Herdeira proibida - Livro 1

-010- Loba

Rapidamente 2 meses já tinham se passado desde que eu fugi da matilha, estávamos em Março e naquele dia, a qualquer momento eu iria conhecer a minha loba, era meu aniversário de 18 anos e eu só queria saber como ela era, sua pelagem, seus sentimentos, como é ter ela comigo.

Eu não poderia ficar naquele quarto apertado de 6m quadrados, eu saí de lá correndo, e fui em direção a uma floresta que eu tinha visto ao leste da cidade, não era uma floresta conhecida por mim e esperava que não fosse habitada por nenhum lobo e muito menos Lican's.

Senti um calor surreal, meu pelos humanos se arrepiaram e meu rosto estava quente, eu senti minhas bochechas vermelhas, eu corri para mais profundo na floresta tão rápido que nem acreditei ser eu, corri até encontrar uma clareira, a floresta era densa e quase não havia luz do luar, mas lá a lua tocava cada centímetro do chão, clareando com sua luz azul certa de 1 km de um jardim de flores brancas.

Eu comecei a sentir odores diferente e mais fortes do que eu estava acostumada, ouvi sons da cidade tão perto m, mas eu estava a quilômetros de distância, meus olhos parecem que se abriram e eu podia ver as cores e formas diferentes era como se eu pudesse dar zoom na minha visão, meu corpo estava extremamente forte e rápido.

Minha loba estava chegando, eu podia senti-la, eu já não me sentia fraca, pelo contrario eu estava me sentindo radiante.

Essa sensação não durou muito tempo, meu corpo começou a doer, senti como se cada osso meu se quebrasse e minha pele era rasgada, uma dor absurda percorreu sobre meu abdômen e minha cabeça estava com uma pressão ridiculamente forte, comecei a tirar minha roupa, eu estava tremendo e suando frio, quase não conseguia ficar de pé, mesmo me retorcendo de dor eu consegui me despir e organizar minhas roupas em um lugar que eu pudesse encontrar depois, aí então eu que perdi o controle do meu consciente, tudo escureceu e eu não estava mais lá.

•••

Quando dei por mim estava correndo mais rápido do que meus olhos podiam acompanhar, as árvores ao meu redor eram somente vultos negros, o vento batia no meu rosto com tanta força que eu não tive como não recuperar o controle de mim, eu acordei, minha loba estava em estado de êxtase.

Já tinha anoitecido e a floresta estava fria, eu tive que tomar de volta o domínio sobre minha loba ou ela me dominaria.

Aos poucos eu consegui parar, eu já não fazia ideia de onde eu estava e o som da cidade já estava longe o suficiente para serem apenas sussurros.

Aos poucos estava tudo sob o meu controle, minha loba era muito mais selvagem e confiante do que eu podia imaginar, nunca pensei que poderia me sentir assim.

Ela me trazia algo que eu nunca tinha sentido, amor próprio era uma dessas coisas.
Eu sempre me senti sozinha e fraca, impotente para me livrar de situações indesejáveis.

Precisava de água para matar minha sede e com meu olfato senti o cheiro de água próximo dali.

Encontrei um riacho, cheguei perto o suficiente para matar a minha sede e finalmente pude me ver, a luz do luar me iluminava, mostrando a gigantesca loba que eu havia me tornado, cinza com olhos castanhos amarelados, achei que por ter cabelos negros, seria uma loba com pelos pretos igual meu pai, ou uma loba com pelos claros igual a minha mãe, mas eu era uma mistura dos dois, gostei de saber disso.

Agora era hora de voltar, eu já estava longe demais talvez até em outro estado, tinha que encontrar a clareira e minhas roupas e voltar para minha casa, já tinha me exposto demais e dei sorte de não ter tu no nenhum encontro desagradável.