Pela manhã vejo que Vicenzo não estava mais no quarto, me levanto e arrumo a cama, meus cabelos bagunçados caem pelos meus ombros,observo alguns porta retratos na cômoda onde ele e sua família estavam felizes fazendo um pique-nique no parque, em outro ele estava correndo na praia com outros dois garotos que deveriam ser os seus irmãos..."O que aconteceu com você Vicenzo?...você era feliz antes.." , coloquei o porta retrato no lugar onde estava ,vou ao banheiro escovar os dentes , enquanto penteava meu cabelo lembrei do ocorrido com Gustav "Aquele velho asqueroso, argh" murmurei entre dentes , eu tinha que agradecer a Vicenzo por ter me livrado daquele infeliz. Desci as escadas até a cozinha e ouvi alguns passos no escritório de Vicenzo, ele estava conversando com alguns de seus homens.
Comecei a fazer algumas panquecas e torradas pra levar ao escritório de Vicenzo em agradecimento, e em seguida eu iria na casa do meu pai buscar minhas roupas, caminho com a bandeja em mãos e caminho até a porta e bato devagar.
— Entre! — ele grita, sua voz rouca.
Observo os homens de preto todos armados, Vicenzo estava sentado em sua poltrona, havia vários papéis em sua mesma, senti que estava interrompendo algo importante e resolvi sair do local.
— Perdão, estou interrompendo vocês...volto outra hora. — Volto com a bandeja em mãos.
— Está tudo bem, nós já estávamos terminando. — se reencostou na poltrona.
Ele dispensa seus homens com um breve aceno de cabeça, seus passos pesados ecoando enquanto eles saem da sala. Ficamos sozinhos o perfume de Vicenzo e o cheiro da madeira chegam até minhas narinas.De repente me dou conta que ainda estou de pijama "Droga! Diana!"murmurei pra mim mesma, coloquei a bandeira na mesa ao lado.
— Fiz seu café, em agradecimento pela situação com Gustav...sei que tratei você mal mas essa situação é muito difícil pra mim, espero que entenda. — digo, sendo inteiramente sincera.
— Eu não poderia permitir que aquele porco colocasse as mãos em você. Nem agora, nem nunca. — ele diz se servindo com o café.
— Sabe... queria viver uma vida simples longe de da máfia, sem problemas e perseguições. — olho pela janela, o vento acariciando meus cabelos.
— Eu entendo, mia cara, às vezes a vida tem outros planos para nós. — toma um gole de seu café, saboreando o gosto amargo em sua língua.
— Bom, eu vou deixar você aproveitar o café dá manhã,tenho que pegar umas roupas na casa do meu pai.Sei que não queria ter se casado também. — ando pelo escritório.
— Você está certa, mas nós dois sabemos as consequências de recusar. — Diz, sua voz baixa e pensativa.
— Eu sei...— suspiro — preciso ir... vejo você depois.
Saio do escritório dele e subo novamente pro quarto para me arrumar e ir na casa do meu pai ,tomo um banho rápido e rapidamente desço as escadas indo para o portão, peço ao motorista para que ele me leve a mansão Rivera. Chegando no portão, meu pai veio me receber com um sorriso no rosto certamente estava tomando café pois o cheiro estava vindo até mim.
— Diana minha filha, senti a sua falta... Vicenzo está cuidando bem de você? — meu pai me abraça forte.
— Está sim...— abraço ele sentindo o conforto dos seus braços.
Entro na mansão, tudo estava do mesmo jeito que deixei,tomo um café com meu pai e conversamos um pouco , subo para o meu quarto observo as fotos na cômoda, pego minhas roupas e coloco em uma mala, na última gaveta estava o revólver calibre 38 com silenciador que meu pai havia me dado de presente de aniversário quando eu havia completo 18 anos..
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Corações em Guerra
Roman d'amourDiana e Vincenzo foram unidos por um casamento arranjado, um acordo entre duas poderosas famílias mafiosas os Cassano e os Rivera. A princípio, o casamento é uma farsa, um mero contrato para selar uma aliança entre suas famílias, Diana, uma mulher f...