Gustavo Mioto, 23 anos, estagiário de engenharia de computação, um talento escondido, um amor pela música e muito traumatizado. Ana Flávia Castela, com seus 22 anos faz faculdade de marketing digital e se dedica inteiramente a sua filha, Lua tem seu...
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O dia já começou nada bom, está caindo a maior chuva em São Paulo, em plena sexta feira
Meus dias são sempre tão corridos que não tenho tempo de aproveitar uma folguinha se quer
Passei a estudar de noite para poder cumprir os estágio na parte da manhã e tarde
Trabalhar na Universal sempre foi um sonho meu, mais no meu sonho, eu não trabalha como Técnico de Informática e sim como cantor
Quem sabe um dia eu não realizo esse sonho
Enquanto isso o que me resta é levantar tomar banho, café e aguentar uma bando de gente insuportável no pé do meu ouvido a manhã toda
Tomo meu café e me arrumo rápido
Uma das poucas coisas que posso agradecer que meus pais me deram, foi o carro que tenho
Sem ele eu estava mais do que lascado
Cheguei na empresa dando de cara com a Ana Flávia, trabalhamos na mesma sala
Falei pouquíssimas coisas com ela, nos dois somos bem fechados, então qualquer assunto entre nós, não passa de 6 palavras
Me encosto na parede do elevador e encaro o teto
- Bom dia Mioto - escuto a voz da morena
- Bom dia Castela - Respondo em tom normal
Quando digo que nossas conversas não passam de pouquíssimas palavras eu não exagero
Até a hora do almoço nossas únicas palavras foram essas
Pouco antes de sairmos percebi ela tensa falando no telefone
Poucos segundos depois ela começou a se desesperar e ficar vermelha
Quando percebo que ela está ficando sem ar me aproximo rapidamente
-Ana calma, respira , senta aqui - a ajudo sentar em sua cadeira novamente
Ela desligou o telefone e colocou em cima da mesa
-Quer me contar o que aconteceu ? - pergunto lhe entregando um copo de água
-Minha filha passou muito mal e minha amiga está com ela no hospital e eu não posso ir para lá, todo dia pego ônibus para vir para a empresa e o próximo só passa as 18h - explica desesperada
Uau pera
Filha ?
Eu não fazia ideia que ela tinha uma filha
-Se você quiser eu te levo lá- me ofereço e vejo ela negar com a cabeça
-Não vou te incomodar Gustavo, pode ir almoçar tranquilo que eu me viro - responde guardando suas coisas
-Nada disso Ana Flávia, vamos, eu sei quanto tu está preocupada com a pequena- digo a puxado pela mão para fora da sala, sem deixar opção de escolha
Guio ela até meu carro e ela me explica em qual hospital a pequena estava
Vou o mais rápido que posso, sei bem o desespero que ela está sentindo, senti o mesmo quando minha irmã mais nova quase morreu
Quando paro em frente ao hospital Ana Flávia desce correndo
Sigo a mesma, a recepcionista entrega a ficha da pequena e pede os documentos dela e da Ana
Os enfermeiros apenas nós informaram que ela está sobre consulta e está proibido a entrada
Ana Flávia está chorando desesperada do meu lado
A única reação que tive foi abraça-la com força
Pelo o que pude entender enquanto ela fala com a recepcionista, o filha da puta do pai da criança, vazou quando descobriu que a morena estava grávida
Nem conheço e já peguei nojo
- Sabe que não precisa se preocupar né - ela levanta o rosto para em olhar
-Mesmo não precisando, estou preocupado, não só com a pequena, mas com você também - digo enxugando algumas lágrimas que escorriam de seu rosto
-As vezes eu me sinto uma péssima mãe - diz caindo no choro novamente
-Olha, até alguns minutos atrás eu não sabia que você tinha filha, mais eu tenho certeza que você é uma ótima mãe-
Uma hora depois o médico liberou para ver a pequena
Fui junto com ela
E cara, não sou de me derreter fácil
Mais quando eu vejo aquela coisinha pequena, toda embolada em uma cobertinha
Meu coração se derreteu todo
A amiga da Ana Flávia que se eu não me engano, se chama Gabriela, se despediu dela e da bebê e foi embora
Me aproximo da cama de hospital
-Posso.... É.... Posso segurar a mãozinha dela ? - pergunto receoso
-Claro - respondeu sentando do outro lado da cama
Seguro aquela mãozinha pequena que se fecha em meu dedo
Nunca me vi tão derretido por uma criança que descobri a existência a uma hora atrás
Enquanto a morena falava com a doutora, aproveitei para ligar na empresa e avisar que a Ana Flávia e eu não voltaremos hoje, expliquei toda a situação e eles entenderam
Voltei para o quarto e agora só tinha as duas
- Avisei eles que nenhum de nós voltaremos hoje- explique para morena
-Obrigada mesmo Gu, é quer dizer Gustavo-
-Pode me chame de Gu Ana, não tem problema -
Me sentei do outro lado da cama e voltei a segurar a mão da neném
Não sei quanto tempo se passou, mais acabei dormindo naquela poltrona
Lembro apenas de escutar uma enfermeira deduzindo baixinho que eu era o pai da neném
Mais não acordei, nem a Ana Flávia acordou, muito menos a princesinha
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❦Lembrando que isso é uma fic, algumas histórias são verdadeiras e outras inventadas, portanto não levem tudo para vida real