Sem Limites | Seongjoong

Capítulo 1

Where are you?

Pela manhã, Hongjoong acordou com o primeiro feixe de luz que invadia o quarto, espreguiçando seus músculos relaxados da noite anterior. Por um instante, estendeu a mão para o lado, procurando o corpo quente do marido. Estranhou o toque frio dos lençóis vazios e levantou-se, pensando que talvez Seonghwa tivesse ido buscar o café da manhã.

Após um banho rápido, limpando qualquer resquício de prazer da noite passada, voltou ao quarto, mas a cama continuava desocupada. As roupas de Seonghwa estavam todas lá, e o celular dele também não estava à vista. Um pequeno desconforto se formou no peito enquanto Hongjoong percorria o quarto com o olhar, tentando convencer-se de que Seonghwa poderia estar em algum canto ou na varanda, já que fazia uma manhã tão bonita.

— Seonghwa? — chamou, sua voz quebrando o silêncio do quarto.

Nenhuma resposta.

Com o coração batendo mais rápido, ele pegou o celular e tentou ligar para o marido. O som da chamada parecia se arrastar. Não houve resposta; a ligação caiu na caixa postal. O desconforto transformou-se em urgência. Hongjoong saiu do quarto, percorrendo os corredores do hotel, verificando o lounge, o restaurante, a piscina, cada canto possível.

Nada.

De volta ao quarto, sem nenhuma pista, o pânico começava a se enraizar. Tentou ligar de novo, mas o celular de Seonghwa permanecia mudo. Desesperado, ele decidiu ligar para seu capo.

— Mingi. Eu... preciso de ajuda. Seonghwa sumiu. Não atende o celular, e já procurei em todo o hotel. — Sua voz antes controlada tremia, entre o medo e o desespero.

Mingi, do outro lado da linha, percebeu a gravidade da situação e tentou acalmá-lo:

— Relaxa, Hongjoong. Vamos encontrar ele. Vou avisar o pessoal e mantenho contato. Você tem alguma pista?

— Não. Mas acho que sei quem pode estar por trás disso. — Hongjoong passou a mão pelos cabelos, bufando. Após um breve silêncio, enviou a informação a Mingi por mensagem.

Ao desligar a chamada, Hongjoong caminhou até a mala, jogando-a sobre a cama e a abrindo de qualquer jeito até encontrar o que procurava.

Sua arma.

— Nem na minha lua de mel você me deixa em paz, Park Bogum.

[...]

Hongjoong deixou o hotel rapidamente, enfiando as roupas na mala de qualquer jeito, assim como as coisas de seu marido. Cancelando todos os planos para os próximos seis dias, ele partiu para o lugar onde tratava de operações perigosas.

Passou pelas ruas silenciosas; ainda era de manhã, e a cidade não havia despertado. A tensão que pairava sobre ele aumentava a cada pisada no acelerador. As unhas da mão esquerda já estavam roídas, enquanto a direita mantinha a direção firme, grudada no volante.

A situação parecia absurda: estavam em lua de mel; a última coisa que ele esperava era ser arrastado de volta para a brutal realidade de sua vida em um momento tão especial.

Ele olhou para a aliança que descansava no anelar da mão esquerda e respirou fundo, perguntando-se onde seu marido poderia estar.

Ao chegar ao galpão, encontrou Mingi e os outros à sua espera, com rostos sérios e expressões incertas; eles sabiam o quanto Hongjoong poderia se deixar cegar quando o assunto envolvia sua família.

A tensão e o desespero no ar eram os mesmos que havia sentido quando sua irmã desapareceu e nunca mais foi encontrada.

Ninguém sabia ao certo o que esperar de Hongjoong.