o assassino de inverno

Na pequena e isolada cidade de Eldoria, o inverno trazia consigo uma beleza fria, mas também uma sensação inquietante. A neve cobria as ruas e as florestas ao redor, criando um cenário de conto de fadas, mas sob essa superfície serena, algo sombrio se escondia. O detetive Liam, um homem marcado por tragédias pessoais e uma determinação inabalável, chegou à cidade em busca de um novo começo. Ele esperava que Eldoria lhe oferecesse paz, mas em vez disso, encontrou um enigma que desafiaria sua sanidade.

Certa manhã, enquanto a neblina envolvia a cidade, Liam foi chamado para investigar um crime horrendo: o corpo de uma jovem havia sido encontrado na floresta. O pânico se espalhou rapidamente, e a cidade, que costumava ser um lugar seguro, agora estava imersa no medo. Ao chegar à cena do crime, Liam pôde ver a neve cobrir o corpo delicado da jovem, cujos traços serenos eram um contraste aterrador com a brutalidade de sua morte. Ele sentiu um arrepio percorrer sua espinha ao perceber que a cidade, sob a beleza do inverno, estava prestes a ser desnudada de seus segredos mais obscuros.

Enquanto examinava a cena, Liam notou que a jovem tinha um colar quebrado. Ele o pegou com cuidado, reconhecendo o símbolo de uma antiga fraternidade estudantil. Isso despertou sua curiosidade: quem era ela? O que poderia ter levado à sua morte? A investigação começava a se desenrolar, e Liam decidiu que a primeira coisa a fazer era identificar a vítima. Ele se dirigiu ao departamento de polícia local, onde começou a interrogar os moradores.

Os habitantes de Eldoria eram um grupo fechado, e Liam percebeu que muitos deles estavam relutantes em falar. Eles sussurravam sobre uma lenda antiga que falava de um espírito vingativo que assombrava a floresta durante o inverno. Para eles, a morte da jovem era um aviso de que o espírito havia retornado para se vingar. Liam, cético em relação a superstições, decidiu ignorar esses rumores e focar em evidências concretas. Contudo, não podia evitar sentir que havia algo mais profundo por trás daquela morte.

Depois de dias de investigação, Liam descobriu que a jovem era chamada Ana, uma estudante universitária que havia voltado para casa durante as férias de inverno. Ele entrevistou sua melhor amiga, Bia, que estava visivelmente abalada. “Ela estava tão animada para voltar à universidade”, disse Bia, os olhos marejados. “Não sei por que alguém faria isso com ela.” Liam a observou com cuidado, percebendo que havia algo que ela não estava dizendo.

“Você sabe se Ana tinha algum inimigo? Alguém que pudesse querer machucá-la?” perguntou Liam, tentando extrair mais informações. Bia hesitou, olhando para o chão. “Ela teve um desentendimento com um antigo namorado, Lucas. Mas não acho que ele tivesse coragem de fazer algo assim.” Liam anotou o nome, sentindo que poderia haver mais nessa história do que Bia estava disposta a compartilhar.

Enquanto continuava sua investigação, outro crime horrendo ocorreu. Desta vez, um homem, conhecido na cidade por ser um artista excêntrico, foi encontrado morto em sua casa. O corpo estava coberto de marcas de estrangulamento, e na cena do crime, Liam encontrou uma mensagem escrita na parede, feita com o sangue da vítima: “A vingança é do espírito”. A tensão na cidade aumentou, e Liam percebeu que estava lidando com um assassino em série, alguém que estava jogando um jogo mortal.

Com a pressão aumentando, Liam decidiu visitar Lucas, o ex-namorado de Ana. Ele esperava obter respostas, mas ao chegar à pequena casa de Lucas, encontrou o homem em estado de desespero. “Eu não matei Ana!” Lucas gritou ao ver Liam. “Eu amava ela! Só queria que ela voltasse para mim.” O desespero na voz dele parecia genuíno, mas Liam sabia que as aparências podiam ser enganosas.

“Se você não a matou, por que não me diz onde você estava na noite em que ela morreu?” Liam perguntou, observando a expressão de Lucas. “Eu estava em casa, sozinho. Você pode perguntar a qualquer um.” Liam decidiu não pressioná-lo mais por enquanto, mas não podia ignorar a ideia de que Lucas poderia estar ocultando algo.