Capítulo lll - Casamento

11 1 1
                                    



  Olhei-me no espelho passando a mão no vestido branco, hoje era meu casamento.
  Desde o dia do noivado e eu o Henry não nos vimos, ele estava em uma viagem a trabalho, minha mãe e minha sogra arrumaram tudo e eu apenas tinha o dever de sorrir e vesti o vestido esvoaçante que elas escolheram, as duas viviam se alfinetando mas concordavam e sempre escolher "o melhor"

Sai de casa e entrei no carro de luxo e olhei o Dom como motorista

— Então você é meu chofer de hoje? - brinquei com o mesmo e sorri

— Tipo isso...nossas mães estão no altar e seu pai na porta nos esperando, então ficou para mim o papel de levar a noiva em segurança - ele me olhou pelo retrovisor enquanto dirigia até a igreja em que me casaria - Animada? Hoje você se tornará oficialmente uma Andrey!

— Só de pensar me dá um friozinho na barriga, pensar em mudar de casa, é meio aterrorizante - tudo que me tirava da minha zona de conforto me dava medo

— Relaxe querida, eu e Theo vamos visitar vocês sempre que podermos, seremos ótimos amigos. - ele falou em um tom diferente e podia jurar que deu um sorrisinho de malícia, mas então o carro parou e meu pai abriu a porta para mim

Oque foi isso?

Não tive tempo para pensar, logo começou a tocar a típica música de entrada e eu caminhei até o altar com meu pai ao lado, Henry estava lindo no altar, com um terno branco belíssimo e o jeito imponente, 1,89 de pura beleza

— Faça bom proveito, rapaz! - falou meu pai a entregar minha mão ao Henry, me sentia um objeto de troca

Imaginei meu noivo chorando no nosso casamento, imaginei que estaria feliz, mas estou me sentindo usada, ferida, sozinha, olhei mamãe como se pedisse "me ajude, por favor" mas ela só sorria como se tivesse ganhado na loteria, na verdade ela tinha, era dinheiro em troca de sua filha

— Gisele Ferreiro Âmbar, aceita Henry  Padalleke Andrey como seu legítimo esposo, até que a morte os separe? - disse o padre me olhando

Respirei fundo e olhei uma última vez para minha mãe mas ele nada fez, então deixei uma lágrima rolar por minha bochecha

— Aceito - falei com dor no peito, eu queria me casa com Henry mas de outra forma, em um mundo que ele realmente quisesse ser meu marido

— Henry Padalleke Andrey, aceita Gisele Ferreiro Âmbar como sua legítima esposa até que a morte os separe? - olhei Henry mas ele olhava para o padre de maneira séria e fria

— Aceito! - disse como se aquilo não significasse nada

— Os declaro marido e mulher, pode beijar a noiva! - olhei Henry e engoli seco

Ele se virou para mim com seu olhar mórbido e vazio, se curvou e deu um selinho rápido, segurou minha mão e então se virou para a igreja que batia palmas

[...]

A festa de casamento foi pacata, fiquei só sentada recebendo "parabéns querida" a noite toda, assim que cortamos o bolo Henry disse que iria embora, ele nem me perguntou oque eu queria, ele só falou oque ele queria e eu era obrigada a acatar

— Relaxe querida, ele é um bom rapaz, vai cuidar de você com calma essa noite ok? Só deixe ele comandar - falava mamãe baixinho antes de eu ir até o carro

Confirmei calada e entrei no carro preto, pensei que iríamos eu e meu agora esposa para a nossa nova casa mas para minha total supresa e estranheza meus cunhados estavam no banco traseiro

— Eles vão com a gente? - falei olhando confusa para Henry, oque estava acontecendo?

— Vamos a uma viagem de negócios em Cancún, alugamos uma casa de praia para três dias, assim temos a tal lua de mel e nós já resolvemos nossos negócios na cidade - falou Henry dirigindo como se tudo estivesse normal

NÃO ESTAVA TUDO BEM! ele esta levando os irmãos para uma viagem de negócios e quer que isso seja a nossa lua de mel? Mas que porra é essa aqui? Olha eu era uma garota calada, calma, obediente, mas tudo tem um limite, chega!

— Não! Já nos casamos pelo acordo e você me trata como se eu fosse um bichinho indiferente, aí agora quer que eu aceite que você transforme e nossa lua de mel em uma viagem de negócios com seus irmãos? Isso é um absurdo Henry! - falei em um tom nervoso porém sem gritar

— Sem chiliques Gisele, isso não é uma escolha sua, não estou pedindo opinião, estou só te comunicando oque acontecerá! - ele falou baixo e calmo, novamente como se tudo fosse insignificante

Olhei para o banco traseiro mas os dois bobos não falaram nada, todos agiam como se estivesse todo bem

[...]

Pegamos um jatinho particular e fomos para Cancún, eu peguei minha roupa na mala para ir me trocar no quartinho do jato, mas logo Henry me interrompeu

— Oque está fazendo? - falou o mesmo em pé atrás de mim, eu estava com raiva deles mas era inevitável não se arrepiar com a voz aveludada e forte do mesmo quase no pé do meu ouvido

— Vou tirar o vestido do casamento, ele é pesado e estou cansada - falei me virando para ele mas estávamos próximos de mais

— Não pode. - ele falou calmo e eu o olhei confusa - Na tradição seu marido que tem que tirar seu vestido!

Arregalei os olhos e olhei para o lado, Dom e Theo estavam sentado nas poltronas a poucos metros da gente e nos olhavam

— E mais tem muitas horas de voo e eu não queria ir daqui até lá desconfortável — falei baixo o olhando com a respiração ofegante

— Tem razão, então vou te ajudar para que você se possa descansar - ele se aproximou mais e foi para trás de mim para abrir o zíper mas olhei seus irmãos e segurei o vestido

— Oque está fazendo? Seus irmãos...- e então ele me interrompeu

— Quieta Gisele, só relaxe e me deixei tirar o vestido pesado - engoli seco e soltei o vestido

Estava ofegante, nervosa, trêmula, Dom e Theo estavam na minha frente ainda sentados nas poltronas, e então Henry desceu o zíper e com calma puxou o vestido fazendo ele cair sobre meus pés
  Eu não usava sutiã já que o vestido tinha bojo, então agora meus seios estavam nus, eu tinha seios médios, bicos marrons, estava só com uma calcinha fio branca

Dom me olhava sério, observava cada pedacinho meu, já Theo tinha um sorriso bem malicioso nos lábios, e me olhava de um jeito devorador

— Vamos se vista! Não queria tirar o vestido para por algo mais confortável ? — disse Henry me tirando dos meus devaneios

Ainda tremida e nervosa peguei o vestidinho leve que tava na mala e vesti indo direto para o quartinho, estava vermelha, queimando de vergonha do que acabou de acontecer

Tranquei a porta e me sentei na cama, meu Deus, oque foi isso? Eu fiquei nua na frente dos meus cunhados, isso era traição? Mas meu marido estava lá também e ele que meio que me obrigou, não, não posso mentir, ele não me obrigou, ele só deixou eu fazer, eu era sim a garota que foi educada em casa sem nunca ir à escola, não tinha amigas, não saia sem seguranças, não ia a festas, não bebia, sexo? A eu só sabia oque aprendi na aula de biologia, mas eu sabia de uma coisa, eu estava molhada e com um formigamento diferente entre as pernas

Tranquei a porta e me sentei na cama, meu Deus, oque foi isso? Eu fiquei nua na frente dos meus cunhados, isso era traição? Mas meu marido estava lá também e ele que meio que me obrigou, não, não posso mentir, ele não me obrigou, ele só deixou eu ...

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Olá gente, então oque estão achando?

Eu qualquer erro ortográfico me avisem, por favor.

Aqui começa a verdadeira história dos Augustus, e quem não gosta de trisal, eu recomendo parar aqui!

Ajudem curtindo 💋

Irmãos AndreyOnde histórias criam vida. Descubra agora