"Nosso amor é lindo de se ver
Meu azeite de dendê
Mais bonito que os corredores do Louvre
Quente como o sol de Saint Tropez
Me derreto em você
Perdição como a noite em Moulin Rouge"
(nada do que eu escrevo aqui condiz com a realidade, é apenas...
Participar dos Jogos Olímpicos pela terceira vez era simplesmente a realização de um sonho de infância de Rebeca. Sonho grande. A criança de 10, 11 anos jamais imaginaria estar vivenciando tudo isso.
Sua estreia nas Olimpíadas aconteceu em Rio 2016, com apenas 17 anos. Não veio nenhuma medalha, o que obviamente a frustrou na época. Mas logo adquiriu maturidade pra entender que precisava evoluir no esporte e isso levava tempo. Em Tokyo 2020 voltou mais madura, certa do que precisava fazer: trazer uma medalha pro seu País. E conseguiu. A ginasta foi prata no Individual Geral e ouro no Solo, trazendo orgulho pra toda uma nação.
Agora, com seus 25 anos, Rebeca aterrizava em Paris, onde aconteceriam os jogos, para mais uma experiência Olímpica. A mulher estava muito segura de si, tinha dado duro durante todo o ciclo e estava tranquila de que não voltaria pro Brasil sem uma medalha no peito. Óbvio que pra ter essa mentalidade foram necessárias longas sessões de terapia.
No seu momento de reflexão, a ginasta pegou seu celular pra atualizar o seu Instagram, que já estava criando teia a algum tempo.
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— Dá pra sair do celular, sua viciada? — Flávia tomou o aparelho da mão da amiga, jogando na cama.
— Sua bruta, eu só tava postando uma foto! — Rebeca deu um tapa de leve no braço da mais baixa, que fingiu cara de dor.
Estavam todas reunidas no quarto em que Rebeca iria dividir com Lorrane. A mesma, junto de Jade e Julia riam da dinâmica de gato e rato que já estavam acostumadas a ver entre Flávia e Rebeca.
— Vocês duas, parou. — Jade interviu, chamando atenção. — O que vocês acham de dar um rolê pela cidade antes do toque de recolher?
Flávia com seu espírito de aventureira, logo se animou com a ideia.
— Eu topo, até porque depois o Chico vai começar a pegar pesado nos treinos e não vamos ter tempo nem para peidar.
