mas eu já tô acostumado com isso — o omega disse enquanto dava um sorriso forçado — naquele dia, eu pensei que você fosse um cachorro de verdade, fiquei até surpreso quando vi que na verdade era um homem

— Ele me disse que te pagou bem mesmo você não tendo feito nada — mucho disse

— E ele pagou, na verdade, eu finalmente consegui pagar minha dívida, mas agora eu vou ter que trabalhar em dobro por causa disso — o omega falou e logo alguém ficou atrás dele o tocando na cintura

— Já indo atrás de outro? — o homem que estava atrás dele disse enquanto olhava pra mucho

O ômega ficou quieto assim que ele chegou, aparentemente desconfortável e mucho percebeu isso

— Você tá deixando ele desconfortável, pode soltar? — mucho disse enquanto encarava o homem que logo se irritou

— Ah eu tô? Te deixo desconfortável querido? — o homem disse e olhou pro ômega que logo forçou um falso sorriso

— Não senhor, vamos logo para o quarto — o omega disse e eles iam sair mas mucho segurou o braço dele o impedindo que ele fosse com o cara

— Aí cara, vai arranjar outro pra foder, esse aqui já tá ocup- — antes que ele terminasse de falar, mucho deu um soco na cara dele que o fez cair no chão com o nariz sangrando — seu...você vai ver! — o homem disse enquanto se levantava e partia pra cima de mucho

Antes que ele o acertasse com um soco, sanzu apareceu na frente dele e segurou o pulso dele e apertou com força

— Pelo visto eu não posso te deixar sozinho por um tempo e você já arruma confusão — sanzu disse enquanto olhava pra mucho e logo direcionava seu olhar ao homem e soltava o pulso dele

— Esse desgraçado me deu um soco! — o homem disse enquanto colocava a mão no nariz que estava sangrando

— Desculpe por isso — sanzu disse enquanto pegava um pano pequeno do bolso e logo colocava no nariz do cara e apertava com força — por acaso você não leu as regras daqui? Se não, irei te lembrar — o homem gemia de dor enquanto sanzu apertava com mais força, mucho olhou pro capanga que apenas ficava quieto observando enquanto o instruia a ficar quieto também, o ômega ficou do lado de mucho com medo do que estava acontecendo mas claro, sem nenhuma segunda intenção — a prioridade não é o cliente, e sim quem trabalha aqui, portanto, trate eles com respeito se não quiser daqui com alguma coisa faltando — sanzu disse e logo soltava o cara que segurou o pano ainda no nariz e com dor

Sanzu olhou pro ômega do lado de mucho e puxou o alfa pra perto dele

— Kazutora, quando seu tipo de cliente for que nem esse, me avise — sanzu disse e logo o ômega concordou enquanto se curvava em forma de respeito — e você — sanzu olhou pra mucho — não fica batendo nos outros desse jeito, vai acabar machucando sua mão — ele logo segurou a mão de mucho que estava com o sangue do cara e também estava um pouco machucada

O omega logo saiu de perto deles e sanzu acenou pro capanga que logo segurou o homem que estava com o nariz sangrando e o levou pra fora do local, sanzu puxou mucho pra dentro de uma das salas particulares e o deixou sentado no sofá enquanto pegava algo de uma das gavetas que havia ali

— Se continuar assim, você pode acabar morrendo viu? Imagina se aquele cara fosse um maluco que andasse armado — sanzu disse e logo colocava uma caixa de primeiros socorros do lado do sofá e abria

— Eu não iria morrer tão facilmente — mucho disse e sanzu começou a limpar o sangue da mão dele — Então a prioridade daqui é quem trabalha, e não o cliente?

— Eles pagam pra foderem com eles, então é óbvio que a prioridade não são os clientes — sanzu disse — são as regras desde que esse lugar foi criado, detestamos quem faz isso com nossos trabalhadores

— Isso é...estranho mas ao mesmo tempo bom — mucho disse e sanzu colocou um esparadrapo na mão dele — Eu sabia que você não era tão ruim

— Para de falar besteira, você não me conhece — sanzu disse e logo guardou a caixa de volta na gaveta

— Se você fosse ruim não teria me tratado com tanta delicadeza igual agora — mucho disse mostrando sua mão com o esparadrapo

— Na próxima eu deixo você apanhar — sanzu disse — e por que você protegeu aquele ômega? Gostou dele?

— Ficou com ciúmes por eu ter feito aquilo? — mucho perguntou

— Claro que não — sanzu respondeu

Mucho riu um pouco e logo segurou sanzu pela cintura enquanto o fazia sentar no colo dele e colocava o rosto próximo do pescoço dele sentindo o cheiro do seu feromônio

— Você tem cheiro de cereja — mucho disse e sanzu logo segurou a cabeça dele

— Você não deveria tá sentindo, eu perdi meus feromônios faz muito tempo — sanzu disse