Tensão

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Roronoa Zoro sempre possuiu uma vida sexual ativa. Ele nunca reprimiu sua própria sexualidade e fazia sexo pelo menos uma vez por semana — preferencialmente com homens atraentes que ele tinha certeza de que nunca mais veria na vida. Entretanto, nenhuma transa ocorreu nos últimos dois anos em que esteve treinando na Ilha Kuraigana. Ele nem mesmo havia se tocado nesse período de tempo.

O espadachim estava ciente de que o “celibato” temporário que havia feito foi por pura escolha e que aquilo era necessário para fortalecer sua própria mente durante o treino. Porém, Zoro não imaginava que, depois de reencontrar os seus companheiros, sentiria tanto desejo sexual assim. Para falar a verdade, não foi nem depois de reencontrar os seus companheiros, mas sum único: aquele maldito cozinheiro.

Era fato que Zoro sempre achou Sanji um homem bonito e, de um irritante modo, atraente; mas ele nunca sentiu tanta atração pelo loiro como estava sentindo naquele momento.

Desde que saíram da Ilha dos Homens Peixe, Zoro pegava-se fantasiando sobre o homem. Imaginava fodendo-o no ninho do corvo, na cozinha, em becos, em diversas posições… Que imaginação fértil ele tinha nesses momentos!

Contudo, o orgulho e o receio de Zoro jamais permitiriam que ele contasse ao loiro sobre os seus desejos. Infelizmente, isso o corroía por dentro, estremecendo sempre que pensava em como o cozinheiro reagiria ao saber de seus pensamentos. Ele, por mais que achasse Sanji um incorrigível babaca, admirava-o por sua força e lealdade, então temia como a "relação" que eles tinham como companheiros poderia ficar caso o homem soubesse como ele se sentia.

Para compensar o tesão que sentia com frequência, Zoro intensificava ainda mais os seus treinos. Não demorou muito para alguns da tripulação perceberem o quanto Zoro estava tenso:

— Ô Nami…! — Usopp chamou sua colega, que o respondeu com um murmúrio. — O Zoro não anda meio… agitado?

— "Meio"? — ironizou. — Ele tá assim desde Punk Hazard. Com um treino intenso desses, tá morrendo de saudades de lutar.

— Não sei, não. Ele tá mais implicante com o Sanji também.

Nami riu.

— Saudades, com certeza.

Os dois seguiram com seus afazeres, mas continuaram observando Zoro.

Direto da cozinha, Sanji saiu trazendo uma bebida para a ruiva, que aceitou de bom grado enquanto escutava mais um flerte cafona.

— E pra mim, não têm?

A resposta foi curta e grossa:

— Só na janta, narigudo.

E saiu, indo até Zoro.

— Parece que alguém anda muito esquentadinho ultimamente… cuidado, senão seu cabelo vai ficar vermelho ao invés de verde, marimo!

Ao escutar a provocação, Zoro sorriu de lado. Se seu treino intenso não era capaz de afastar seus pensamentos impuros sobre o cozinheiro, talvez lutar com o próprio seria.

— E você anda reparando muito nos outros ao invés de ficar na cozinha, cozinheiro idiota!

Ele soltou os pesos e apanhou rapidamente duas de suas espadas, já partindo para cima de Sanji que defendeu-se do ataque com sua perna.

Ambos começaram uma calorosa luta, e Zoro era o mais vigoroso em seus ataques, sempre próximo (até demais) do cozinheiro.

Usopp olhou para Nami, perguntou se ela separaria a briga, mas a navegadora pareceu estranhamente concentrada no alvoroço entre os dois tripulantes; ela não era a única: Robin e Franky também observavam a interação com faces desconfiadas:

Pensamentos Impuros - ZosanOnde histórias criam vida. Descubra agora