O que você faria se alguém que amasse muito te pedisse para se desapegar e seguir sua vida sem ela? Essa resposta eu busco dia após dia a quase cinco anos. O meu grande amor foi tirado da minha vida prematuramente, e sem ter onde me segurar, eu come...
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Acordei cedo, mesmo tendo dormido pouco. Me desvencilhei do aperto do Stephan, que parecia um coala quando dormia. Sorri por ter esse calor vindo dele. Fui em direção do banheiro, nu e sujo com a minha porra seca, pois estava sensível demais para me levantar ontem da cama. Me olhei no espelho e os olhos vermelhos e inchados denunciava o meu choro.
Molhei o rosto com um pouco de água gelada e apoiei as mãos na bancada da pia. Eu contei para o Stephan algo muito pessoal meu. Eu criei mais vínculo com ele do que poderia imaginar um dia ter.
Suspirei antes de fazer minhas higienes pessoais. Molhei o cabelo na água morna e fiquei de olhos fechados apreciando os jatos nas minhas costas. Levei um susto, quando senti os braços me circulando. Deixei que ele encostasse seu corpo no meu e sorri com o carinho daquele gesto.
O silêncio entre nós era bem-vindo. Por meia hora ficamos naquele chuveiro, um ensaboando o outro e beijos sendo trocados. Nos arrumamos, eu saí primeiro, passando no outro quarto e bagunçando a cama como se tivesse passado a noite lá. Vesti uma roupa limpa e segui para uma padaria onde tomei meu café da manhã. Logo em seguida fui para o local marcado da realização das tatuagens. Stephan chegou uma hora depois. Ele tinha ficado para o café da manhã no hotel.
Eu tentei manter distância, mas assim como eu implicava com o Bernardo, fiz o mesmo com o Stephan na frente daqueles homens que estavam presente para a despedida de solteiro do meu treinador. Ele me respondia a altura, e não sabia como ninguém ainda não tinha percebido as nossas trocas de farpas tão diferente do meu usual.
Levei a sugestão do Stephan a sério e pedi ao tatuador para desenhar o mesmo formato e tamanho do meu pingente no pulso direito. Confesso que estava morrendo de medo da dor, mas olhei em direção ao Stephan e ele me passou segurança que precisava.
-Esse desenho tem um significado especial para você e para o seu namorado? – O rapaz me perguntou e eu me assustei com o que ele falou.
-O que? Não, cara, ele não é meu namorado. Somos apenas amigos. – Falei e fiquei sem graça. Ele deu de ombros, mas puxou outros assuntos.
-Charlie, é o meu namorado e está fazendo o desenho do seu amigo. Ele me ensinou tudo que sei dessa arte. – Falou. Observei ele contornando o desenho que ele fez no meu pulso e vi que a dor era suportável.
-Ele te ensinou bem. – Respondi.
-Sim, ele fez. – Tiago, esse é o nome do tatuador, não parou mais de fala e eu apenas ouvia e tecia um comentário e outro enquanto ele sombreava o desenho. Ele está em fase final e achei perfeito, pois ficou com contornos que davam a impressão de 3D. Ele falou que era uma técnica nova e estava fazendo um grande sucesso.
A do Lui foi a primeira a terminar, pois ele escolheu traços finos. Bene foi o que mais lamentou a dor, rimos muito da sua birra, o clima do lugar estava muito bom. E queria ver a reação das mulheres da família quando todos aparecessem com os novos desenhos no corpo.