Capítulo 2
Minha nova família" 'Tudo que vai, volta'
Quem falou isso não conhecia a minha felicidade."
- Uma_Poeta_Perdida...
Eu acordei de um pesadelo ou da minha nova realidade?
Eu acordei rezando para que tudo aquilo fosse só mais um pesadelo, mas quando eu finalmente abri os olhos e recuperei a consciência, eu vi que tinha um homem tentando me acordar.- Ei, garotinha, você está bem? - Um homem alto, de olhos castanhos, cabelos castanhos e pele um pouquinho escura me pergunta.
- Ahh - Eu me levanto no susto, mas quando eu me levando eu automaticamente caio por causa das minhas pernas.
- Ei, calma, não precisa se assustar - Ele fala com uma voz calma - Você está bem?
- Q-quem é v-você...? - Eu pergunto assustada - Espera... - Eu me lembro da madrugada - Cadê a minha mãe e o meu pai...? - Pergunto começando a chorar.
- Oi, eu sou o Lucas, e você? - Ele dá um suspiro - Você não se lembra de nada?
- Meu n-nome é Geo-Geovanna - Falo ainda chorando, mas tentando secar minhas lágrimas - Eu me lembro um pouco...
- Você está bem? - Pergunta ficando com o rosto um pouco horrorizado - Seu rosto... tem sangue nele, mas você não parece ter tido algum machucado do qual tenha saído sangue.
- Não é meu sangue - Falo enchugando mais algumas lágrimas - São do... - Soluço - São do meu pai...
- Como assim? Você se lembra de alguma coisa que aconteceu ontem? Na hora desse acidente...? - Ele pergunta com uma voz de preocupação.- Não foi de noite, foi de madrugada, e eu não me lembro se muita coisa - Falo tentando controlar mais o meu choro.
- Tá, mas do que você se lembra? - Questiona.
- Eu me lembro que tinha fogo por toda parte, e toda a minha família estava pegando fogo, a minha mamãe e o meu papai estavam mandando eu sair dali o mais rápido possível, já os meus dois irmãos estavam me pedindo ajuda, mas eu não consegui ajudar ninguém, por quê quando eu ia ajudar eles, o teto que estava em chamas caiu ao meu redor e sobre as minhas pernas, é por isso que elas estão assim e eu não consigo me manter 100% em pé e estou mancando, e a minha única saída, depois de eu finalmente conseguir sair dali, foi sair de lá o meu rápido possível e pedir ajuda aos vizinhos, mas eu ainda estava mancando, e para completar nenhum deles me ouviram, então, quando eu voltei, não tinha mais como passar, a casa, ou melhor, o teto caiu por cima deles, e a única coisa que sobraram foram os seus gritos de dor e agonia, e as lágrimas do meu rosto - Quando eu termino de falar, novamente eu começo a chorar, um mundo de lágrimas descia sobre o meu rosto. - Lucas... a culpa foi mi-minha? Se eu tivesse corrido um pouquinho mais rápido, talvez eu teria consegu... - Soluço- conseguido chegar nos meus irmãos antes que o teto caísse? Foi tudo culpa minha, eu sempre estrago tudo, por que? - Soluço - Por que que tem que ser assim? Por que que não fui eu quem morreu no lugar deles? Por que justo eles? - Soluço e comeco a chorar ainda mais - As pessoas que eu mais confiava agora estão mortas, e a culpa é toda minhaaaaaa - Começo a chorar ainda mais e o abraço.
- Ei, ei, ei, Geovanna, a culpa não é sua, nunca foi sua, você só está nervosa e assustada com tudo isso - Me abraça de volta - Olha, o tio Lucas não sabe como tudo isso aconteceu, e sinto muito por não saber, mas eu juro que quero saber como vai ser daqui para frente, vamos, você conhece algum vizinho que poderia ficar com você? - Pergunta olhando ao redor para ver se encontra alguma casa ali por perto.
- A... - Penso um pouco - A Nimue? - Respondo(?) Parando um pouco de chorar.
- Ninue? - Questina.
- Sim, foi a Ninue quem avisou a minha mãe e ao meu pai sobre um cara que estava rodando por aqui, será que ela... - Falo pensando e paro de chorar totalmente.
- Iria aceitar ficar com você? - Tenta adivinhar.
- Será? - Pergunto.
- Quer ir lá descobrir? - Pergunta.
- Sim! - Afirmo.
- Ok, vamos lá - Ele pega na minha mão enquanto anda bem devagar para eu poder o acompanhar - Poxa, você tá mesmo mancando muito, tem certeza que consegue ir andando?
- Claro que sim!
- Okk, mas quando cansar pode me avisar, combinado?
- Combinado! - Nós andamos mais um pouco até chegar na casa dessa minha vizinha - Toc, toc, toc - Falo enquanto bato à porta.
- Hm, oi? - Ela abre a porta - Geovanna...? - Ela fica surpresa ao me ver - O que houve com você? - Pergunta fingindo estar preocupada.
- A minha casa pegou fogo... - Falo com os meus olhos enchendo de lágrimas de novo.
- Calma, o que houve?
- Olha, senhora, a casa da garota pegou fogo, e pelo o que eu entendi, a família dela morreu, e eu a encontrei desmaiada ali do lado da casa dela, ela estava desmaiada, e eu queria saber se assenhora poderia ficar com ela já q... - Ela a interrompe.
- Kaakkaaka - Ela dá uma risada maléfica - Que o que? Que eu poderia ficar com essa puta? Nem a pau.
- Senhora, não fale assim na frente dela - Fala o Lucas com uma voz meio irritada.
- Mas é a verdade, eu sou quem não vou ficar com uma puta, chorona e ainda por cima manca, eu hein, eu tenho uma casa para arrumar, crianças para cuidar, e se for para ter mais uma, que pelo menos preste para fazer algo, e não ser uma imprestável como essa garota.
- Olha, eu não vou aceitar que você fale assim com ela.
- E você por algum acaso a conhece?
- Não, mas só em a olhar eu sinto que ela não é nada disso... - Novamente ela a interrompe.
- Escuta aqui, seu filho da puta, eu só falava e fingia me importar com essa garota por causa dos pais delas, mas se não fosse por isso, eu nem olharia na cara dela, então você pode levar ela para você - Ela fala e logo fecha a porta na nossa cara.
- Que vadia - O Lucas fala e logo se desculpa - Desculpa, Geovanna, saiu da boca para fora - Fala dando uma risada forçada.
- Tudo bem, ela é mesmo uma - Falo chorando e raiva - Lucas, e agora? - Pergunto com medo de ficar por aí atoa.
- Calma, não chora, você... - Pensa um pouco - Você quer que eu te leve para a minha casa? - Ele pergunta.
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Outra Realidade
Bí ẩn / Giật gânGeovanna era uma garotinha normal, com uma família normal e uma ótima vida, ela, sua mãe, seu pai, seu irmão mais velho e a sua irmã mais nova eram muito felizes juntos. Eles sempre se divertiam muito juntos, mas uma noite, houve um grave acidente...