Tinha se passado uma semana desde do ocorrido, uma semana desde que briguei com meus pais e uma semana que infelizmente Severo já não era mais despercebido por mim.
Era sábado de manhã quando ouvi batidas fortes em minha porta, eram quase 6 da manhã, quem poderia ser.
Abri a porta e não me surpreendi quando vi Severo e Dumbledore em minha porta.— Senhorita Ivanov, belo dia, não acha? —disse enquanto adentrava meus aposentos, pude perceber que sua mão direita estava endurecida e emanava um cheiro de morte.
— Não se definiria como belo visto que acaba o sol acaba de sair.
— Justo — Ergueu as mão em um ato de redenção — Bom acho que já conseguiu perceber minha mão.
— Claro, o cheiro é de morte. Mas se me permitir perguntar. O que aconteceu ao diretor?
— Este velho caduco, resolveu colocar um anel que obviamente teria magia das trevas, das mais poderosas que pode existir.
— Obrigada por responder por mim Severo, mas sim querida foi isso que aconteceu. — Eu sabia o que me chocava mais o jeito como Snape revelou aquilo ou por Dumbledore ter realmente sido bem idiota nessa escolha. — Severo estipulou um ano de vida para mim, gostaria de saber da senhorita, eu tenho alguma chance.
— Senhor, essa é realmente uma maldição muito forte, mas acho que posso lhe dar mais algum suspiro de vida.
— Sabe, Blair, estive pensando na possibilidade de você me transformar em u-
— Nem ouse terminar essa frase.
— Mas entenda o meu lado.
— Alvo, isso é coisa séria, não desejo a ninguém é insuportável só se alimentar de sangue, não sentir sono. Isso é horrível, não sei como tem coragem de pedir tal coisa.
— Blair, querida, por favor, esse velho aqui na sua frente consegue viver com isso.
— Minha resposta ainda é não, Alvo, você não entende como é horrível viver assim e a dor da transformação.
— Tudo bem, mas se um dia você sentir pena desse senhor será de grande ajuda. — Claro que ele iria falar aquilo velho ridículo. — Mas a senhorita disse que tem como me dar mais algum suspiro de vida, como você mesma disse.
— Realmente eu posso, mas vai demorar alguns meses.
— Quantos exatamente? — Severo se pronunciou depois de um certo tempo, eu já tinha esquecido sua presença ali apesar de sentir seus olhos queimando em mim.
— De dois a três. Claro que depende se vou conseguir tudo para fazer a poção.
— Poção? Que poção é essa? Não me lembro de nada assim. — Não podia negar ver a confusão se espalhando por seu rosto era de certa forma prazeroso.
— A poção e a receita de tal só cabe ao meu conhecimento.
— Rude, senhoria, mas eu também gostaria de saber.
— Não me leve a mal diretor, mas eu não posso revelar.
Quando finalmente eles saíram do meu quarto, eu pude abrir as cortinas. Gosto de ficar um tempo no sol. Eu não queimo ou morro com já ouvi humanos dizendo por aí. Minha pele reflete como o mais puro mármore. Quando notei a hora decidi ir “tomar” meu café.
— Pensei que vampiros não comecem comidas humanas. — Snape falou enquanto eu me sentava.
— E eu realmente não como, mas vim para evitar cochichos pela escola. Até porque eu gosto da minha aula silenciosa e sem perguntas idiotas.
Fiz questão de cortar o assunto ali mesmo.
O resto do dia fluiu normalmente. Após o jantar no salão eu fui em direção ao quarto. Enquanto passava por um corredor senti um puxão forte em meu braço. Senti um cheiro forte de whisky de fogo, notei pelo aperto em minha cintura, era Snape, mas o que ele queria. Não parecia nada sóbrio, e pelo cheiro forte de sangue que se misturava com o whisky, estava ferido.
—Blair eu… eu… ajuda.
Ele desmaiou. Eu não sei como, mas consegui levar ele pra seu quarto e lá tratei das feridas. Quando terminei retornei aos meus aposentos e me joguei na cama, fechei os olhos, na inútil tentativa de me fazer cair no sono. Novamente inútil.
666 palavras
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Somente Nós | Severo Snape
Fantasy─ "Non, non mon chéri, eu estava caindo nisso sozinha e por escolha sua eu repito sua, você se jogou na minha frente, não reclame se estamos caindo juntos" ─ "Eu não sei o que você é, mas se você sair da minha vida ou de perto de mim, não terá Volde...