Pedaços de suas memórias

Sonhos estranhos e conversas não menos estranhas.

Ela estava tendo um sonho, ou pelo menos esperava que fosse um sonho, porque era tudo muito real. Em seu sonho, ela corria pela floresta, seus braços e pernas estavam arranhados e vestígios de cordas eram visíveis neles. Ela estava com muita sede e sua cabeça doía como se ainda não fosse mais e ela estava prestes a vomitar de dor e cansaço acumulado. Ela não sabia para onde estava correndo, não sabia quanto tempo estava correndo, apenas um pensamento pulsava em sua cabeça: "Não consigo parar". O coração batia tão rápido que parecia que mais um pouco e iria parar. A sensação de medo animal não a abandonou por um minuto. Parece que ela tropeçou em algo pontiagudo, fosse uma pedra ou um pedaço de pau, ela não entendeu, mas no momento seguinte ela já estava no chão. Não havia forças para gritar e, para ser sincero, também não havia tempo. Eu tive que continuar correndo. No entanto, suas forças a abandonaram e ela começou a perder a consciência. O nome de alguém estava girando em sua cabeça, mas ela não conseguia descobrir de quem, não conseguia se concentrar. A última coisa que ela lembrava era dos faróis apontando diretamente para ela... Ela acordou. Sua cabeça doía terrivelmente, como se estivesse cheia de chumbo, ela estava com muita sede. Seiran não conseguia entender onde ela estava. Este definitivamente não é o seu pequeno apartamento aconchegante no centro de Londres. E definitivamente não era a casa de Kaya, nem o apartamento alugado em conjunto na Turquia, para onde se mudaram há seis meses. Era uma sala grande, mobiliada com simplicidade, mas com um certo gosto. Provavelmente esse quarto ficava no primeiro andar... - Onde diabos estou? - ela exalou. Ela tentou se levantar, mas imediatamente jogou a cabeça para trás, pois sua cabeça doía impiedosamente. A menina tentou se lembrar dos acontecimentos de hoje, seus pensamentos estavam confusos e não queria se reunir em uma única imagem, a porta se abriu ligeiramente e alguém entrou na sala. -Você está acordado? - Kaya disse com voz aliviada - ela tentou levantar a cabeça. Ele estava na porta com uma bandeja nas mãos contendo uma caneca de seu chá de jasmim favorito e uma porção de baklava de pistache. O próprio cara parecia bastante relaxado, mas todo o seu rosto estava coberto de hematomas e hematomas terríveis. Seiran ficou horrorizada, mas do seu jeito habitual decidiu transformar tudo em uma farpa. "Irmão", ela disse ameaçadoramente, "que tipo de negociações são essas, das quais você sai com a cara espancada?" Duvido que tenhamos assinado contrato com a seção de boxe. Ao ouvir as palavras dela, ele riu: "Não, claro que não, mas eu mereço". - ele sorriu. - O que? - exclamou Seiro - deixa eu vencê-los também, eles também merecem, por terem batido em você. "Bem, em primeiro lugar", respondeu o cara, rindo, "até onde eu sei, eles não se importarão se você vencê-los, ou melhor, ele", o que ele ouviu deixou Seirosh em estado de estupor. - E em segundo lugar, você e eu rompemos nosso noivado hoje, mas não se preocupe, o noivo não se importou muito. -Então. - ela não aguentou, "Kaya, eu tenho tentado me manter adequada o dia todo, e você me arrasta para uma casa estranha sem explicar nada, e nos tornamos testemunhas de uma cena muito estranha, e agora você está me dizendo,que você e eu rompemos o noivado de alguém e esse alguém está feliz!? Então, isso é o suficiente para mim, estou fazendo as malas e indo para casa com Rick, me enrolando em um cobertor quente e assistindo Rick e Morty com ele. E amanhã irei até a dona Fátima e ela vai me receitar novos sedativos. E depois de amanhã irei para Londres. Lar. Kaya, depois de ouvir tudo do começo ao fim, abriu a boca e estava prestes a dizer alguma coisa. Mas então ele foi interrompido por uma voz masculina exigente: "Quem é Rick?" E onde você vai, esposinha, hein?