Capítulo 1 - A princesa e o plebeu

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Era dia de jogo, e esses dias eram um saco naquela escola, tudo ficava uma completa bagunça infernal, não que Eddie Munson não gostasse de uma bagunça, mas não gostava da bagunça dos mauricinhos mimados e riquinhos do time de basquete.

Eram líderes de torcida, jogadores babacas, e os torcedores dos tigres de um lado pro outro espalhando cartazes por todo canto, e alguns até vendiam ingressos oferecendo para Eddie umas dez vezes e ele recusou.

Já estava para surtar com aquela situação.

Mas para seu também profundo alívio, e por muita coincidência era seu dia de D&d, dia da batalha mais importante, a campanha contra Vecna, e em seguida iria pra um bar encher a cara e ouvir um bom rock, então teria um pouco de paz daquele assunto chato de basquete.

Pelo menos era o que ele achava. Até Dustin e Mike, aqueles dois merdinhas tocarem no assunto proibido.

— Será que você pode repetir o que disse Henderson? — dizia em tom ameaçador, incrédulo com o que seu pupilo dizia.

— B-bom é... Se nós podemos... Adiar… — sua voz deu um falsete. — A campanha pra outro dia! — Dustin juntava os dedos uns nos outros dando um sorriso amarelo para o rockeiro.

— É... Só uns dias! — Completava Mike.

O rockeiro não estava acreditando, só podia ser brincadeira daqueles pirralhos idiotas. Em seu único momento de paz naquele inferno de colégio, suas ovelhinhas resolvem se rebelar e querem adiar o seu precioso jogo, por causa do maldito basquete.

— Você sabe… o jogo do Lucas é hoje e não tem como adiar!

Eddie respirou fundo para não afundar a cara dos garotos na bandeja de comida, e caminhando lentamente pra trás dos dois, os pegou com força pelo ombro lhes causando dor.

— Bom, eu não tô nem aí! É bom vocês arrumarem alguém pra jogar no lugar do Luquinhas!! Vocês não vão dar conta do Vecna sem ele!

— Como a gente vai fazer isso? não temos tempo! —  Mike grunhia com a dor do apertão.

— Ora, isso é muito fácil! Lembram quando vocês eram só ovelhinhas perdidas por aqui e eu resgatei vocês?! — Fez uma voz de bebê chorão. –  Então? Vão procurar ovelhinhas perdidas, AGORA!! — os soltou com brutalidade e os dois garotos saíram correndo dali para procurar alguém para substituir Lucas na partida que teria naquela noite.

(...)

Os dedos batucando na mesa e a vontade de sair correndo dali eram grandes. Aquela mesa, junto com aquelas pessoas, eram o inferno pra ela, e tudo que queria, era poder fugir dali, mas não só daquela maldita mesa, também da escola, da cidade, ou até mesmo de país se fosse necessário, tudo pra não ter que estar ali naquele covil de futilidade em que estava presa e sufocada, e com aquele namorado que não a soltava de jeito nenhum, exibindo a namorada perfeita" como se fosse um troféu.

Inferno.

Era o nome que ela dava.

E inferno, era onde ela sentia que estava.

Assim que tocou o sinal, todos se levantaram e foram para as suas aulas, mas Chrissy não, inventou uma desculpa, disse que ia ao banheiro, se trancou ali por um tempo e começou a chorar. Chorava e soluçava, cansada daquela vida miserável que levava, que apesar de todo dinheiro, ele não lhe trazia nenhuma felicidade.

Depois de longos minutos em lágrimas, ouviu passos e risadinhas e parou, eram duas garotas, obviamente, era o banheiro feminino, e elas começaram a cochichar em tom audível, e não deu pra não pra não saber quem eram e de quem estavam falando.

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⏰ Última atualização: Nov 02 ⏰

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I Need You - Eddissy 2ª Edição Onde histórias criam vida. Descubra agora