passado é passado.

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Eu beijava Diana com ternura, nada importava agora, apenas eu e ela. Diante de um beijo com muito amor e ternura, me pego ouvindo o sinal da escola tocar. Eu e Diana trocamos um sorriso, o sorriso mais lindo. Com pressa eu visto minha blusa e coloco minha mochila nas costas, depois de arrumar meu cabelo, pego na mão de Diana e pulo a cerca minúscula da escola que jura que pode parar os alunos de matar aula. Começamos a correr e dar risadas até nos misturar com as pessoas que saiam da escola. Depois de muita luta, conseguimos sair daquela multidão de mãos dadas.
Diana é o tipo de mulher que me encanta, eu amo sua pele macia e seus lábios carnudos e sensuais. Seu cabelo é cacheado e é o mais lindo que já vi.
Ela é o meu maior amor.
As vezes eu não suporto ela, mas isso é o amor né.
Acabamos nos separamos por moramos em caminhos diferentes.
Ao chegar em casa, tiro meu sorriso do rosto ao ver papai e mamãe sentados no sofá da sala.
— Sente-se, querida.
Queria não ter sentado, mas não tinha escolha, ela bate a palma da sua mão no sofá.
Me sento entre os dois e olho para a tv, revelando uma tela preta e uma sala silenciosa.
— Você vai se casar. — Papai depois de minutos finalmente se pronuncia.
Paraliso.
— porque? — não poderia esboçar nenhuma reação agitada, já que assim papai me entenderia como uma ameaça e provavelmente me bateria.
— Nos precisamos de um sobrenome descente, mi. Depois que a empresa do seu pai caiu não conseguimos sustentar você e o seu irmão.
Nego com a cabeça.
— E termine seu namoro com aquela lésbica de cabelo esquisito. Você acha que nós não sabemos?
Meus olhos se enchem de lágrimas, eu nunca me senti tão mal, eu simplesmente não posso me relacionar com ninguém a não ser meu futuro marido daqui em diante.
Meu pai se levanta e eu também.
— Você acha que tem esse direito? — falo sem pensar.
— Eu tenho, Michelle. Eu tenho. Sabe porque? Eu sou seu pai, e se eu quiser te casar hoje, eu caso.
Começo a chorar, nunca imaginei passar por essa situação.
— Termine. O casamento já está marcado e você conhecerá seu futuro marido semana que vem. O nome dele é Eddy. Trate de decorar esse nome.
Minha mãe se aproxima e abraça meus braços.
— Ao a abrace, Lily. Sua filha é fraca.— ele me dá um tapa na cara.
Minha mãe se afasta.
Eu caio.
Eu choro.
Mamãe antes de seguir meu pai que parecia soltar fogo pelas mãos, da um beijo onde foi levado o tapa, e então sobe as escadas.
Me levanto com uma dor fora do normal, não era pelo tapa na cara e sim pelo fato que meu pai estragaria minha vida.
Porque ele iria me querer? Eddy, porque?
Eu sou uma garota estéril e lésbica, faz sentido ele me querer de alguma maneira?
Pego minha mochila que estava no sofá e subo as escadas, sinto meus pés doendo.
Com muita dor eu chego ao meu quarto e me jogo no sofá. Pego o telefone com fio que tinha ao lado da minha cama e ligo para Diana.
— Terminamos.
Desligo.
Nunca doeu tanto falar isso, eu joguei 2 anos de relacionamento fora. Ouço uma ligação e começo a chorar mais ainda, não queria ouvir a voz dela naquele momento, porque eu sabia que se ouvisse, eu desabaria.
Então, tiro minhas roupas ficando totalmente nua, e então pego o estilete...

Nosso amor não é preto e branco.Onde histórias criam vida. Descubra agora