30 - É hora de seguir em frente

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O corpo de Carol e Gabriel foram levados e Adel e Matheus choravam muito. Júlia foi levada a prisão , sem fazer nenhuma resistência. Matheus tinha que avisar a Bruna , uma tarefa muito difícil. Ele pediu a Adel para a acompanhar seus pais até o necrotério , enquanto ele ia dar a notícia a Bruna. Adel ficou com a pior parte , mas era necessário.
Matheus estava nervoso em entrar na casa. Qual seria a reação de Bruna? Ela iria pirar. Ele também imaginava os problemas que iriam passar passar agora. Sem dinheiro , como iriam se bancar, como iriam pagar seus estudos? Matheus já ia fazer 18 anos no mês que vem , já era maior de idade , tinha que tomar decisões. Ele tomou postura de homem e entrou na casa. Kesia foi a primeira que avistou e correu para o abraçar e perguntar o que havia acontecido. Bruna então apareceu junto de Phael e perguntava o que aconteceu , onde estava o resto das pessoas. Matheus parou por um momento e contou toda história. Bruna não podia acreditar , sua mãe morta. Ela se desesperou , e começou a gritar pela casa. Kesia e Phael estavam chocados. O coração dos três deviam estar profundamente machucados. Bruna perguntou o que eles iriam fazer, e Matheus disse que daria tudo certo.

" Brasil , fevereiro de 2005
Carol levava Matheus e Bruna a uma homenagem para João.
- Mamãe o papai vai estar lá?- Bruna e Matheus perguntaram juntos a Carol e , ela ficou muito triste pela inocência dos dois.
- Vai sim queridos. Em nossos corações."

Matheus , Bruna e Adel se arrumavam para o enterro de seus pais. Como era doloroso aquilo, ver eles pela última vez. Matheus se preocupava com o bem estar de Bruna e Adel , mas elas já tinham uma certa experiência. As duas conseguiram ser fortes o mais longo tempo que fosse , mas quando os caixões chegaram foi muita tristeza acumulada e elas colocaram tudo que sentiam pra fora. Foi uma cena triste de sr ver. Matheus também não aguentou por muito tempo e caiu no choro. Kesia , Phael e Martin consolavam eles , mas parecia quase impossível acalma-los.
Depois de um padre presidir tudo , ler mensagens em homenagem aos dois , era a hora de dar o adeus final. Adel foi até o caixão de seu pai e colocou uma última flor. Matheus e Bruna o fizeram também e escreveram num papel " Obrigado por sempre se arriscar por nós. Te amamos!"
Depois do enterro todos os três se questionavam porque eles os abandonaram. Todos voltaram pra casa e caíram nas suas camas em choro.

"Brasil , 26 de dezembro de 2006
Júlia estava na sua casa , ela estava meio que culpada por ter que envolver seu sobrinho a quem tanto lhe confiava. Sempre que estava triste ele ia lhe procurar e agora o incriminou. Não estava sendo fácil."

Brasil , 2014
Julia se preparava pra dar seu depoimento sobre o que havia acontecido no parque de diversões. Adel e Matheus já tinham dado o deles , agora faltava o de Júlia.
- Bom senhora Julia Neves Melo , o que a senhora declara sobre a noite em que matou sua irmã?
- Que eu matei ela foi inevitável - Julia começou falando - mas se alguma espécie de justiça nesse país, vocês irão condenar aquela tal de Adel. Ela matou brutalmente meu marido. Mesmo que ele tenha matado o pai e a mãe dela , não foi uma atitude humana a dela. Disparar todas as balas de uma arma contra um homem já rendido. Isso é inaceitável. Quem sabe ele poderia ter sido salvo?
- Me desculpe dona Julia , mas quem é você pra estar falando de humanidade?
- Olha , eu perdi tudo já. Pelo menos poderia me dar a felicidade de saber que ela também foi punida por matar meu marido. - Julia começou a chorar.
O delegado parou e ficou olhando para ela.

1 semana depois..
Os meninos pouco a pouco tinham de voltar as suas tarefas. Com os suprimentos escassos , e o governo não liberava quase nenhuma ajuda , Matheus se via na obrigação de arrumar um emprego para sustentar suas irmãs. Adel e Bruna disse que arrumariam empregos também , mas ele disse que de maneira nenhuma , pois o foco delas era o estudo.
As duas aceitaram , mas não ficaram nada felizes com a ideia de Matheus levar todo o fardo. O dinheiro que Carol e Gabriel tinham guardado só daria por pouco tempo. Os 6 jovens assistiam ao anúncio do sorteio da loteria que seria realizado em 2 dias. Mas seria um desperdício gastar dinheiros com apostas. A barriga de Kesia cresceu um pouquinho. Matheus não saberia o que fazer caso Kesia tivesse algum dinheiro. Bruna e Phael conversavam no sofá e Bruna. Adel conversava com Martin a respeito do intercâmbio de 4 meses no Hawaii. Seria em 2 meses , mas não sabia se conseguiria pagar a taxa de inscrição. Adel sempre sonhou em viajar pelo mundo a fora, só lhe faltava a condição.
Eram quase 20:00 da noite e todos assistiam um filme. De repente alguém bateu na porta com pressa. Era a polícia.
- Adelita Carolina , você está presa pelo assassinato de júnior.- um dos policiais falou e deu ordens para levarem Adel.
Ninguém acreditava no que estavam ouvindo. Realmente levariam Adel presa , que tamanha injustiça. Adel chorava em desespero , não queria ir , todos tentavam convencer os policias do contrário , mas eles não mudavam de ideia. Adel foi levada e todos na casa ficaram profundamente triste.

Feitos para sofrer: A história de uma famíliaOnde histórias criam vida. Descubra agora