Despertei sentindo-me fraco, como se toda a energia tivesse sido drenada de mim. Abrindo os olhos, notei uma agulha cravada no meu braço. Ao examinar melhor, percebi que estava recebendo algum tipo de medicação intravenosa. Desviei o olhar e encontrei Hoseok perto da grande janela, observando-me com uma expressão intensa. Agora que ele conhecia meu segredo, um frio na barriga me invadiu ao pensar no que poderia acontecer a seguir.
— Como você se sente? — ele perguntou, aproximando-se lentamente.
— Fraco! O que é isso no meu braço? — respondi, a preocupação tingindo minha voz.
— Você está tomando soro — explicou ele, enquanto eu olhava para minha mão. O corte estava coberto com um curativo, e para minha surpresa, não sentia mais dor.
— Mandei chamar a minha família. Eles devem estar chegando em breve. Seu servo também está vindo — disse ele, e uma onda de apreensão me atravessou.
— Então você vai conversar com eles e decidir o que fazer comigo? — perguntei, o medo transparecendo em cada palavra.
— Sim! — A resposta foi direta, mas não aliviou meu coração acelerado. Tentei me sentar, mas a fraqueza me impediu.
— Me ajude! — pedi, a urgência na minha voz fazendo Hoseok se aproximar rapidamente. Ele segurou meu corpo com cuidado, ajudando-me a ficar sentado. Um suspiro escapou dos meus lábios, e percebi que minha boca estava seca como areia.
— Estou com sede — murmurei, a sensação de desidratação tornando tudo ainda mais angustiante.
Ele pegou uma jarra de água que estava no criado-mudo e encheu um copo, entregando-o a mim. Com a sede me consumindo, bebi o líquido rapidamente. Hoseok continuava a me observar, seus olhos carregados de inquietação, como se quisesse entender mais sobre mim. Percebendo que eu ainda tinha sede, ele encheu meu copo novamente. A água deslizava suavemente pela minha garganta, aliviando um pouco a angústia que me acompanhava.
Depois de entregar o copo vazio, meu olhar se fixou no frasco de soro ao meu lado, agora quase vazio. A realidade do que estava acontecendo começava a se instalar em minha mente. Hoseok saiu do quarto, e fiquei sozinho com meus pensamentos, refletindo sobre o que havia ocorrido. Não tive escolha a não ser revelar quem eu realmente era. A dor que senti parecia uma sombra crescente, consumindo-me por dentro. O futuro era incerto; dependendo da decisão deles, eu poderia usar essa situação a meu favor.
O frio do quarto me envolvia, e percebi que a chuva havia parado. Enquanto tentava repousar, Jimin entrou no ambiente, e um alívio profundo tomou conta de mim ao vê-lo. Sua presença trazia uma sensação de segurança em meio ao caos.
— Taehyung, o que aconteceu? — perguntou Jimin, sua expressão transbordando preocupação.
— Ele já sabe de tudo, Jimin. Eu acabei me ferindo e cheguei a um ponto em que não suportava mais a dor. Tive que pedir ajuda — confessei, sentindo o peso das palavras enquanto ele examinava minha mão.
— E agora? Está doendo ainda? — questionou ele com um olhar atento.
— Não. O médico, amigo de Hoseok, cuidou de mim — respondi, tentando transmitir tranquilidade.
Nesse instante, a porta se abriu novamente e SeokJin entrou acompanhado de Namjoon e Jungkook. Hoseok e o médico também retornaram ao quarto. A atmosfera estava carregada; uma tensão pairava no ar. Hoseok provavelmente havia compartilhado toda a verdade sobre mim, e isso tornava tudo ainda mais real.
— Como você está, Taehyung? — SeokJin perguntou, se aproximando com um olhar preocupado.
— Agora estou bem! — respondi, tentando transmitir uma segurança que eu mesmo não sentia. Ele assentiu, mas seus olhos continuaram fixos em mim, como se estivesse buscando algo mais em minha expressão.
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O Companheiro do Vampiro -VHOPE
फैनफिक्शनEm uma sociedade vampírica marcada por tradições rígidas, Hoseok, presidente do conselho do seu clã, enfrenta a pressão de garantir a paz com o clã vizinho. Com a segurança de seu clã em risco devido a conflitos territoriais e intrigas internas, um...