32| Claro que gostou, você é homicida!

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      MUITA COISA mudou nesses últimos dias, e quando digo que mudou, é para valer

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      MUITA COISA mudou nesses últimos dias, e quando digo que mudou, é para valer. Uma coisa que poucos sabem sobre mim, é que eu sofro de dupla personalidade, e esse é o meu maior, talvez único, motivo para querer que Endrick fique longe. Eu não tenho controle. Por mais que eu lute contra ela, E1 sempre vence.

Eu achava que, quando "morri" na noite em que matei Oliver, ela tinha morrido também. Mas a desgraçada fingiu. Fingiu esse tempo todo, e agora, justo quando estou cogitando ceder aos meus sentimentos, ela resolveu voltar. Um tormento que sempre vem no momento mais cruel possível.

Ela não sente remorso, medo. Ela não sente nada. Porque, afinal, o que uma psicopata sentiria?

E1, como eu a chamo, é uma força incontrolável. Mesmo sendo a mesma pessoa, o mesmo corpo, nós somos completamente diferentes. Eu tenho medo, ela não. Eu me importo, ela destrói.

Ela odeia o Endrick, e é capaz de fazer qualquer coisa para tirá-lo do nosso caminho.

'Quem você quer enganar? Ele só é uma pedra no nosso sapato.'

"É aí que você se engana. Você vai se arrepender."

Minha visão embaçou, a tontura me invadiu. Ela estava tentando pegar o controle. E com tudo o que vem acontecendo, não consigo mais lutar contra isso.

- Aí, Estella! Você está bem? - perguntou Richard, passando ao meu lado, pronto para sair do campo.

- Sim. - A resposta saiu rápida, seca. Mais dela do que minha.

[...]

'Me devolve o controle!' rosnou Estella dentro de nossa cabeça, desesperada, mas sem forças.

Finalmente, pela segunda vez, depois de todo esse tempo, eu tinha o controle do corpo. Ela estava fraca demais. Fraca demais para me parar. E essa fraqueza tem nome e sobrenome: Endrick Moreira.

Sempre ele.

"Não! E nesse momento, eu sou mais forte do que você. Pode tentar, você só terá o controle quando eu quiser."

'Não faça nada contra ele!'

Eu a ignorei. Não havia mais por que ouvi-la. Ela se desgasta com esses sentimentos.

A atmosfera no estádio era elétrica, os gritos das torcidas faziam as arquibancadas tremerem. Estamos na grande final do Campeonato Paulista. Santos e Palmeiras. O árbitro apitou, e em segundos, o Santos já avançava com velocidade. Se não fosse Weverton, já estaríamos perdendo.

Os minutos corriam pesados. O jogo era tenso, uma batalha corpo a corpo a cada jogada. Não que isso me importasse, mas eu sentia Estella vibrando de raiva dentro de mim. Aos 9 minutos, Lázaro tocou para Piquerez na linha lateral. O cruzamento foi preciso. Maike subiu, cabeceou forte. A bola parecia destinada ao fundo das redes, mas o zagueiro do Santos a impediu em cima da linha.

Contradição  (1° Livro da saga Buoni Demoni)Onde histórias criam vida. Descubra agora