Eu estava atônita com tudo que vinha acontecendo na minha vida, eu me amaldiçoava por ter cruzado o caminho do maldito Ares. E me culpava a cada segundo, nunca devia nem ter olhado pra ele.
Ares definitivamente não era humano, devia ser algum tipo de bruxo, ou vampiro, não sei. Os olhos deles mudavam de cor, veias negras apareciam no seu rosto, e corpo, ele tentou apagar minhas memórias, e realmente conseguiu apagar boa parte dela, eu só lembrava de poucas coisas o que me causava confusão e dor de cabeça. Aparentemente ele se teletransportava,e tinha poderes que eu sequer podia imaginar com minha imaginação pouco fértil. Tudo isso era loucura.Além de todos os boatos de que Ares tinha um pacto com o diabo, que ele e Adam faziam coisas parecidas com rituais na floresta, e até já ouviram eles conservarem com alguém, uma sombra. Eu julgava ser tudo da cabeça dos lunáticos de Greenvill, mas a essa altura, era muito provável todas as histórias contadas.
Meu corpo se arrepiava, e eu suava frio toda vez que me lembrava da minha tentativa de confronta-lo, os olhos dele, o aperto no meu pescoço que pensei que fosse morrer sufocada, ou que ele quebraria meu pescoço.
E o que mais me atormentava:"Sua vida só existe porque eu permito."
O que ele queria dizer com isso? Foi uma ameaça?Fazia todo sentido, e nada fazia sentido, era esquisito o fato dele sempre aparecer nos meus pesadelos, ou de sempre eu vê-lo por perto. Sempre achei que fosse pela cidade ser pequena, mas algo me dizia que tinha algo muito pior que isso. Algo dentro de mim dizia para me manter longe, mas a minha cabeça me dava ideias loucas de como conseguir respostas de quem ele era.
Toques frenéticos na porta do meu quarto me tiraram dos meus devaneios, me causando um enorme susto. A verdade é que eu morria de medo de Ares aparecer atrás de mim a qualquer momento, por isso fazia de tudo para me manter acompanhada, e sempre alerta.
— Elizabeth, abre essa porta agora! – pude ouvir a voz de uma Amelie impaciente do outro lado.
Me levantei, e finalmente abri a porta, e logo meu quarto foi invadido. E Amelie parecia procurar por algo, ou alguém.
— Cade? – questionou como se fosse muito claro o seu questionamento
— Cadê o que? – franzi a testa.
— O namorado! Porque só pode ser por isso que você não retorna mais as minhas ligações! E já faz um tempo. – disse com os braços cruzados enquanto batia um dos pés no chão. — Não quer ser mais minha amiga, Elizabeth? É isso?
— NÃO – controlei minha voz. – Não tem namorado nenhum Amelie. E deixa de ser dramática, não falei com você porue minha cabeça anda muito cheia ultimamente.
E se eu te contasse você não acreditaria em mim, até eu acho que estou ficando louca. – esfreguei o rosto com as mãos me atirando de costas na cama, fitando o teto.— Por que não experimenta me contar? É pra isso que as amigas servem – disse com um sorriso doce, ao ver minha feição de preocupação e medo. – Sabe que pode contar comigo sempre, não sabe?
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Preciosa Elizabeth
RomanceElizabeth, é um garota aparentemente feliz, apesar de não ter conhecido os seus pais e isso ter um certo peso em sua vida, ela vivia uma vida tranquila. Não costumava questionar muito, e era até um pouco cética, desde recém-nascida ela vivia na paca...