talvez agora você seja meu

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hoje o dia começa tranquilamente, igual todos os outros.
vesti meu uniforme, finalizei meu cabelo, ajeitei meus materiais, e tomei um suco de maracujá que minha mãe sempre compra pra mim todas as manhãs, algo me dizia que hoje seria um dia diferente, mas tudo estava normal até agora.
10:50 minha van chegou, o blenio atrasou de novo, como sempre, mas tudo bem, deu tempo de me arrumar...
mandei mensagem para meus melhores amigos, o dia estava tão chato que apenas uma pessoa mandou mensagem e ainda foi um print do brawl stars, nem tarefa hoje teve...
enquanto o tempo ia passando com mais tédio eu iria ficando, a porta abria, um amigo meu entrava, e isso se repetia várias vezes, até que cansei e resolvi colocar meu fone, mas depois de algum tempo alguém tirou ele.

— vai falar oi pra mim não? - pedro, de novo com aquele sorriso sarcástico de sempre.

— eu não! você quem tem que falar oi pra mim, oxe. - peguei o fone da mão dele.

— tinha que ser feminista, aiai. - revirou os olhos.

— tinha que ser homem, machista ainda por cima! - fechei minha expressão.

nossa conversa fluiu por bastante tempo, até chegarmos na escola, eu e ele nunca fomos de ficar grudados na escola, sempre tivemos contato só na van mesmo, e esse era o melhor de tudo, os amigos dele de lá e os meus de cá, e tava tudo bem!

seguindo o dia, aulas chatas, somente, stefane e edna faltaram de novo, fazer o que né.
o recreio foi a única coisa que salvou, o augusto tem um dom pra fazer a gente rir, mas enquanto brincávamos vi um olhar distante me "analisando"
era ele, meu rival praticamente, tudo que eu concordo ele discorda, ele nunca foi de ficar me olhando de longe assim, essa é a primeira vez, e digamos que eu gostei. a feição dele parecia de ciúmes, mas eu não tinha certeza...

depois o sinal tocou e fomos pra sala, no meio do caminho o pedro tocou meu cabelo, como ele fazia quando estávamos juntos, nessa hora senti um deja vú e fui correndo na rocha para contar o que havia acontecido, assim como eu, ela surtou, afinal ele tinha terminado o antigo relacionamento a pouco tempo, tem tinha um mês direito...

seguimos para a sala, ainda com aquilo na cabeça, mas tentei não dar uma de emocionada e apenas segui para minha mesa, a sala tava congelando, acabei por pegar minha japona e vesti-la, as aulas passaram, até que chegou a ed.física, de novo o augusto brigou com a nathaly, e no final da aula zoamos ele até não aguentarmos mais. eu como sempre estava vermelha como um pimentão, mas além disso estava com o fôlego cansado, e nem pude descansar pois depois daquela aula iríamos ter aula da velha da délia, um saco!

quando tocou o sinal mal pude esperar para ir embora, sai da sala mais rápido que um furacão é quase caí das escadas, mal podia esperar para dormir na van...

chegando lá, joguei minha mochila no banco e fiquei sentada esperando os demais, o pedro depois que terminou com a heloísa, não chega mais atrasado, ele chegou ao mesmo tempo que eu na verdade, e logo sentou lá atrás.

— oi... - ele sorriu.

— oi... - eu acenei com a mão.

— adivinha quantos gols eu fiz hoje? - sorriu com orgulho.

— 0? KKKKKKKK - pude ver sua cara de desgosto após terminar minha frase.

— não, foram 6, inclusive virei titular. - apontou o dedo perto do meu rosto.

— sai pra lá. - empurrei a mão dele. - sua sala tá fraca, deixou VOCÊ fazer 6 gols????

— isso só prova que sou melhor que você.

— no fut talvez, mas no vôlei eu me garanto!

— fraquinha, deve nem saber erguer a bola.

— nos seus sonhos talvez...

acabei de deixando levar e no final coloquei meu fone, mas uma dor de cabeça subiu e tive que tirá-lo.

— telefone descarregou? KKKKKKKKKKK

— nao, tô com dor de cabeça. - dei de ombros.

— ah sim, bora mine então? - disse ele pegando seu celular e entrando no minecraft.

— vai jogando aí que eu vejo de longe. - me aconchego perto dele.

— pode chegar mais perto. - ele me puxou somente com um braço para me aproximar dele.

nessa hora comecei a prestar atenção nas mãos dele, como podiam mãos masculinas serem tão atraentes?? seu rosto também não deixava escapar, eu o admirava como uma criança admira um brinquedo na vitrine...
ele olhou pra mim e eu tentei disfarçar o olhar, mas não consegui, ele riu da situação mas continuou como se nada tivesse acontecido...lerdo de mais...
enquanto jogávamos ele viu meu rosto cansado e também notou que minhas respostas se tornaram mais secas com o tempo em que estava ali vendo ele jogar...

— o que foi? - se virou preocupado.

— supresa com a ação dele demorei um pouco para raciocinar até entender o que ele tinha falado. - ah, só tô cansada da ed.física...

— fraca.

— tadinho né, aiai.

depois de um tempo jogando ele parecia meio tenso, como se quisesse me dizer algo, mas não conseguisse, nisso, sem querer cochilei rápido e acabei apoiando minha cabeça em seu braço, que eram super aconchegantes...

— não dorme não... quero falar algo com você. - me segurou.

— pode dizer, eu estou escutando. - me apoiei de novo e deitei nos braços dele, fechei meus olhos de mansinho e esperei ele falar.

— duda...

— sim? - ele parecia tenso para mim.

— queria dizer o quanto eu te acho especial, o quanto você alegra meus dias, o quanto eu enchergo paz em você e o quanto eu quero você...

ao escutar a última frase eu me levantei rápido e a van virou junto comigo, me fazendo cair em cima dele.

— o que????

— é isso mesmo... sei que demorei falar mas eu precisava passar um tempo com você para ter essa certeza, de que realmente sempre foi você, eu tentei buscar você em outras pessoas, mas não adianta, coisas má resolvidas sempre voltam, e eu acho que essa é nossa chance, eu quero voltar pra você, duda.

— então dessa vez é 100%?

— sim...

— meus pais não apoiam namoro, e eu muito menos apoio ficar, me sinto usada, como você planeja ficarmos nisso????

— se considerarmos algo sério ta tudo bem, o ficar sem compromisso é uma coisa, mas o ficar compromissado é outra, eu enchergo você de outra forma, você me conhece e sabe que eu vou te esperar, se você ao menos estiver comigo...

— então eu acho que talvez agora você seja meu...

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