-Sim, princesa. Daqui à 1 mês! Prepare-se!-disse ele me abraçando.
-Eu preciso ficar sozinha, Joseph. Isto é, se não se importar.-disse o olhando.
-Claro! Qualquer coisa é só chamar... É... Amor.-disse ele se retirando.
Fui para meu quarto e fiquei pensando... Amor ? De onde ele tirou isso ? Acho que os casais se chamam de "amor" na Alemanha.
Preciso focar no Carlos e em meu casamento com Joseph.
Eu sou muito nova para me casar.
E sobre o Carlos, depois de me casar com Joseph, vou fugir, não sei para onde vou, irei com Carlos. Muitas pessoas falam sobre um país chamado Brasil, dizem que é bom. Sem essa monarquia. Pelo menos lá eu acho que me livrarei disso.
Ouvi uma batida na porta, mas não atendi... Bateram novamente e eu fiquei quieta, mas depois ouvi uma voz muito conhecida:-Suza, abre por favor.-disse aquela voz suave e perfeita para um dia eu me casar.
-Me deixa, Carlos.-disse, vocês devem estar se perguntando: "Por que ela não abre se gosta dele ?"
A resposta é que eu não estou preparada para enfrentar o que pode se tornar meu futuro.-Por favor, Suza! Eu não vou te impedir de se casar com Joseph, eu quero apenas te apoiar, mas para isso você também precisa se esforçar. Abra, Suza.-disse ele e eu deixei rolar uma lágrima.
-Carlos...-respirei fundo antes de falar.-Eu não...-não consegui terminar.
-Não ? Não o que, Suza ? Simplesmente abra a porta para eu poder te ajudar. Lembra quando nós nos ajudávamos quando crianças e na pré-adolescência ? Eu quero continuar a te ajudar e ao mesmo tempo continuar observando você me ajudar. Por favor... Abra, Suza!-disse ele tão calmo.
-Eu não consigo, Carlos.-disse me encostando na porta com a tentativa de ver se conseguia sentir ele.
-O que você não consegue pelo seu melhor amigo ?-perguntou ele e eu sorri.
-Nada. Eu consigo fazer tudo por você, Carlinhos.-sussurrei relembrando dos nossos momentos, eu chamava ele de Carlinhos.
-Então... Lembra que você conseguia fazer tudo por mim ? Isso te alegrava muito. Você era muito feliz, minha Suzinha.-disse ele e eu sorri, ele também me chamava de Suzinha.
-Eu sinto muita falta disso.-disse sorrindo.
-Eu sei, eu também sinto. Se eu pudesse casar com você...-disse ele e eu sorri.-Abra, Suzinha.-disse ele.
-Tá bom.-sussurrei.-Vai, Suzana.-sussurrei para mim mesma.
Abri a porta e ele me abraçou tão fortemente que passou até um choquinho.-Minha Suza.-disse ele ainda abraçado a mim.
-Eu quero te propor uma coisa.-disse me afastando.
-Diga.-disse ele me olhando.
-Depois que eu me casar com Joseph e satisfazer a vontade de meu pai... Eu... Bom... Eu vou fugir!-disse. Quando eu disse isso, Carlos arregalou os olhos.-Mas eu estava querendo fugir... Com... Você.-disse olhando pra baixo com vergonha.
-Ei!-disse ele pegando meu queixo com suavidade.-Para onde pretende ir ?-perguntou ele e eu o olhei.
-Vai comigo ?-perguntei e ele assentiu.-Bom... Brasil.-disse e ele sorriu.
-Meu país natal.-disse ele sorrindo todo bobo, mas com lágrimas nos olhos, parecia estar se lembrando de algo.
-Não gostou.-não fiz uma pergunta, eu afirmei porque sei quando ele está se lembrando de algo triste e pela expressão dele.
-Não... Não, claro! Eu gostei sim! Eu gostei...-disse ele deixando lágrimas rolarem e veio me abraçar.-Me perdoa, Suza! Me perdoa...-sussurrou ele e eu derrubei uma lágrima.