CAPÍTULO 10

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No intrigante reino das realidades alternativas, onde o tecido do espaço-tempo é flexível e sujeito a caprichos quânticos, surge a fascinante concepção das "Versões Alternativas". Nestes universos paralelos, cada indivíduo possui uma variante, uma encarnação alternativa de si mesmo, navegando por caminhos ligeiramente divergentes.

A base para tais variações reside nos eventos quânticos e probabilísticos que moldam o curso da existência. Em uma dessas realidades, encontramos uma pessoa cuja versão alternativa optou por trilhar um caminho profissional completamente diferente. Este fenômeno é intrínseco à teoria das múltiplas possibilidades, onde escolhas minúsculas, como a seleção de uma carreira, podem ser o ponto de partida para realidades inteiramente distintas. E sob o manto da mecânica quântica, estas versões alternativas podem ser visualizadas como ramificações de uma “árvore cósmica”, onde cada escolha gera um galho distinto, dando origem a uma miríade de destinos. No entanto, é importante notar que, mesmo nessas divergências, há uma familiaridade reconfortante, como se as variantes compartilhassem uma essência comum.

Nesse vasto multiverso de possibilidades, as versões alternativas podem ser idênticas em sua essência, diferenciando-se apenas por nuances imperceptíveis aos observadores externos. Talvez um detalhe mínimo, como a escolha de um acessório ou a tonalidade dos olhos, seja o único divisor entre essas encarnações multiversais.

Assim, a existência de versões alternativas propaga um intrincado ballet quântico, desafiando a compreensão convencional da realidade. É um lembrete eloquente de que, mesmo nos confins do desconhecido, a conexão entre todas as variantes persiste, unindo-as em uma teia cósmica de possibilidades infinitas.

Edifício negro...

Heinrich Kosmann perambula pelo suntuoso saguão do edifício. Seus olhos perscrutadores avaliam cada detalhe. Os seguranças, mantendo uma vigília atenta, receberam ordens de não interferir. Kosmann se aproxima das paredes revestidas de uma tecnologia conhecida por ele, e suas expressões oscilam entre a surpresa e a desconfiança, sua mente inquisitiva examinando cada centímetro.

À distância, avista Alisha, o que o deixa perplexo. Horas antes, ela estava do outro lado do oceano. Um misto de confusão e surpresa desenha-se em seu rosto enquanto ele se dirige até ela.

-         Alisha, certo? -  Indaga Kosmann

-         Isso mesmo.

-         Como chegou aqui tão rápido? Teletransporte? Velocidade da Luz?

-         Deixemos isso para depois. Agora apenas siga-me, O Magnificente quer vê-lo

-         Ótimo! Eu também quero vê-lo – Diz Kosmann, a seguindo.

Ambos adentram em uma cabine espaçosa, projetada para acomodar várias pessoas, e num piscar de olhos, a cabine ascende até o último andar. A porta da cabine se abre suavemente, revelando a espaçosa sala redonda onde o Magnificente realiza suas operações. Alisha estende a mão, indicando para Kosmann seguir em direção a ele. Kosmann avança com curiosidade, dirigindo-se à imponente cadeira de couro que está de costas. À medida que se aproxima, percebe alguém ocupado com maestria diante de um painel holográfico.

-         Olha...você não faz ideia do quanto eu esperei por isso – Disse a voz sentada na cadeira.

-         Eu tenho uma vaga noção - Disse Kosmann

A cadeira girou, revelando para nula surpresa de Kosmann(pois ele já sabia), sua versão alternativa, claramente empoderada. Era um espelho extraordinário de Heinrich Kosmann, com algumas modificações de estilo. Sem a presença da barba, exibia um cavanhaque impecável. Vestindo um terno branco em todos os detalhes, sem um chapéu e com seu Orb Prime verde flutuando ao seu lado.

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⏰ Last updated: Nov 08, 2024 ⏰

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