Há anos atrás, nasceu uma bela garotinha, de olhos cor de pêssego, cabelos dourados e com as pontas meio rosadas.
Porém, sua mãe não conseguiu admirar sua pequena em seus braços por mais alguns minutos, e assim, foi retirada de si, implorando para devolvê-la para poder olha-lá por mais algum tempo, sendo sua resposta o silêncio doloroso
porém, a pequenina cresceu com a pior coisa que alguém poderia viver ou ouvir.
Conseguia ouvir pelas paredes de seus quartos, os gritos daqueles cujo eram brutalmente torturados, os barulhos de tiro e do sangue sendo jorrado.
O barulho de um corpo sendo arrastado por de baixo da porta de seu quarto era frequentemente ouvido pela mesma.
Às vezes, passava noites em claro, assustada ouvindo os gritos e os tiros ecoando pelas paredes daquele quarto e entrando nos seus ouvidos a assustando.
Dormia com os olhos inchados de tanto chorar de medo, o que ela mais desejava é que aquilo passasse.
Ela tinha uma professora particular 173 dava aulas para ela no quarto, era a única coisa que a distraia das coisas que aconteciam fora das paredes daquele quarto.
Via sua professora quase como uma mãe, não sabia o que era amor materno e nem paterno, naquele lugar não existia amor e ela não sabia disso como era demonstrar seus sentimentos.
Sua professora tentava compreender a garota, mas tudo que ela fazia era desenhar.
No seu aniversário de 15, ela finalmente pode ir à escola, sabendo das consequências caso ela denuncie o local ou tentasse escapar.
No seu primeiro dia de aula, era uma das melhores da turma, sabia de mais coisas que o restante dos alunos não sabiam.
— Senhorita Miyu? - Ergueu seu olhar para encarar seu professor.
— Sim?
— Preciso que vá na secretaria e entregue esses papéis e diga que eu pedi para imprimir mais umas 50 cópias. - Sem responder, pegou as folhas da mão dele e saiu caminhando pelos corredores.
Até que alguém veio correndo, esbarrando na mesma e fazendo derrubar as folhas no chão, olhou pra frente vendo, vendo o cabelo meio loiro e meio preto.
— Babaca. - Resmungou baixo juntando as folhas espalhadas pelo chão.
Após juntar tudo, levantou-se e seguiu seu caminho.
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𝗔 𝗣𝗲𝗿𝘀𝗲́𝗳𝗼𝗻𝗲. - 𝗜𝘇𝗮𝗻𝗮 𝗞𝘂𝗿𝗼𝗸𝗮𝘄𝗮
Romance"Você aceitaria ser a Perséfone, se eu fosse seu Hades? Prometo protegê-la com minha vida, amor."