-018- Descobertos

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Eu não podia continuar naquele apartamento, dois dias se passaram desde que o monstro Lican veio atrás de mim, Max me contou sobre suas descobertas, sobre a "Jóia" que eles estavam atrás, mas minha preocupação não estava nisso, eu estava com Max e me sentia segura.

Meu problema maior é que aquele apartamento era pequeno demais pra nós dois em meio a um cio, toda vez que cruzava com ele pelos corredores era uma sessão de sexo.
Sexo na sala.
Sexo na cozinha.
Sexo na lavanderia.
Sexo no chão.
Sexo na varanda.
Ahhhh só de pensar eu quero mais, não dá pra ficar assim.

Ele chegou por trás de mim beijando minha nuca e segurando meus seios, ele já estava duro e apertava contra mim a sua protuberância me deixando com mais vontade ainda de ter ele dentro de mim.

Eu já andava pela casa sem calcinha, usando somente uma camisa de meia dele, novamente ele me penetrou e era um sentimento de prazer tão grande, mas eu tinha que dar um jeito de sair, estava mais próxima daquela floresta que me transformei a primeira vez, estava louca pra encontrar aquele riacho novamente.

O telefone de Max tocou, atrapalhando mais uma das várias vezes que ele me fodia só naquele dia. Aba estava ligando.
Max pôs o dedo indicador em minha boca e fez shhhhhhhhh.
— Alô! - ele deixou tocar um pouco para melhorar o arfado na voz e se sentou no sofá enquanto eu fiquei em pé na sua frente esperando.
— Alfa, desculpe incomodar sua viagem, mas preciso pedir saída do meu posto!
— Depende da urgência!
— Eu acho que a encontrei!
— Quem? - Max me olhou sério.
— Minha irmã, descobri muita coisa que preciso esclarecer.
— Entendi! Ponha Isaac no seu lugar, avise minha mãe e traga sua irmã de volta.

Ele desligou o telefone.

— Que merda foi essa? - perguntei já nervosa
— Ele encontrou você! O que você vai fazer? - ele me perguntou me puxando para perto dele.

Sentei no colo dele, de frente com minhas pernas abertas me encaixando nele, comecei a cavalgar no seu pau, essa posição me dava um ar de domínio e dominar meu alfa era muito excitante.

— Ainda bem que você me encontrou primeiro.- lhe dei um beijo.
— Precisamos sair daqui. - Max sugeriu o que eu mais queria, sair desse apartamento.
— Vamos correr? Tem um lugar aqui perto, é seguro! Eu me transformei a primeira vez lá e não tinha sinais de nenhum lobo.

•••

Após ele conferir as redondezas, saímos do apartamento e fomos direto para floresta, entramos nela e corremos até encontrarmos a clareira, essa era a única parte que eu sabia como ir, estava lúcida até esse ponto quando me transformei naquela noite, agora a missão era encontrar o riacho.
Antes mesmo de nos transformar eu senti um odor muito forte, um cheiro amadeirado com sangue seco, eu já havia sentido esse cheiro, o lobo cinza.

— Você sentiu? - perguntou Max olhando pra mim preocupado.
— Sim, vamos sair daqui!

Ouvimos uma voz chamar.

— Droga! Você falou que era seguro! - ele questionou, me puxando para sombra.
— Eu já tinha vindo aqui, não senti nada nem animais.

Ele tapou minha boca me segurando contra uma árvore, meu coração disparou, o monstro estava muito perto, Max não quis atacar, teve medo por mim.

Ele era o alfa mas eu sei que ele teve receio por ele também, meu pai e o pai dele morreram nas garras dessa fera. Um alfa e um beta fortes e experientes, sucumbiram rapidamente nas garras desse monstro.

Sua voz grave soou na clareira.
— SE COLABORAREM NINGUÉM SAI FERIDO, EU SÓ QUERO A MOÇA.

O QUEEEE? O que ele queria comigo?

— Sai correndo daqui e vai pra casa, eu seguro ele! - Max sussurrou no meu ouvido.
— Nunca, tá doido! Eu não vou te deixar sozinho!
— Vai sim, confunde teu cheiro daquele jeito, você vai ficar com isso - Max tirou o moletom, me vestiu nele, colocou o seu gorro na minha cabeça  escondendo todo o meu cabelo e me empurrou. - vai pra casa!

Eu não tive reação, eu corri o mais rápido que pude, ouvi um uivo e temi por ele, mas não olhei para trás.

Cheguei na cidade! Eu estava andando de pressa e já ia ligar para Sarah, ia pedir para buscar minhas coisas em casa, mas não podia por ela em risco.
Estava atordoada pela rua, já estava bem perto da minha casa quando uma mão me tomou e me levou para o escuro, tentei morder mas estava usando uma luva de couro e um pano com um perfume doce, tentei me soltar a todo custo mas senti meu pulso queimar, era prata, que merda, quanto mais me debatia mas fraca eu ficava até ao ponto de... desmaiar. Me pegaram! Eu devia ter ido para casa dele, mas fui teimosa.

Herdeira proibida - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora