Lyle - monstros: irmãos Menendez

80 5 0
                                    

Era uma tarde fria na casa de Lyle. A chuva caía de forma constante do lado de fora, e o barulho suave das gotas contra o vidro das janelas trazia um ar melancólico ao ambiente. S/n estava sentada no chão, rodeada por algumas fotos antigas que encontrara em uma gaveta. Lyle, encostado na parede, observava em silêncio enquanto ela folheava as imagens, como se estivesse tentando entender as lembranças que aquelas fotos guardavam.

Ele se aproximou devagar, como se não quisesse interromper o momento. S/n levantou os olhos, percebendo a presença dele, e lhe ofereceu um sorriso leve. Sem dizer nada, ele se sentou ao lado dela, pegando uma das fotos que ela acabara de largar.

"Era você?", ela perguntou, apontando para um garoto de expressão séria na imagem.

Lyle assentiu com a cabeça. Seus olhos se perderam na fotografia por um instante, e algo nos traços dele parecia suavizar, como se ele estivesse, por um momento, completamente vulnerável. S/n continuava observando-o, tentando decifrar aquele misto de sentimentos que parecia tão difícil de ser expresso em palavras.

O silêncio entre eles se estendeu, mas de uma forma confortável. Ela percebeu que não precisava falar, e ele parecia compreender isso. Era como se uma compreensão tácita, uma intimidade silenciosa, tivesse se formado ali.

Lyle ergueu o rosto e, pela primeira vez em muito tempo, olhou-a de uma forma que a fez prender a respiração. Seus olhos pareciam mais intensos, como se ele estivesse tentando dizer algo que não conseguia colocar em palavras. E, antes que ela pudesse pensar ou dizer algo, ele se inclinou ligeiramente em sua direção.

S/n sentiu o coração acelerar. Havia uma eletricidade entre eles, um magnetismo que os aproximava sem esforço. Então, como se o momento pedisse por isso, seus rostos se encontraram a apenas centímetros de distância, e ela percebeu que ele a observava de perto, quase como se estivesse pedindo permissão silenciosa.

A hesitação durou apenas um segundo. Seus lábios se tocaram, primeiro de forma suave, quase como um teste, uma prova de que o que estavam sentindo era real. Mas o contato breve logo se aprofundou, e ambos se entregaram àquele momento, esquecendo-se do ambiente ao redor, da chuva lá fora e de tudo que os cercava. Era um beijo cheio de algo que eles ainda não conseguiam definir, mas que falava mais do que palavras poderiam expressar.

Quando se afastaram, permaneceram em silêncio, apenas se encarando com um entendimento mútuo. Não havia a necessidade de explicações ou confissões. Eles sabiam que, naquele instante, o que sentiam era claro o bastante, mesmo sem precisar de palavras.

Imagines diversosOnde histórias criam vida. Descubra agora