Herdeira proibida - Livro 1

-019- Desesperado

Maxwell

Ela saiu correndo e eu fiquei para trás, o lobo cinza era grande e forte mas não mais rápido que eu, não senti mas ninguém com ele, eu me transformei e corri tanto, até ele me perder de vista.

Escapei por pouco, era vergonhoso fugir, mas não ia arriscar morrer e deixar Olívia desprotegida.

Voltei para casa o mais rápido possível, a porta estava trancada, mas não vi sinais dela.

— Olívia? Olívia? Cadê você? Olívia?

Que merda, ela não estava em casa, passei as mãos pelos cabelos tentando organizar a minha mente.

"Onde ela poderia estar?"
"Será que se escondeu?"

Andei pelo apartamento até ver o celular dela que estava tocando.

— Alô?
— Anh, oi! Esse celular é de Lívia Straus? - uma voz masculina falou do outro lado.
— Sim, quem fala? - já estava preocupado agora ia ficar irritado também?
— O namorado dela!

QUÊ? QUE PORRA É ESSA?

— Desculpa aí, namorado, mas ela está ocupada agora e não pode falar com ninguém!
— Quem está fa.... - desliguei na cara dele e aproveitei pra desligar o celular também.

Bem, eu não sabia nada sobre ele mas sabia que ele existia, eu senti o cheiro de alguém nela naquele no dia que a encontrei, o que importa que ela não estava com ele agora, talvez com a amiga, a outra secretária dos Ferrer.

— Laura minha querida, desculpe a hora, preciso do contato da sua secretária! É que a minha não me atende, estou precisando de umas informações urgentes. - inventei uma desculpa esfarrapada.
— Oi, tudo bem ainda estava acordada! Vou lhe enviar por mensagem! Você está bem não apareceu mais no escritório? Na verdade nem você nem ela!
— Pois é, como havia informado, estávamos em uma situação em relação a um caso antigo e acho que vou precisar me ausentar por mais tempo e se eu encontrar a minha secretária, talvez precise que ela me acompanhe, mas duvido muito, afinal não a vejo desde o primeiro dia! - menti novamente.
— Ela informou que estava doente, ainda nem entramos em contato para saber se ela está bem!
— Boa sorte! O celular dela está desligado!

Recebi a mensagem com o contato, o nome é Sarah, salvei seu número. Ela está on-line.

Max: Boa noite!
Sarah: Oi quem é ?
Max: Você tem falado com Olívia?
Sophia: Não conheço nenhuma Olívia
Max: Lívia, você tem visto ela?
Sophia: Desculpe mas quem tá falando?
Max: Maxwell Holfman
Sophia: Nossa! Mil desculpas, não, faz tempo que não a vejo, já fui em sua casa e ela não está, disseram que ela viajou, mas ela não me atende, e agora seu celular só da desligado, o namorado dela também está atrás dela.
Max: Ok

QUE MERDA DE NAMORADO!
Depois eu cuido disso primeiro tenho que achar ela. Entrei em contato com o síndico para pedir acesso às câmeras da frente do prédio. Ele me deu acesso total a tudo, mesmo com os humanos meu domínio funciona muito bem.
Nas filmagens eu não a vi, ela não veio para cá.

Fui até seu apartamento e ela também não estava lá, falei com a senhora, dona do prédio, ela falou que só tem câmeras na área externa e era tudo oq eu eu precisava.

Ela chegou perto do prédio mas foi surpreendida por alguém, não tenho certeza quem, estava muito longe.
Pegaram ela!

Imediatamente eu voltei para o meu apê e arrumei as minhas coisas e parti, precisava voltar para matilha, os Lican's conseguiram pegar ela e eu sozinho não ia conseguir recuperá-la.

•••

Cheguei na matilha no outro dia de manhã cedo, a viagem era longa e cansativa e eu não tinha pregado o olho, não ia conseguir dormir até saber algo.
Isaac tinha contatos que poderiam me ajudar e eu confiava nele.
— Preciso que encontre o dono desse carro o mais rápido possível .- ordenei
— Claro, mas você vai me explicar o que está acontecendo? - perguntou Isaac preocupado.
— Vou sim, mas antes chame a minha mãe.

Isaac ligou pra minha mãe que chegou em meu escritório em menos de 1 minuto.

— Meu filho, você voltou! O que está acontecendo?
— Comandante, Lua - falei formalmente iniciando uma reunião - o lobo cinza voltou e suspeito que tenha levado Olívia.
— Queri...(respira fundo) Meu alfa, Olívia fugiu a mais de 1 ano, se isso for verdade, infelizmente não podemos fazer nada por ela- minha mãe falou cabisbaixo.
— NÃO! Eu estava com ela, esses dias, nós o vimos, ele falou que queria ela e ninguém se machucava, conseguimos escapar, mas nós separamos, eles a pegaram quando estava chegando no apartamento dela, não tive como salva-la - Passei as mãos pela minha cabeça, comecei a sentir uma pressão e um calor nos olhos, eu estava em desespero, ela era minha parceira, não era pelo cio, eu sempre soube, meu lobo soube quando a viu pela primeira vez. Eu não podia deixar ela morrer.