Burning the Ground | Drarry

2

Quando Potter abriu a porta, Draco estava pronto. Draco o encarou enquanto Harry fechava a porta atrás de si e sacava sua varinha. Embora a mão de Draco coçasse para sacar a sua, para se preparar para um duelo, ele não a tocou. Ele ficou esperando, cheio de energia potencial, enquanto Potter protegia o lugar. Potter colocou todos os feitiços de privacidade que Draco conhecia e mais alguns, todos sem palavras. E o tempo todo, ele apenas encarou Draco. E Draco encarou de volta.

Harry avançou. Draco começou a salivar. Seu pau estava tão duro que doía. E havia algo mais. Algo que ele não havia previsto.

Algo que normalmente o deixaria mais do que um pouco mortificado.

Draco se sentia anormalmente vazio. Ele se sentia vazio, e queria desesperadamente ser preenchido.

O olhar de Potter quando ele parou na frente de Draco prometia coisas sujas, e talvez fosse a antipatia particular de Draco por Potter ou pela história deles, ou talvez fosse parte do processo, parte dessa estranha sedução, mas Draco, mesmo desesperado como se sentia, não iria desistir tão facilmente.

Eles se moveram ao mesmo tempo, as mãos de Potter indo em direção aos quadris de Draco e Draco as afastando com um tapa.

Potter sorriu.

Draco o encarou.

Potter estendeu a mão novamente, e dessa vez Draco agarrou seus pulsos e os puxou para os lados de Potter, se aproximando e trazendo seus corpos quase nivelados um contra o outro. Potter sorriu, sua respiração atingindo o rosto de Draco, e ele liberou seus pulsos novamente, recuando.

Eles começaram a circular um ao redor do outro.

Draco chutou sua mesa de centro para fora do caminho. Potter empurrou uma poltrona de volta contra a parede, e uma foto emoldurada do pai de Draco caiu desajeitadamente no chão com um barulho. Draco realmente não poderia ter se importado menos. Ele cheirou o ar, sentindo o cheiro salgado e quente da ereção de Potter, e lambeu os lábios.

Potter se lançou sobre ele novamente e, dessa vez, desequilibrou Draco, empurrando-o para trás, contra a parede. O fôlego de Draco o deixou em um sopro. As coisas caíram de seu manto e se espatifaram no chão. Potter pressionou Draco contra a parede, ferozmente. Ele empurrou seu pau contra o de Draco, e Draco soltou um gemido. O desejo o invadiu como um tônico. O pau de Potter se empurrava contra ele, e cada balanço de seus quadris fazia com que pré-gozo de Draco saísse um pouco. Draco deixou que Potter se movesse sobre ele por seis segundos incríveis - a respiração de um no rosto do outro, os corações batendo forte juntos - e então pegou Potter pelos quadris, como se fosse puxá-lo para dentro, para acariciá-lo. Draco sorriu e, em vez disso, empurrou Potter com toda a força que tinha, fazendo-o tropeçar para trás.

Potter se endireitou com uma risadinha irônica.

A luxúria de Draco transbordou de seu corpo e ele atacou, afastando-se da parede e agarrando o casaco de Auror de Potter, arrancando os botões e fazendo-os deslizar pelo chão em direções divergentes. Potter deu de ombros para o resto do caminho, mesmo quando Draco rasgou sua camisa, deixando-a pendurada em farrapos no corpo de Potter. Draco deixou seus olhos viajarem para baixo – os mamilos escuros e tensos de Potter, o suor começando a se acumular no recesso na base de sua garganta, o movimento da respiração através dele – e de volta para cima. Draco engoliu a baba, e seu pau latejou no ritmo de seu batimento cardíaco rápido. Ele não conseguia se lembrar da última vez que se sentiu tão bem, tão forte, energizado e certo.

Desta vez, quando Potter investiu, Draco estava pronto, e enquanto Potter o jogava no chão, Draco conseguiu arrancar a camisa ofensiva do corpo de Potter completamente. Potter caiu em cima dele, triunfante, mas significativamente menos vestido. Draco lançou-lhe um olhar triunfante em troca, o que lhe rendeu uma piscada estupefata. O olhar no rosto de Potter naquele momento não tinha preço, a percepção repentina de que ele, Potter, estava exatamente onde Draco o queria. E por causa daquela expressão gloriosamente estupefata no rosto de Potter, Draco se viu rindo. Ele não conseguiu evitar. Havia uma dor em seu peito por querer isso, querer Harry Potter em cima dele. A risada baixa morreu em sua garganta. Draco estendeu a mão, pegou Potter pela nuca, inclinou-se para cima e mordeu suavemente o lábio inferior do idiota.