Em Busca de uma Cura

Ajuda ou Problema

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- Ela está demorando muito, já se passou muito tempo, eu não deveria ter deixado ela ir... - Fuji repetia várias vezes, ficando ansioso e preocupado sobre como Reina está.

Um som alto vindo da floresta ecoa, um tiro. Ao ouvir isso, Fuji se levanta, indo até o lado de fora da casa, ficando ali, sem saber o que fazer, esperando que não seja o que pensa, que Reina esteja bem e em segurança.

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- M-merda - A dor que sentia era dilacerante, minha consciência se esvaía aos poucos, mas não podia desmaiar, seria morte certa, mas por medo, fecho meus olhos, um tiro, e depois silêncio.

Ao abrir os olhos, tudo ainda estava escuro, não conseguindo ver nada, nem seu próprio corpo, estranhamente, o lugar era parecido, um sentimento de déjà-vu inundava sua mente. De repente, uma luz brilha iluminando tudo, Reina lembrava da luz.

"Ainda não é sua hora, abra os olhos, volte"

Reina então se vê na mesma situação de antes, porém, havia um corpo na sua frente, era do mesmo que apontara a arma em sua cabeça, mas não sabia o que havia acontecido. Seu pensamento sobre isso é cortado abruptamente pela dor e sua perna, fazendo-a gritar novamente, seus olhos enchiam de lágrimas, seu corpo tremia enquanto olhava para o estado de sua perna, um som de passos vindo por trás tiram sua atenção da dor momentaneamente, seu rosto estava pálido com os olhos vermelhos por conta do choro.

- Q-quem está aí?! - Perguntava em meio a soluços e choramingo, o medo me consumia, estava em uma situação complicada, meu arco havia caído de minha mão e se perdeu na neve.

Um jovem de cabelos marrons e olhos castanhos carregando um rifle de caça havia parado atrás de Reina, seus olhos arregalaram ao perceber o estado da perna dela, ele então se aproxima com cuidado guardando o rifle e começando a desarmar a armadilha, parecia experiente com isso, Reina tremia de medo, não conhecia ele e estava muito ferida, era um alvo fácil.

- Se acalme, eu não quero feri-la, só me deixe ajudá-la, vou desarmar a armadilha e te levar para casa, aqui é muito frio para cuidar de uma ferida assim - Ele dizia enquanto terminava de mexer na armadilha, e ao abri-la, enfaixa a perna dela e a levanta com cuidado, começando a andar.

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Durante o caminho, o jovem pergunta a Reina o que fazia na floresta e o motivo do homem ter feito aquilo, Reina gagueja tendo dificuldade para conversar por conta da dor e a desconfiança, mas evitava um pouco do assunto enquanto o guiava pelo caminho em direção à fazenda, chegando lá após um tempo andando, ao chegar, o senhor Fuji estava na frente da casa segurando as mãos juntas encostando na testa, aparentemente fazendo uma prece. O jovem se aproxima da casa carregando reina, Fuji então levanta a cabeça rapidamente na direção deles.

- Pequena? É você aí? Está tudo bem? Sinto cheiro de sangue, por acaso se machucou?.. - Fuji perguntava, esperando se aproximarem.

- Senhor, sua neta se feriu na floresta, e o estado é - Reina coloca a mão na boca do jovem, impedindo-o de dizer a gravidade da ferida, ela então aponta para os olhos, indicando que Fuji é cego.

- E-eu estou bem, é só um machucado.. - Tentava dizer sem demonstrar o quanto doía ou que estava chorando.

- Ah, ainda bem, venha, vamos cuidar dessa ferida, vou passar algumas folhas, devem ajudar - Fuji dizia, indo de volta para casa.

Seguindo logo atrás, o jovem entra na casa e coloca Reina sentada em uma cadeira, logo depois pede licença a Fuji, pois era melhor ele cuidar da ferida. De início, Fuji recusa, mas Reina insiste, com receio de que ele descubra a gravidade da situação, então ficam apenas os dois no cômodo.

- Posso saber seu nome? - Pergunta o rapaz enquanto mexe em uma bolsa que carregava. De dentro dela, retira um frasco com algo dentro, um pano e um pedaço médio de aço.

- Reina.. e o seu? - Olhava para o tanto de coisa que ele tirava da bolsa, se perguntando como cabe tanta coisa em tão pouco espaço.

- Me chame de Alex, olha, isso vai doer, então preciso que você morda esse pano. - Alex entrega o pano que havia tirado da bolsa para Reina, e ela o põe na boca, mordendo com força por conta da dor e medo.

- 3.. 2.. 1.. -

Alex retira os pedaços de carne morta, abrindo um pouco mais a carne com uma faca pequena, empurrando o osso de volta para o lugar, Reina solta um grito abafado, logo depois Alex derrama o líquido do frasco na ferida, fazendo-a arder, mas também anestesiar com uma leve queimação, com uma linha, costura o corte feito e põe o pedaço de aço para segurar o osso no lugar enquanto enfaixa, após bastante tempo cuidando da ferida para não infeccionar, Alex se levanta se preparando para ir embora.

- Espera! - Chamo ele antes que vá embora - Não fale sobre mim, por favor, não quero arrumar mais problema do que já causei.. -

- Eu vou fazer o possível, mas talvez descubram sozinhos, você estava sangrando muito, não sei como não morreu por perda de sangue -

Ao terminar de falar, ambos ouvem um bater forte na porta da casa, o medo inunda Reina novamente, e ela paralisa sem saber o que fazer. O bater continua, cada vez mais forte, Fuji anda em direção à porta e a abre.

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E é aqui que finalizamos o capítulo!

Agradeço novamente pelo apoio, nos vemos no próximo capítulo!